In Público (12/8/2009)
Ana Henriques
«À hora de ponta, 44 dos 140 veículos da Carris que passam junto ao Martinho da Arcada vão ser transferidos para a Infante D. Henrique
A Câmara de Lisboa e a Carris estabeleceram um acordo para fazer regressar à Avenida da Ribeira das Naus três das suas carreiras, respondendo assim aos protestos dos moradores e comerciantes que se queixam de não conseguir suportar o aumento de poluição causado pelas recentes alterações ao trânsito na Baixa.
"As carreiras 28, 35 e 782 vão voltar a passar na Ribeira das Naus", garante o secretário-geral da Carris, Luís Vale. Objectivo: reduzir os transportes públicos nas ruas da Alfândega e do Arsenal, para as quais a autarquia fez desviar transportes públicos que até Fevereiro passavam em artérias que não são habitadas nem têm comércio, a Ribeira das Naus e a Infante D. Henrique.
Trata-se de mais uma alteração ao novo esquema de circulação rodoviária que a câmara criou para reduzir a poluição na Baixa, nomeadamente através de restrições aos veículos ligeiros. Só que cedo se percebeu que a ideia de sobrecarregar duas artérias com transportes públicos não agradava aos residentes e lojistas. A câmara prometeu algumas medidas minimizadoras do impacte da passagem dos autocarros, que chegam aos 140 por hora nas horas de ponta. Mas foi só quando o proprietário do café Martinho da Arcada - frequentado por Fernando Pessoa - ameaçou fechar as portas que responsáveis da Carris e da autarquia resolveram reunir-se para discutir o assunto.
Pelas contas da transportadora, vão ser transferidos para a Ribeira das Naus e Infante D. Henrique 44 dos 140 autocarros que ali passam à hora de ponta. Seja como for, muita da circulação de bus que dantes se fazia pela Ribeira das Naus vai continuar a fazer-se pela Rua do Arsenal, porque o futuro esquema de circulação no Terreiro do Paço dificulta outra solução, admite a Carris. "Fizemos um esforço para colocar os veículos menos poluentes nesta zona", adianta Luís Vale. No mês passado, os comerciantes da Rua do Arsenal exigiram o regresso do anterior modelo de circulação.»
Eh Eh Eh Autocarros naquelas curvinhas ridículas e estreitas da Ribeira das Naus...
ResponderEliminarÓ Costa, a vida Costa!
Solução do mais imbecil e tramposo que imaginar se pode.
ResponderEliminarJá imaginaram os utentes dirigirem-se às paragens a que se habituaram para descobrirem que é «hora de ponta» e terem de arrastar-se, sobretudo os idosos que se descolcam com dificuldade, para outras pagarens?
E vice-versa: ir o cidadão para um lado e descobrir que não é «hora de ponta», pelo que terá de ir feito parvo para outro local.
Quem isto concebeu não tem o menor respeito pela população, sobretudo a envelhecida população de Lisboa.
Irra!
São as bestas que nos governam que uns quantos inteligentes votaram!
ResponderEliminarNão tem pés nem cabeça, mas a mim já nada me espanta!
Suponhamos que a hora de ponta acaba às 10h e que são, no meu relógio, 9h 57m.
ResponderEliminarA que paragens me devo dirigir?
Pergunto ao Zé que lá fazia falta?
Ou mando-os em pensamento onde devem ser mandados?
Algo tem que ser feito e urgentemente. É inconcebível que tanto o 28, o 35, o 781 e o 782 demorem mais do que 12 minutos entre o Cais do Sodré e Santa Apolónia (o dobro do tempo em relação ao anterior esquema) a arrastarem-se pelo trânsito e pelos inúmeros semáforos existentes entre o Cais do Sodré e o Sul e Sueste.
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