13/08/2009

EMEL: Um exemplo de mau serviço público prestado aos utentes:

Chegado por e-mail:

«Exmos. Senhores,

Sou moradora numa zona de acesso condicionado – a do Castelo – sou portadora de identificador de acesso a estacionamento fornecido pela EMEL, que fui obrigada a adquirir para poder aceder, de carro, à minha residência e sou , uma vez mais obrigada a reclamar da atitude de um funcionário da EMEL.

Ontem, pelas 23:30, tentei como habitualmente aceder à minha rua passando pelo pilarete retráctil instalado junto à Igreja de Santiago. Impossível. Aquela hora, um reboque preparava-se para rebocar um veículo estacionado nas imediações, impedindo a passagem dos moradores. Segundo o condutor do reboque, era coisa para “10 minutinhos” (!)

Resolvi então tentar entrar na zona de acesso condicionado pela entrada situada nas imediações do Chapitô. Um carro à minha frente tentou, debalde, aceder à zona. Após alguns minutos de espera, enquanto durou a conversa entre condutor e funcionário da EMEL, chegou a minha vez de passar. Páro o veículo e fico à espera que o pilarete baixe. Nada. Saio do carro, toco à campainha e após alguma insistência, o funcionário que me atende pede-me a matrícula do veículo. Recusei-me a fornecer a matrícula, dizendo “não dou”. Resposta do senhor: “não quero que ma dê, até porque lhe pode fazer falta”. Mandei-o gozar com a família dele, expliquei-lhe que já vinha de outra porta de acesso que estava vedada, lembrei-o de que ele veria certamente a minha matrícula, ele insistiu que sem matrícula, não baixaria o pilarete e, nesta medição de forças, o morador cede ou fica a vedar o acesso a outros utentes. Não lhe forneci a matrícula e, como não é minha intenção prejudicar o próximo, resolvi tornar a tentar o acesso pela entrada de Santiago, já pela meia-noite, por onde passei sem problemas. Infelizmente, esqueci-me de pedir ao vosso funcionário que se identificasse. Também não deverá fazer grande diferença …
Cumpre-me lembrar o seguinte (e passo a citar o texto da página online da EMEL): “(…) as portas de entrada e saída estão dotadas de câmaras de vídeo, permitindo a monitorização a partir do Centro de Controlo de Acessos, 24 horas por dia, todos os dias do ano. Nestas portas estão instaladas antenas, totens de comunicação áudio e pilaretes retrácteis. Através das antenas instaladas nestas portas é possível detectar os identificadores colocados nos veículos autorizados, que accionam os pilaretes, permitindo a sua passagem “ (o sublinhado é meu).
Já não é a primeira vez que sou forçada a sair do carro para pedir que baixem o pilarete, e os funcionários da EMEL me solicitam a matrícula que, supostamente, estaria a ser detectada pelo identificador. Ou me é dada uma explicação plausível para não conseguirem ver a matrícula – e nunca me foi dada – ou então talvez seja melhor verificarem o funcionamento das antenas e das câmaras de vídeo ou o tipo de formação que dão aos vossos funcionários. Não é de todo aconselhável que à noite, em zonas de pouco movimento, sejamos obrigados a sair do carro, para prestar uma informação que, à partida, deveria estar no campo de visão de quem está no centro de controlo . Não há qualquer policiamento daquela zona – basta aliás ver o estacionamento anárquico que rodeia as zonas dos pilaretes, criando frequentemente o caos quando algum veículo não pode passar e tem de sair da área – e corremos sérios riscos de ser assaltados.
Foi-nos transmitida a ideia de que com o acesso condicionado à zona do Castelo a segurança e acessibilidade do Bairro seria melhorada. Sê-lo-ia certamente, e talvez ainda pudesse ser melhor , se a EMEL não actuasse de forma abusiva e prepotente, mantendo durante semanas a fio os pilaretes sem funcionarem, não dando qualquer explicação aos moradores (a própria Junta de Freguesia de Santiago não nos sabe dar uma explicação para os longos períodos em que a entrada é livre).
Acresce que há uma outra dificuldade, esta relativa à porta de saída junto à igreja de Santiago (única possível para quem mora, por exemplo na Rua da Saudade, como eu): se o pilarete não baixa, ninguém sai da zona e, com os pinos colocados nas imediações para, supostamente, impedir o estacionamento abusivo (fantasia pura, claro!) não há qualquer forma de passar. Houve já dias em que a fila chegava quase à entrada do quartel da GNR, o que é sempre uma experiência agradável quando se pretende chegar a horas ao emprego ou, mais grave ainda, se tem urgência em sair para acudir a um familiar doente …
A EMEL ganharia muito se se esforçasse por ser uma empresa eficiente e com uma melhor relação com os utentes, quer sejam os dos bairros de acesso condicionado, quer sejam os utentes em geral que apenas pretendem estacionar em zonas de parquímetros. Os cidadãos ganhariam certamente mais se a EMEL tivesse de competir com outras empresas que prestassem idênticos serviços, mas não me parece que isso venha a acontecer num futuro próximo.
Obrigada pela vossa atenção.
Atentamente,
Maria Teresa Almeida Alves»

