In Público (19/9/2009)
Por Inês Boaventura
«A segunda versão do estudo prévio do arquitecto Bruno Soares teve parecer positivo do Igespar e as obras deverão ficar concluídas até Outubro de 2010
As obras na placa central do Terreiro do Paço, em Lisboa, com vista à concretização do projecto do arquitecto Bruno Soares, deverão começar até ao final do mês, segundo a porta-voz da sociedade Frente Tejo.
Depois de o estudo prévio da autoria de Bruno Soares ter sido chumbado pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar), o arquitecto introduziu uma série de alterações, por exemplo eliminando o corredor em pedra a ligar o arco da Rua Augusta ao Cais das Colunas e esbatendo os losangos da placa central. As principais críticas feitas há cerca de três meses pelo presidente do instituto, Elísio Summavielle, diziam respeito a "aspectos formais, sobretudo de impacte visual, a arrumação da placa central, o enquadramento da estátua".
A segunda versão do projecto, apresentada formalmente depois de uma série de reuniões entre a equipa projectista e técnicos do Igespar, já teve parecer positivo deste organismo. A sua assessora de imprensa destaca que as modificações permitiram alcançar "uma grande simplificação do desenho e dos materiais", nomeadamente no que diz respeito ao Cais das Colunas, à base em que assentará a estátua de D. José e ao corredor desaparecido.
"O projecto foi francamente simplificado, como o Igespar tinha sugerido", conclui Maria Resende. Também a porta-voz da sociedade Frente Tejo frisa que "houve bastantes alterações" ao estudo prévio da autoria de Bruno Soares, que tinha sido recebido com muitas críticas de partidos políticos, técnicos e cidadãos.
"O arquitecto foi bastante flexível e retirou os elementos polémicos", recorda Maria João Rocha, que diz que as obras na placa central do Terreiro do Paço deverão arrancar antes do fim do mês de Setembro e estarão concluídas até Outubro de 2010, a tempo da comemoração do centenário da República. "Assim que a parte do trânsito estiver resolvida avança a placa central", disse a porta-voz da Frente Tejo, explicando que neste momento estão em curso "obras na frente rio, de realinhamento da via". »
...
Pois, mas falta ainda retirarem os desenhinhos tontos recriando as cartas de marear (que nada têm que ver com a Praça) e fazerem desaparecer a inexpliável diferença de cota que se traduz ainda por uma fileira de degraus com 50cm de altura (só explicável por erro de atribuição de cota aquando das obras da Simtejo, e, portanto, agora deveras custosas em termos quer de justificação quer de correcção), porque não queremos outros degrauzinhos como no erro crasso do respirador do Metro na placa central do Rossio...
O resto? Bah!
"O arquitecto foi bastante flexível e retirou os elementos polémicos".
ResponderEliminarEsta tem piada.
Não só os tais elementos eram não polémicos mas abstrusos, como, retirando o arquitecto os tais elementos que lhe devem ter dado um trabalhão do caraças a conceber (com muitas noites mal dormidas)não justifica o dinheiro que se lhe vai pagar.
Esta gestão autarquia não respeita a vontade da maioria dos Lisboetas.
ResponderEliminarPrepotência e autoritarismo, infelizmente Manuela Ferreira Leite tem razão fartos desta asfixia social e de asfixia democratica.
Esta não é uma luta entre PS e PSD é uma luta pelo poder a tudo o custo.
Meu Caro
ResponderEliminarTenho escrito no vosso blog e parece-me que tem havido alguma censura e politicamente tendencioso.
Este Blog sempre foi plural.
A obra realizada no Terreiro do Paço é demonstrativa da asfixia democrática e também de asfixia social. Este blog e outros movimentos de cidadãos moveu esforços e petições e não conseguiu que a situação fosse alterada.
Antonio Costa e a actual gestão autarquia impõe um projecto fraco e redutor a toda uma cidade.