23 Julho 2009 - 00h30
Contentores: Relatório do TC seguiu para Ministério Público
Liscont disparou lucro em sete dias
Contentores: Relatório do TC seguiu para Ministério Público
Liscont disparou lucro em sete dias
O lucro da Liscont com a prorrogação do contrato de exploração do terminal de contentores de Alcântara quase duplicou em apenas uma semana: em Outubro de 2008, a empresa da Mota-Engil, grupo dirigido por Jorge Coelho desde Maio de 2008, subiu o rendimento líquido de 4,2 milhões de euros para 7,4 milhões de euros, diz o Tribunal de Contas.
Entre a assinatura do memorando de entendimento entre o Estado e a Liscont, em Abril de 2008, e a celebração do aditamento ao contrato, a 21 de Outubro, foram introduzidas diversas alterações ao chamado caso-base do modelo financeiro do contrato. E, frisa o Tribunal de Contas, "durante a semana que precedeu à data da assinatura do contrato [foi aumentada] a rendibilidade accionista, sem contrapartida alguma para o concedente público".
Por isso, a rendibilidade da Liscont subiu de 11% para 14%. Para o TC, "não é objectivamente compreensível que, em vésperas de assinar um contrato que vai envolver os dinheiros públicos por mais 34 anos, o concedente público aceite mais uma alteração ao caso-base".
"NÃO ESTAMOS DE ACORDO COM AS CRÍTICAS"
Mário Lino já rejeitou as críticas do Tribunal de Contas quanto à actuação do Estado no prolongamento da concessão do terminal de contentores de Alcântara.
O responsável é peremptório: "Não estamos de acordo com as críticas do Tribunal de Contas." Mário Lino considera que o Tribunal de Contas "não encontrou nenhuma ilegalidade nem recomendou a anulação do contrato", e considera procedimento normal o envio do relatório para o Ministério Público.
Confrontado com as críticas em torno deste processo, admitiu que a decisão do Governo "é questionável", como seriam as outras opções que passam pelo resgate da concessão e o lançamento de um novo concurso.
OPOSIÇÃO CRÍTICA NEGÓCIO E SILÊNCIO DO PS
A Oposição voltou ontem a contestar o negócio entre o Governo e a Liscont/Mota-Engil relativo ao terminal de contentores de Alcântara, mas o PS optou pelo silêncio.
"O negócio que o Governo celebrou com a Liscont/Mota-Engilé um escândalo nacional", afirmou a deputada do BE Helena Pinto.Do lado do CDS-PP, o deputado António Carlos Monteiro referiu--se ao assunto como um "problema sério de transparência". "O silêncio do PS é ensurdecedor", comentou ainda o deputado do PSD Jorge Costa.
RENDIBILIDADE
O TC considera que o aumento da rendibilidade, para quase 14%, dos accionistas se traduz numa remuneração "desproporcionada".
6 meses foi o tempo durante o qual foram introduzidas várias alterações ao modelo original.
70% do investimento relacionado com a isenção de taxas vai ser recuperado pela Liscont. São 199 milhões.
António Sérgio Azenha / P.H.G. / Lusa
Entre a assinatura do memorando de entendimento entre o Estado e a Liscont, em Abril de 2008, e a celebração do aditamento ao contrato, a 21 de Outubro, foram introduzidas diversas alterações ao chamado caso-base do modelo financeiro do contrato. E, frisa o Tribunal de Contas, "durante a semana que precedeu à data da assinatura do contrato [foi aumentada] a rendibilidade accionista, sem contrapartida alguma para o concedente público".
Por isso, a rendibilidade da Liscont subiu de 11% para 14%. Para o TC, "não é objectivamente compreensível que, em vésperas de assinar um contrato que vai envolver os dinheiros públicos por mais 34 anos, o concedente público aceite mais uma alteração ao caso-base".
"NÃO ESTAMOS DE ACORDO COM AS CRÍTICAS"
Mário Lino já rejeitou as críticas do Tribunal de Contas quanto à actuação do Estado no prolongamento da concessão do terminal de contentores de Alcântara.
O responsável é peremptório: "Não estamos de acordo com as críticas do Tribunal de Contas." Mário Lino considera que o Tribunal de Contas "não encontrou nenhuma ilegalidade nem recomendou a anulação do contrato", e considera procedimento normal o envio do relatório para o Ministério Público.
Confrontado com as críticas em torno deste processo, admitiu que a decisão do Governo "é questionável", como seriam as outras opções que passam pelo resgate da concessão e o lançamento de um novo concurso.
OPOSIÇÃO CRÍTICA NEGÓCIO E SILÊNCIO DO PS
A Oposição voltou ontem a contestar o negócio entre o Governo e a Liscont/Mota-Engil relativo ao terminal de contentores de Alcântara, mas o PS optou pelo silêncio.