15 comentários:

  1. Há ralmente coisas surpreendentes,então não é que o Sr. Paulo F. depois de chamada de atenção começou a por os temas de debate, fora das suas horas de trabalho pagas pelo Munícipio de Lisboa tanto neste blog como no da Cidadania Cascais, viva a Cidadania (comprada).

    ResponderEliminar
  2. Infelizmente, esse é um assunto em que a competição com outras empresas não parece muito viável...

    ResponderEliminar
  3. pedro santos5:59 da tarde

    estamos ressabiados ó paulo F. hehe... tem lá calma e aconselha o teu amigo a dar a matricula. vai ver que baixar do pópó e falar com os assistentes do sistema não lhe vai fazer mal nenhum e evita-se estar aqui a perder tempo com palermices.

    ResponderEliminar
  4. E não forneço, e não forneço, e não forneço!!

    A birrinha era evitável, Dona Maria Teresa. Um pouco de cortesia nunca ficou mal a ninguém.

    ResponderEliminar
  5. isto é para rir??? a reclamante ainda não se apercebeu do ridiculo da sua atitude?

    ResponderEliminar
  6. Pedro Policarpo7:47 da tarde

    Na realidade nunca compreendi a razão objectiva que faz com que a EMEL peça ao residente para "dar" a a sua matrícula, pois a mesma é perfeitamente visivel no sistema de CCTV que monitoriza entradas e saídas.

    ResponderEliminar
  7. o meu filho de 7 anos já não faz essas birras...

    imagine que por algum motivo o funcionário da emel não conseguia ver a matricula através do CCTV.

    isto anda por aqui gente que gosta de implicar por tudo e por nada e no fim ainda acha que tem o rei na barriga.

    com bom senso e cortesia tudo se resolve

    ResponderEliminar
  8. Que os funcionarios da Emel são estupidos toda a gente sabe.
    Mais uma vez não vejo o mal de dar a matricula. Até se ganha em eles fazerem essa pergunta, assim quem não está autorizado a entrar basta dar a matricula dum carro de um residente.

    ResponderEliminar
  9. Este comentário revelou o maior mal da cidade Lisboeta: o medo histérico que os seus habitantes têm de largar o seu carro, por momentos que seja.

    ResponderEliminar
  10. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  11. Fica sem uma perna se der a matricula? O serviço da EMEL é muito fraquinho mas isso é vontade de não resolver os problemas!

    ResponderEliminar
  12. Nome produto / empresa / serviço ou website
    Rua Pública
    Título da reclamação :
    Estacionamento abusivo de não moradores
    Reclamação:
    Recorro a este site com esperança de que alguém me possa dar uma sugestão útil e, quem sabe, uma resolução para este problema...

