In Público (8/7/2009)
Ana Henriques
«Presidente da assembleia municipal não respeitou disciplina partidária e votou a favor do empréstimo. "Tenho pena que o meu partido o tenha inviabilizado", disse Teixeira da Cruz
Os sociais-democratas que têm a maioria na Assembleia Municipal de Lisboa inviabilizaram ontem um empréstimo de 120 milhões que a câmara governada por António Costa já tinha negociado com o Banco Europeu de Investimento e com a banca, destinado à reabilitação urbana.
O empréstimo destinava-se, entre outras coisas, a terminar obras em casas situadas em bairros históricos como Alfama, paradas desde o anterior mandato por causa de dívidas da autarquia aos respectivos empreiteiros. Os actuais responsáveis camarários dizem que estão a gastar mais de 1,2 milhões de euros por ano em rendas, para o realojamento temporário dos habitantes destes fogos.
Na bancada social-democrata o único eleito que aprovou o empréstimo foi a própria presidente da assembleia municipal, Paula Teixeira da Cruz - cuja posição não foi, no entanto, seguida pelos raros deputados do PSD mais relutantes em inviabilizar a proposta dos socialistas, cientes dos efeitos negativos que esta posição poderia ter na imagem do partido, a escassos meses das eleições autárquicas. "Tenho pena que o meu partido tenha inviabilizado o empréstimo", declarou no final Paula Teixeira da Cruz, acrescentando que, apesar de algumas falhas, este plano de reabilitação urbana era "uma boa solução para Lisboa".
"Mistificação"
O mesmo não achou, no entanto, a maioria dos seus colegas de partido, que o apelidaram de mistificação. "Não resolve os problemas de reabilitação urbana da cidade", considerou o social-democrata Vítor Gonçalves. O facto de esta operação ir ter pouca ou nenhuma repercussão no mandato que agora termina, por não haver tempo para retomar as obras paradas nem para começar as novas, foi outro argumento invocado, tal como o facto de a responsabilidade do empréstimo ir recair sobre o executivo camarário a sair das próximas eleições, que ficaria condicionado às opções do respectivo plano de investimentos.
O PSD não teve sequer de votar contra a proposta dos socialistas: bastou-lhe abster-se, tal como de resto fizeram também o Bloco de Esquerda e o CDS-PP, uma vez que em empréstimos cujos efeitos se repercutem por dois mandatos a lei das finanças locais exige uma aprovação por maioria de dois terços. Os comunistas votaram a favor do empréstimo, que se destinava ainda a recuperar algumas escolas, espaços públicos e equipamentos culturais como a Casa dos Bicos, entregue à Fundação Saramago.
Aprovado, também com a abstenção dos sociais-democratas, foi outro empréstimo, este de 130 milhões, destinado ao pagamento de dívidas da autarquia. "Mais de metade deste montante refere-se a dívidas contraídas já no mandato de António Costa", garantiu Saldanha Serra, do PSD.»
Uma parvoíce pegada, esta história da AML não aprovar o empréstimo. Parace que estão a brincar às casinhas.
quem é que ganha com isto?
ResponderEliminarquando é que esta gente percebe que é paga para governar uma cidade e nao para gerir a sua carreira política?
lisboa é uma cidade com mais de 500000 habitantes, não é um palco.
Ao que isto chega de fossa (latrina) abissal na porca da política.
ResponderEliminarAINDA QUEREM ELEGER O SANTANA?
ResponderEliminarUM PROJECTO IMPORTANTE PARA A REABILITAÇAO DOS PREDIOS DE ALFAMA QUE TEM AS OBRAS PARADAS HA MAIS DE 5 ANOS....depois queixam-se de Lisboa nao reabilitar o seu patrimonio..
Lisboa já nao tem 500000 habitantes há muito, agora somos menos de 400000, a população de Lisboa tem vindo a decrescer MUITO MESMO des de 1990. Agora já somos menos que o Porto!
ResponderEliminarCom chumbos como estes nunca vamos recuperar habitantes, porque os deputados preferem o prestigio do seu partido a tornar a cidade de Lisboa melhor.
http://lisboacomcosta.blogspot.com/
ResponderEliminarFoi uma vergonha esta Assembleia. Devia ser passada nos meios de comunicação.
