Almada, Barreiro e Seixal
por ROBERTO DORES,
"Hotéis de luxo, habitação e centros náuticos na actual Margueira, Quimiparque e Siderurgia. É o plano para a Margem Sul que visa cativar 17 mil novos habitantes
O conceito de uma nova Expo, mas cinco vezes maior, será o que melhor resume o projecto do chamado Arco Ribeirinho Sul com o qual o Governo tenciona "revolucionar" o urbanismo nos concelhos de Almada, Barreiro e Seixal nos próximos 18 anos. Numa área de 920 hectares, outrora ocupada pelo poder da industrialização, vão crescer hotéis de luxo, zonas residenciais, museus e centros náuticos. O investimento ultrapassa os 400 milhões de euros e se as habituais derrapagens não apoquentarem o calendário haverá mais 17 mil residentes e 55 mil novos empregos na região. Lá para 2027.
As intervenções vão recair em 55 hectares da Margueira (Almada), 290 da Quimiparque (Barreiro) e 536 da Siderurgia Nacional (Seixal) - ver infografia acima -, sendo que o ministro do Ambiente, Nunes Correia, que apresenta hoje o projecto no Barreiro, já admitiu ao DN não estar previsto, para já, nenhum projecto emblemático. Adiantou que o plano prevê a construção de cinco mil novos fogos "de grande qualidade" na zona para procurar responder à pressão que se perspectiva para os três concelhos com a construção do aeroporto em Alcochete, da plataforma logística do Poceirão (Palmela) e da terceira travessia do Tejo, entre Chelas e Barreiro.
Nunes Correia não tem pejo em assegurar que "a verdadeira cidade portuária será no Arco Ribeirinho Sul", alertando que "é muito melhor construir escritórios e habitação em locais degradados do que destruir um montado no Alentejo para responder à pressão urbanística". O ministro do Ambiente frisou que Lisboa vai, finalmente, cumprir uma célebre frase que consta nos planos de ordenamento: "Uma cidade, duas margens."
O titular da pasta do Ambiente diz que "se há algo de emblemático para citar, é o facto de se trazer a Margem Sul para o centro das operações, com um protagonismo que até agora não tinha. Era uma zona residencial e dormitório de Lisboa, mas este projecto vai dar- -lhe uma nova centralidade", afirma Nunes Correia, ressalvando que o projecto se mede a 15 ou 20 anos, pelo que deverá sofrer ajustamentos, em função da dos ritmos de construção do futuro aeroporto ou da nova ponte.
Segundo o plano estratégico elaborado pelo grupo de trabalho constituído em Setembro de 2008, a reconversão urbanística daqueles três elementos da memória colectiva da Área Metropolitana de Lisboa torna-se mais urgente quando se conhece o abandono e a degradação a que têm sido votados, "com consequências sociais e económicas negativas também extensíveis às áreas urbanas que os envolvem", diz o documento.
O plano defende projectos de diversas naturezas e dimensões, que vão da construção de infra-estruturas de transporte às actividades ligadas ao estuário e ao mar, não só nas componentes de construção e reparação naval mas também no domínio da biologia marinha. A proximidade ao futuro aeroporto de Lisboa propicia o desenvolvimento de actividades ligadas ao sector aeronáutico.
O ambicioso plano tem prazos longos para a sua conclusão: estão previstos 18 anos para a renovação da Quimiparque, 12 e 15 para a Siderurgia Nacional e a Margueira, respectivamente."
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A esta distância das eleições e novamente, sem o anúncio de qualquer tipo de discussão pública???
Vamos a ver no que isto vai dar...
um responsavel do blogue CIDADANIA LX deixou-me esta mensagem no mail!!
ResponderEliminarAnónimo deixou um novo comentário na mensagem "Concurso PRÉMIO EUROPA NOSTRA 2010":
Caro "...disse"
O senhor deverá estar a confundir má criação com ditaduras, este blog têm sido plural.
Tambem é verdade que estamos um pouco saturado dessa conversa de fascistas e comunistas.
Seria útil abrires a pestana.
Aproveita as férias e lê alguns livros que não os livros de demagogos e fasciantes Saramagos.
Bem haja este filtro!
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Publicada por Anónimo em CIDADANIA LX a 11:13
Em relação a este POST, 4 - quatro - perguntinhas apenas:
ResponderEliminar1) Este projecto é apresentado e defendido pelo Ministro... do AMBIENTE?!
2) Uma dos três factores que justificam o empreendimento é a travessia rodoviária do Tejo. Isso não será uma pescadinha de rabo na boca? Há ponte porque é preciso, ha construção porque há ponte...
3) O ilustre alcaide de Lisboa vai assistir impávido e sereno a isto? Onde está a nova política de mobilidade, e a prioridade à requalificação? Como é que o mesmo partido pode defender na câmara o repovoamento do centro de Lisboa e a prirodade ao transporte colectivo, e defender no Governo o alastramento da mancha urbana e uma ponte espetada no centro a despejar mais dezenas ou centenas de milhares de carros?
4) e o PCP, caladinho? porquê? não é porque espera facturar com as suas câmaras, pois não?
Lamentável e vergonhoso, tudo isto. O País está entregue aos bichos.
sem discussão pública?!
ResponderEliminarpor acaso deu-se ao trabalho de saber quantas entidades públicas e privadas foram ouvidas e durante quanto tempo o plano foi discutido?
por acaso sabe que este é apenas um plano estartégico, que apenas é concretizado recorrendo aos procedimentos previstos na lei, parcelares e que cada um é sujeito, obrigatoriamente a discussão pública?
informe-me primeiro antes de mandar bocas
Confundir discussão pública com audiências, é propositado?
ResponderEliminarE discussão pública pacelar????
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Anúncios para impressionar pategos antes das eleições.
ResponderEliminarIsto nunca mais muda. Nem as moscas.
LISBOA VAI SE PERDER
ResponderEliminarO CONCEITO DE CIDADE ACABOU, DAQUI PARA A FRENTE UM TERRITORIO DESORDENADO E DE ARREDORES...
uqe tristeza..
A margem norte olha, que se lixe. Fiquem com os transportes de m**da, acessibilidade só de carro, a indústria que vai sair da margem sul e passar para a norte, as cidades dormitório que já são caóticas como são entre muitas outras coisas. Margem Sul é que está a dar!
ResponderEliminarEstes gajos deviam morrer assados no calor do deserto!
Acho que se devem ter esquecido de anunciar que o TGV vai parar em Almada e que vão lá construir um aeroporto internacional e uma marina.
ResponderEliminarCalculo que a indústria pesada e construção naval já não nos façam falta nenhuma.
ResponderEliminarCumpts.
Até com o nosso principal porto de mercadorias querem acabar!!!!!!
ResponderEliminarQue o porto de Lisboa nunca morra.
...que não morra mas que passe rápidamente para outro lado!!!
ResponderEliminarA margem sul terá potencial se não repetirem os erros de Lisboa.
ResponderEliminarMas se continuarem com a teimosia de terem a 3ª travessia a passar pelo meio do Barreiro, vão conseguir destruir o futuro da area metropolitana de Lisboa.