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Lisboa, 24 Set (Lusa)
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- As obras de saneamento no Terreiro do Paço, em Lisboa, terminam segunda-feira, altura em que terão início as obras de requalificação promovidas pela Sociedade Frente Tejo, revelou o autarca da capital, António Costa.Depois das obras que decorreram no local, nomeadamente de construção de infra-estruturas de saneamento que retiram do Tejo o esgoto de 100 mil habitações, avançam os trabalhos a cargo da Frente Tejo.Estas obras deverão estar concluídas nas comemorações do Centenário da República e incluem a requalificação do Terreiro do Paço, de acordo com um projecto do arquitecto Bruno Soares, que foi alvo de várias alterações desde que foi apresentado sob a forma de estudo prévio, há quatro meses.
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Comentário:
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Uma obra arcaica, no espaço mais nobre de Portugal...
Isto é uma anedota, com toda a Europa a assistir.
Não vai ser um espaço para a população usufruir.
Vai ser mais um espaço para dizer que temos. Para tirar umas fotos e ser um palco de vaidades dos nossos importantes, nos momentos oportunos.
A nossa Praça do Comércio merece uma reabilitação de aparência simples, tal como o magnífico plano onde foi concebida por Eugénio dos Santos.
E deviam ser lá colocadas umas árvores, para ter de facto uma utilização pedonal, tal como dizem pretender. Mas com aquela aridez... ninguém lá fica.
Decisões anedóticas, que resultam em obras fracas, em desperdício dos dinheiros de todos nós. Os nossos antepassados que criaram aquela praça, não merecem a desonra desta obra.
Falta conhecimento e ética aos nossos governantes, na gestão dos bens públicos.
Uma obra arcaica, no espaço mais nobre de Portugal...
Isto é uma anedota, com toda a Europa a assistir.
Não vai ser um espaço para a população usufruir.
Vai ser mais um espaço para dizer que temos. Para tirar umas fotos e ser um palco de vaidades dos nossos importantes, nos momentos oportunos.
A nossa Praça do Comércio merece uma reabilitação de aparência simples, tal como o magnífico plano onde foi concebida por Eugénio dos Santos.
E deviam ser lá colocadas umas árvores, para ter de facto uma utilização pedonal, tal como dizem pretender. Mas com aquela aridez... ninguém lá fica.
Decisões anedóticas, que resultam em obras fracas, em desperdício dos dinheiros de todos nós. Os nossos antepassados que criaram aquela praça, não merecem a desonra desta obra.
Falta conhecimento e ética aos nossos governantes, na gestão dos bens públicos.
F.J.Ferreira, arq
Caro Arquitecto Luís Marques da Silva, também não são verdades algumas das coisas que diz.
ResponderEliminar1) Praças 'áridas' e sem árvores, há centenas ou milhares pela Europa fora, designadamente as plazas mayores aqui no país vizinho, sempre repletas de pessoas a todas as horas do dia e da noite. Não têm árvores nem sombra e não precisam para ser fruídas pelos visitantes.
2)Não sei a que se refere quando diz 'obra arcaica' ou 'mais um espaço para dizer que temos'. Esta intervenção - concorde-se ou não com pormenores estéticos - já vem é tarde. É preciso lembrar há quantos anos (décadas) a praça está votada ao abandono e desleixo? Demasiados para merecer ser lembrado tal facto. Passaram vários autarcas - PS e PSD - pela CML e nunca quiseram lá mexer. Goste-se ou não, em boa hora o António Costa resolveu acabar com o tabu duma vez por todas.
Certo é que só daqui a um ano pelo menos é que poderemos comprovar se a praça funciona ou não, o que torna todas as opiniões sobre esse ponto bastante irrelevantes e meros exercícios de astrologia.
Os turistas estrangeiros, que são normalmente pessoas bem mais viajadas que os portugueses e com uma visão de utilização do espaço público que nós (ainda) não temos, é que irão mostrar se a coisa funciona ou não. Eu arrisco a dizer que sim, mas veremos.