    Eu moro numa rua que, já de si, é estreita mas que, considerando o número de prédios e o facto de muitos moradores terem garagens, tem espaço mais que suficiente para todos terem os seus carros, sem problemas nenhuns.

    O nosso problema, quando digo nosso é meu e dos meus vizinhos de outros prédios, é que há uma tipografia a funcionar num dos prédios. Nada de problemático nem digno de nota se o dono não trouxesse para a rua os seus 5 veiculos ( 4 pessoais + 1 carrinha da tipografia). Ora, é situação constante termos esses veiculos estacionados à porta dias infindos, a ocupar quase um lado da rua inteiro ( só para verem que já de si não é um espaço muito grande), quando não estão em segunda fila se algum residente tem a sorte de conseguir um lugar que tenha sido deixado "aberto", concerteza por lapso.

    Ora nós, como pessoas até bastante pacientes nunca fizemos grande barulho acerca deste facto até ao dia em que uma vizinha, em hora de almoço, veio a casa a correr. No estado em que o estacionamento está, obviamente não teve alternativa senão deixá-lo em segunda fila para ir a casa almoçar, ao lado da carrinha do dito senhor, que, por sinal, estava lá sempre parada.

    Em menos de 10 minutos estava a guerra montada à porta de casa, com o senhor a apitar à doida e a gritar que queria o carro dali para fora. Quando a vizinha desceu para tirar o carro, para o senhor supostamente poder sair, qual não foi a surpresa quando ainda foi mandada "para o ca......o" e mandada tirar aquela "merda" dali!!!
    Ainda mais insólito, o tempo que ela levou a tirar o carro, o senhor não faz mais nada senão tirar a carrinha, pôr lá outra das suas viaturas, e ainda chamar o funcionário para pôr o seu carro ao lado em segunda fila para evitar que "esta gente meta a merda dos carros nos meus lugares!!"


    Posso dizer que foi neste dia que "entornou o tacho", por assim dizer!!!

    Não me parece que o senhor tenha o direito de impedir o acesso de residentes, quando ele não o é, a lugares de estacionamento onde,obrigando-nos a deixar o carro num terreno onde já por algumas vezes se rebentaram pneus devidos a ferros que estão espalhados no chão, sem contar com os danos que gatos e demais animais provocam às pinturas (mas isso já é outra história...)

    O senhor basicamente apropriou-se do espaço de estacionamento para si, impedindo alguem de estacionar, nem em segunda fila... Quando não ocupa os lugares do outro lado da rua também...

    Resumindo, queremos impedir o senhor de se fazer de rei, mas não sabemos como... Sugestões?

    Obrigada

    Link original:
    http://www.livroamarelo.net/Index.asp?Req=Lan184535

    P.S.- Devem ser irmãs gêmeas!

    ResponderEliminar
  13. Uma só coisa a fazer:

    Queixa a P.S.P.

    ResponderEliminar
  14. Lobo Villa,19-08-09
    Dª Mª Teresa , a Srª está cheia de razão !
    As cenas dos pilaretes e da EMEL são para esquecer,as restrições de estacionamento rua-a-rua ou bairro-a-bairro,são uma pantomina pegada! São um "negócio" novo das EM´s (Empresas Municipais) que vendem a via pública aos contribuintes,os quais já pagam a sua conservação.
    Não pretenda "resolver" esta questão mas apenas cabar com ela !
    Acabar com as negociatas das EM´s e das EP´s!
    Extingui-las,a EMEL a EPUL e muitas mais !
    (Leia o artigo do "Público" de hoje de Santana Castilho sobre a EPE )

    ResponderEliminar
  15. Mais um que não sabe o que diz.
    Também eu moro neste bairro e agradeço à EMEL o bom serviço que tem feito... em nome da CML.
    Já tenho pensado nisto e se tivesse que gerir esta solução não a queria.... que proveitos podem dai advir????
    Meus amigos, este sim é serviço publico. certamente dá prejuizo à EMEL, mas continua a operar.

    ResponderEliminar