«Solicita-se a devida atenção para o derrube previsto das laranjeiras que ainda existem em redor da Estátua de Santo António, na Praça de Alvalade para dar lugar a uma área pavimentada.
A obra de alargamento da Estação de Metro de Alvalade, anteriormente realizada a céu aberto implicou o derrube das árvores que existiam no lado Sul da Praça de Alvalade na Av. de Roma, entre elas as Laranjeiras do separador central. Com a conclusão da obra, o separador central foi unicamente pavimentado. Este facto que está ao alcance de todos os utentes do local implica que no verão a situação de desconforto nas travessias da Praça de Alvalade é tal que só com óculos de sol e chapéu na cabeça seja minimizado.
Agora, com o retomar da obra do Arranjo à Superfície da Estação de Metro de Alvalade, a “Ferconsult”, propõem-se concluir a obra de pavimentação, com projecto da CML, onde se prevê derrubar as 18 Laranjeiras existentes nas ilhas de acesso à Av. de Igreja: 10 laranjeiras no lado Poente da Av. da Igreja e 8 laranjeiras no lado Nascente.
Em lugar deste espaço público arborizado, surgirá uma área pavimentada em laje de pedra de Lioz à semelhança do que foi executado na ilha a Sul de acesso à Av. de Roma. Não existe qualquer justificação maior que não permita manter as árvores existentes.
Questionamos o Gabinete do Sr. Vereador José Sá Fernandes que nos respondeu nos seguintes termos: ...."...A opção de remoção das laranjeiras surge naturalmente associada à possibilidade de plantação de novos alinhamentos de árvores, de forma a garantir uma amenização ambiental da praça e melhorar as condições de sombra e conforto dos peões (em áreas em que o peão efectivamente circula). São propostos 4 novos alinhamentos de árvores de grande porte - Jacarandás - integrados nas 4 bolsas de estacionamento e paralelos ás fachadas edificadas (22 exemplares).
Em face do exposto, voltando a dar à praça a sua imagem original, em que se enriquece a pavimentação dos separadores com lajes de lioz (idêntica ao separador central, base da estátua), considera-se estar a contribuir para a sua dignificação, enquanto “praça dura” emblemática de uma época, abrindo simultaneamente as perspectivas visuais para os eixos das avenidas que se cruzam na praça, nomeadamente para a Igreja S. João de Brito, no topo Nascente da Av. da Igreja.
De referir ainda, e de não menos importância, que este projecto se integra no Projecto global de Qualificação Urbana da Av. de Roma (já construído no troço envolvente à Estação Roma, entre a Av. dos E.U. da América e a Rua Frei Amador Arrais) o qual em termos de estrutura arbórea define a plantação de alinhamentos de árvores contínuos ao longo dos passeios laterais, de forma a criar condições de conforto directa ao peão e oferecer o devido enquadramento ao eixo urbano, recriando o perfil de alameda. Segundo este conceito o Projecto da Av. de Roma prevê a remoção integral das árvores existentes nos separadores centrais ao longo de toda a avenida, considerando-se que a presente acção de remoção das laranjeiras nos separadores da Praça de Alvalade se integra igualmente nesse conceito de âmbito mais global...."
Os munícipes do Bairro de Alvalade não têm conhecimento que a conclusão da Praça de Alvalade irá ditar o derrube das Laranjeiras ali existentes".
Visitem o blog laranjeirasalvaladelisboa.blogspot.com e dêm apoio à manutenção das árvores existentes.
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Bom, essa de plantarem jacarandás naquela zona só lembra realmente a quem não faz a mínima ideia do que seja uns e outra, não só do ponto de vista estético, como da envolvente, características do bairro, vento, etc. A prova está no estado "vegetal" em que estão quase todos os jacarandás ali anteriormente plantados.
Depois, o tal de separador central colocado a Sul da estátua é tão mau, tão mau, tão mau, que fazer dele um exemplo de requalificação do espaço público é a mesma coisa que dizer que os arranjos à superfície na Joaquim António de Aguiar são um "mimo".
Depois, falar-se na "exemplar" requalificação da zona adjacente às escadas-Sul da estação de Metro de Roma é realmente exemplar, no pior sentido: escadas tortas, grelhas mal colocadas, átrio sujeito a vendavais de correntes de ar, etc.
Finalmente, a história das laranjeiras. Quando foram colocadas, a polémica foi ainda maior do que agora. Alvalade não é Sevilha, Lisboa não produz laranjas como Valência. Foi um curiosa teimosia de Abecassis, vá-se lá saber porquê. Sempre foram pífias e duraram décadas até que vingassem a meia haste. Isso não invalida, claro, que façam parte hoje da imagem daquela praça, e que as pessoas até as estimem, dada a manifesta falta de árvores que a praça tem, que de praça só tem o nome, aliás.
Bom, a requalificação do espaço público em Lisboa (com ou sem Metro) continua - como se vê pela solução completamente incompreensível da remoção do gradeamento do séc. XIX da Igreja de São Roque, para agora estarem ali uns quantos degraus, claramente dissonantes do conjunto (iniciativa CML, ou, por exemplo, aquela idiota, feia e obtusa empreitada de espaço público na Av.Roma/estação comboio do Areeiro (ao que se sabe, de um arquitecto de nomeada) - a ser uma das pechas de Lisboa. Têm-no tratado como se fosse uma questão menor. É uma das áreas que precisam, urgentemente, de um remodelação integral, de cima a baixo. Para quando? Não será tão cedo, certamente.
Uma vergonha o estado de abandono da praça de Alvalade, sem falar do arranque das árvores, será que fazem concorrência aos girassóis?
ResponderEliminarEu acho que bananas deviam plantar bananeiras.
ResponderEliminardeviam fazer uma auto-estrada e plantar semáforos
ResponderEliminarEndereço correcto do blog das laranjeiras é http://laranjeirasalvaladelisboa.blogspot.com
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