ResponderEliminarTalvez ficassem a pensar antes de pôr a cruz.
PSL já a preparar o caminho!
ResponderEliminarQuem disse que não há terrorismo em Portugal?
Todos os que passam na Fontes Pereira de Melo vê lá uns edifícios cobertos com grandes lonas e publicidade às obras coercivas. Ora, esta até foi uma bandeira do PSL no seu tempo. E era uma boa bandeira, razão pela qual o actual executivo a manteve e tenta viabilizar. Não se percebe esta atitude do PSD... Não se percebe mesmo...
Anónimo disse...
ResponderEliminarLisboa já nao tem 500000 habitantes há muito, agora somos menos de 400000, a população de Lisboa tem vindo a decrescer MUITO MESMO des de 1990. Agora já somos menos que o Porto!
Xico205 foi pesquisar e encontrou isto:
Posição- População 2008 - Variação Absoluta desde 2001- Variação Relativa 2001
1-Lisboa: 489.562; -75.095(564.567); -13,3% AML
2-Sintra: 445.872; +82.123(363.749); +22,6% AML
3-VN Gaia: 312.742; +24.767(287.975); +8,6% AMP
4-Porto: 216.080; -47.051(263.131); -17,9% AMP
5-Loures: 195.035; -4.024(199.059); -2,0% AML
6-Cascais: 188.244; +17.561(170.683); +10,3% AML
7-Braga: 176.154; +11.962(164.192); +7,3% Quad
8-Seixal: 175.837; +25.566(150.271); +17,0% AML
9-Gondomar: 173.910; +9.814(164.096); +6,0%; AMP
10-Amadora: 172.110; -3.762(175.872); -2,1% AML
11-Oeiras: 172.021; +9.893(162.128); +6,1% AML
12-Matosinhos: 169.261; +2.235(167.026); +1,3% AMP
13-Almada: 166.103; +5.278(160.825); +3,3% AML
14-Guimarães: 162.636; +3.060(159.576); +1,9% Quad
15-Odivelas: 153.584; +19.737(133.847); +14,7% AML
16-SM da Feira: 147.406; +11.442(135.964); +8,4% AMP
17-VF de Xira: 142.163; +19.255(122.908); +15,7% AML
18-Maia: 140.859; +20.708(120.151); +17,2% AMP
19-Coimbra: 135.314; -13.129(148.443); -8,8%
20-VN Famalicão: 134.969; +7.402(127.567); +5,8% Quad
21-Leiria: 128.537; +8.690(119.847); +7,3%
22-Barcelos: 124.555; +2.459(122.096); + 2,0% Quad
23-Setúbal: 124.459; +10.525(113.934); +9,2% AML
24-Viseu: 99.016; +5.515(93.501); +5,9%
25-Funchal: 98.583; -5.378(103.961); -5,2%
26-Valongo: 97.138; +11.133(86.005); +12,9% AMP
27-Viana Castelo: 91.362; +2.731(88.631); +3,1%
O Instituto Nacional de Estatística disponibiliza os principais resultados relativos às estimativas da população residente relativas ao ano de
2008, assim como os principais indicadores de natalidade e mortalidade de 2008.
As estimativas pós-censitárias agora divulgadas, de carácter provisório até à realização de um novo recenseamento e aferidas aos resultados
definitivos dos Censos 2001, reportam-se a 31 de Dezembro de 2008, foram obtidas pelo método do seguimento demográfico e incorporam no
seu saldo natural os dados, relativos a nados vivos e óbitos, apurados com base na informação registada nas Conservatórias do Registo Civil
até Abril de 2009. Quanto aos saldos migratórios, tanto a nível nacional como regional, face à inexistência de fontes de informação detalhadas
e adequadas ao detalhe geográfico exigido, são incorporados os valores estimados com base em diversas fontes de informação externas,
como sejam o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e o Ministério dos Negócios Estrangeiros, e internas, como sejam o Inquérito ao Emprego,
o Inquérito aos Movimentos Migratórios de Saída (IMMS), bem como a informação censitária mais recente (censos 2001). Os resultados
obtidos a nível dos saldos migratórios reveste-se assim de particular fragilidade, devendo sublinhar-se o carácter provisório das estimativas de
população residente, que deverão ser revistas após a realização de um novo recenseamento (censos 2011).