3) Por fim, concordo consigo num ponto: Falta de facto visão, conhecimento e ética cultural aos nossos governantes, mas nem todos podem ser Arquitectos ou escultores. Podem sim, e devem, ter semelhantes pensadores ao serviço para os aconselhar, e é disso que falamos aqui. O António Costa, goste-se ou não, pegou nos espaços públicos pelos cornos e está a tentar mudar um paradigma lisboeta. Agora resta-nos a nós, utilizadores da cidade, provar se merecemos ou não que estes investimentos sejam feitos. Porque a responsabilidade também é nossa.
Abraços.
Arq. Pedro Leitão
Não estava um processo qualquer em tribunal a correr contra esse projecto?
ResponderEliminarNão é pelo facto de a Praça ter andado ao abandono tantos anos que deverá agora ser lá feita qualquer porcaria.
ResponderEliminarE o problema de ter andado como andou, tem também que ver com o que lá está a ser feito: Executar uma obra ideal, com grande impacto, que viesse "brilhar" - e saiu asneira.
A "Praça do Comércio", e não Terreiro do Paço, tem o carisma da qualidade e do conhecimento que lhe estão atribuidos por quem a projectou no âmbito de um plano fabuloso: Uma praça principal da capital de um império (à data), que seria o corolário da vida urbana dessa capital.
É esta utilidade prevista para a praça (tal como para as restantes vertentes do plano), que foi sendo preterida, ou deixada por aproveitar... e que nesta obra volta a não ser entendida.
Não se tira partido da utilidade urbana que esta obra proprorciona.
Isto é falta de conhecimento e de cultura da proposta, e deixa irritados todos os que percebem um pouco disto (e há quem saiba disto bem mais que eu).
Essas pessoas deviam ter tido parte interveniente neste processo, e a obra devia resultar ao nível da qualidade que é reconhecida por todos os estudiosos para Baixa Pombalina - uma obra de referência mundial, não só à sua data, mas mesmo ainda agora, pela vida urbana intrínseca ao plano.
Devia ser uma obra simples, motivadora de utilidade urbana e social, na sua vida diária.
Não apenas um palco de vaidades, em datas esporádicas (e não seria mais cara nem mais duradoura).
Nem tinha que estar dependente de um calendário eleitoral.
Haja cultura.
Não é pelo facto de a Praça ter andado ao abandono tantos anos que deverá agora ser lá feita qualquer porcaria.
ResponderEliminarE o problema de ter andado como andou, tem também que ver com o que lá está a ser feito: Executar uma obra ideal, com grande impacto, que viesse "brilhar" - e saiu asneira.
A "Praça do Comércio", e não Terreiro do Paço, tem o carisma da qualidade e do conhecimento que lhe estão atribuidos por quem a projectou no âmbito de um plano fabuloso: Uma praça principal da capital de um império (à data), que seria o corolário da vida urbana dessa capital.
É esta utilidade prevista para a praça (tal como para as restantes vertentes do plano), que foi sendo preterida, ou deixada por aproveitar... e que nesta obra volta a não ser entendida.
Não se tira partido da utilidade urbana que esta obra proprorciona.
Isto é falta de conhecimento e de cultura da proposta, e deixa irritados todos os que percebem um pouco disto (e há quem saiba disto bem mais que eu).
Essas pessoas deviam ter tido parte interveniente neste processo, e a obra devia resultar ao nível da qualidade que é reconhecida por todos os estudiosos para Baixa Pombalina - uma obra de referência mundial, não só à sua data, mas mesmo ainda agora, pela vida urbana intrínseca ao plano.
Devia ser uma obra simples, motivadora de utilidade urbana e social, na sua vida diária.
Não apenas um palco de vaidades, em datas esporádicas (e não seria mais cara nem mais duradoura).
Nem tinha que estar dependente de um calendário eleitoral.
Haja cultura.
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Ferreira arq.
Eu só gostaria de saber uma coisa?
ResponderEliminarQuando é que finalmente vai haver uma intervenção de conservação e restauro nos elementos escultóricos da Praça do comércio, será que a sociedade Frente Tejo vai agir nesse sentido???
Urge intervir conservativamente no Arco da Rua Augusta e no monumento a D.José. O estado de degradação é evidente!!!
Cumpts.