Truques de cartas, argolas e malabarismos abriram as hostes no primeiro dia de festa
00h30m in "JN"
ANA RITA JUSTO
É com assobios frenéticos que Peter Wardell tenta chamar a atenção de quem passa pela Praça de Luís de Camões. Ao meio-dia, o sol já aquece e dá-se início à quarta edição do "Street Magic World Festival", em Lisboa.
Ao todo, são 15 mágicos vindos de oito países. Um espectáculo de rua marcado pela presença forte da língua inglesa. "O meu português não é tão bom, mas os portugueses têm muita facilidade em entender o inglês e isso torna a interacção mais fácil", afirmou Jan Van Kammen, um dos mágicos intervenientes no projecto, vindo da Holanda, depois de na sua actuação ter pedido a uma voluntária portuguesa, Teresa, que se deitasse no chão com uma banana na boca. De olhos tapados, a fazer o pino e com a ajuda das palmas do público, lá conseguiu chegar à banana.
Entre as pessoas que passam a interacção é constante, os olhares multiplicam-se e a audiência vai aumentando. Até os polícias levam acenos dos mágicos. Mas são as crianças as mais fascinadas e as que mais vezes são chamadas ao "palco". Magias com cartas e malabarismos com laranjas são alguns dos truques que mais animam quem passa pela zona.
João Salvador, 59 anos, veio de Setúbal propositadamente para assistir aos espectáculos. "Venho cá desde que isto começou, há quatro anos. Gosto muito. Aqui podemos ver coisas que nos palcos não dá para ver", salientou.
Até 30 de Agosto, a Baixa lisboeta contará com diferentes números de magia, em palcos diversos, como o Largo do Chiado, passando pelo Teatro São Carlos, Rua Garret, Rua Augusta.
A iniciativa é organizada pela Câmara Municipal de Lisboa em conjunto com a Luís de Matos Produções. "A continuidade do projecto depende sempre do sucesso do ano anterior, da aderência e da interacção com o público. E se já fazemos isto há quatro anos é porque as coisas estão efectivamente a correr bem", revelou ao JN o próprio Luís de Matos.
Verónica, 32 anos, uma austríaca a viver em Portugal há um ano, estava à espera do marido para almoçar quando viu a azáfama na Praça Luís de Camões. "Costumo passear aqui muitas vezes e nunca tinha visto tanta gente junta. Fiquei surpreendida", disse salientando que aqui não se vêem muitos espectáculos de rua e "deveria haver mais". António Guerreiro, 55 anos, estava na sua hora de almoço e ficou espantado com o clima de festa. "Ouvi o barulho e vim ver. Não compreendo bem o inglês, mas estou a gostar", disse.
Já uns minutos depois da uma, terminadas as quatro actuações previstas, o público desce em direcção ao Largo do Chiado. Segue-se mais uma série de quatro performances, entre elas está a única artista feminina, Billy Kidd, uma canadiana com ar oriental. "Eu sou uma mulher mágica. Quantas mulheres mágicas já viram vocês?", interrogava.
A um dos elementos do público, Billy Kidd transformou uma nota de 20 euros em cinco dólares americanos. A preocupação não durou nem cinco minutos, com o truque desfeito. "Estou aqui para vos provar que, em Lisboa, é possível verem qualquer coisa", interpelava a mágica, tentando sair de dentro de um colete de forças, deslocando um ombro para trás da cabeça.
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Será que os rapazes conseguiriam, atravês de uns quaisquer pós de "perlim-pim-pim", promover a reabilitação urbana, acabando com a destruição do património habitacional construído?
E, ao mesmo tempo, acabar, de uma vez por todas, com essas ideias peregrinas de projectos superflúos e despesistas, que são o mono dos coches e o Terreiro do Paço?
É que se conseguirem, voto já neles!!!
Eu cá não votaria em quem transforma uma nota de 20 euros em cinco dólares americanos.
ResponderEliminarAinda se fosse ao contrário...
Bem niso tem razão. Até porque por cá a especialidade é fazê-las desaparecer de vez...
ResponderEliminarLOBO VILLA 26-8-09
ResponderEliminarO Parque Mayer é a "magia" da CML : começaram os truques e as cartas... com Santana,mudou a "troupe" e agora com Costa os truques voltaram ao Parque Mayer !
Oxalá não recomece esta "magia"...
Que exagero de mal-dicência... A iniciativa foi boa; se há algo de que a cidade precise, além das questões urbanísticas, é, sem dúvida, uma maior vivência e interactividade com os seus habitantes.
ResponderEliminarQue se questione o que vai mal, mas também que se louve o que vai bem!, que de mal nada teve esta iniciativa.