"O negócio que o Governo celebrou com a Liscont/Mota-Engilé um escândalo nacional", afirmou a deputada do BE Helena Pinto.Do lado do CDS-PP, o deputado António Carlos Monteiro referiu--se ao assunto como um "problema sério de transparência". "O silêncio do PS é ensurdecedor", comentou ainda o deputado do PSD Jorge Costa.
RENDIBILIDADE
O TC considera que o aumento da rendibilidade, para quase 14%, dos accionistas se traduz numa remuneração "desproporcionada".
6 meses foi o tempo durante o qual foram introduzidas várias alterações ao modelo original.
70% do investimento relacionado com a isenção de taxas vai ser recuperado pela Liscont. São 199 milhões.
António Sérgio Azenha / P.H.G. / Lusa
Exemplo de uma notícia completamente enganadora.
ResponderEliminarO acordo para a prorrogação foi anunciado em abril de 2008.
No entanto a prorrrogação só se efectivou no fim de 2008, quando, foi publicado o decreto-lei, sendo que o contrato só foi assinado em 2009.
Dizer que, por causa da prorrogação o lucro disparou é criminoso.
Criticar iu ddesconfiar do negócio é uma coisa e pode ser aceitável, mass ir nestas insinuições, só vai na conversa quem não tiver dois dedos de testa.
E ainda dizem que não levam o PSD ao colo até ás eleições...
ResponderEliminar...quem? a LUSA?
ResponderEliminara noticia é do correio da manhã, transmitida pela lusa
ResponderEliminarAntes ser levado ao colo pela Lusa, que por promessas, mentiras e trapalhadas que temos vindo a assistir.
ResponderEliminarnão acreditem em tudo o que lêem.
ResponderEliminarmas ao que parece é mais uma questão de fé.
mesmo que seja mentira, preferimos acreditar que são todos malandros. dá menos trabalho, dá mais tema de conversa e nao nos obriga a estar informados e indagar se toda a plaha que nos dão é mesmo boa.
...Por não acreditar em tudo o que leio é que gostava que o distinto anónimo nos presenteasse com factos que contradigam a notícia:
ResponderEliminarÉ que, parece-me que o teor do seu comentário cabe, inteirinho, na critica nele contida...
basta ler o relatório do TC de contas e o contraditório do MOPTC para questionar onde é que o correio da manhã foi inventar aquela história.
ResponderEliminarEsclarecimento sobre uma notícia do Diário de Notícias relativa ao Terminal de Contentores de Alcântara
ResponderEliminarin www.moptc.gov.pt
vale a pena ler
Almada, 31 Jul (Lusa) - Os presidentes da assembleia municipal e câmara municipal rejeitam a possibilidade de que a freguesia da Trafaria seja uma alternativa à expansão do porto de Lisboa, alegando "manter o eixo Trafaria-Costa da Caparica para actividades turísticas".
ResponderEliminarA posição tomada pelos presidentes dos órgãos executivo e deliberativo surge no seguimento da alteração (ainda em curso) do Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa - PROT/AML, onde consta: "manter como reserva a possibilidade de aproveitar a Trafaria como alternativa à expansão do Porto de Lisboa" para período posterior à "expansão prevista do terminal de Alcântara".
Factor que segundo os responsáveis autárquicos "inviabiliza drasticamente a estratégia de desenvolvimento municipal da Trafaria aprovada pela câmara quer pela Assembleia Municipal de Almada e consensualizada com os Agentes de Desenvolvimento Locais, e Cidadãos da Freguesia".
Neste contexto os dois presidentes enviaram uma carta dirigida ao presidente da CCDR-LVT onde reclamam que "seja retirada a reserva territorial da Trafaria para o terminal de contentores da Administração do Porto de Lisboa (APL)", como consta no documento.
Na carta dirigida a Fonseca Ferreira um dos motivos para rejeitar tal pretensão e o facto da introdução da reserva no PROT da AML "inviabilizar" a estratégia de desenvolvimento da Trafaria que foi "projectada, consensualizada e assumida pelo município de Almada pelos cidadãos da freguesia".
Assim recordam o facto da estratégia de desenvolvimento estar de acordo com o planeamento regional em vigor - o PROTAML, o Plano Director Municipal de Almada e o Plano de Ordenamento da Orla Costeira Sintra-Sado - "que assumiram o eixo Trafaria/Costa da Caparica como de vocação predominantemente turística".
Para o território da Trafaria - Costa da Caparica o município de Almada tem projectado um desenvolvimento de requalificação urbana e de valorização ambiental que "dignifique e qualifique a habitação, incentive o emprego, promova o turismo, a pesca, o recreio e o lazer".
Os dois presidentes enviaram a carta Governo para que "determine" que a Trafaria deve ter um desenvolvimento de acordo com o que está definido e projectado para aquele território