17/10/2009

Novo cais de Santa Apolónia deverá estar concluído no primeiro trimestre de 2011

In Público (17/11/2009)


«O novo cais de Santa Apolónia deverá estar concluído no primeiro trimestre de 2011 conferindo condições de atracagem a todos os navios actualmente a operar no mercado europeu, afirmou à Lusa a Administração do Porto de Lisboa

A primeira fase das obras de cais do novo terminal de passageiros de Santa Apolónia já está concluída e a segunda fase deverá estar concluída no primeiro trimestre de 2011, explicou a Administração do Porto de Lisboa (APL).

A APL refere ainda que vai lançar um concurso de ideias para a construção do edifício que servirá de terminal, que deverá estar pronto em 2013, prevendo-se que funcione até essa altura uma solução provisória.

A APL reconhece que os actuais terminais estão subdimensionados para lidar com um grande volume de pessoas e bagagens e com as exigências de segurança que se intensificaram desde o 11 de Setembro.

Segundo a APL, o novo terminal será um projecto de raiz que terá em linha de conta as necessidades actuais de mercado, nomeadamente, o acolhimento «com qualidade e eficiência» de grandes volumes de passageiros e respectiva bagagem.

Este tem sido um dos principais pontos críticos apontados pelos operadores de cruzeiros, que esperam que o novo terminal de Santa Apolónia se concretize o mais rapidamente possível.

Esta é também uma das dificuldades apontadas pela APL, nomeadamente, a nível das operações de embarque e desembarque dos navios de grandes dimensões que podem envolver 2 mil pessoas e 3 mil malas.

A APL considera que com o novo terminal de cruzeiros, Lisboa enquanto destino turístico poderá «crescer de forma mais consistente» no segmento de ‘turnaround’ (embarque/desembarque de passageiros).

De acordo com os dados da APL, o porto de Lisboa recebeu, até ao final de Setembro, 211 escalas e 316.183 passageiros.

A APL estima que até ao final do ano o porto de Lisboa receba 300 escalas e 407.500 passageiros, o que significará uma redução de 2,6 por cento no número de escalas e uma estagnação do número de passageiros.

«Para 2010, e face ao número de escalas anunciadas até à data, prevê-se um crescimento quer em termos de escalas quer de passageiros», refere a APL.

Lisboa é actualmente o quinto porto de cruzeiros a nível ibérico e o 60.º porto a nível mundial.

«É nossa convicção que Lisboa actualmente já é um destino atractivo», refere a APL.

Segundo um estudo da Associação de Turismo de Lisboa, em 2008, cada passageiro internacional de cruzeiro gastou em média 43,63 euros na sua escala em Lisboa.

A APL destaca, à semelhança de outros operadores de cruzeiros contactados pela Lusa, que os cruzeiros contribuem para a dinamização dos agentes de viagem de Lisboa com a organização de tours pela cidade e por outros destinos próximos como Alcobaça e Fátima.

«Lisboa como porto de escala é de grande interesse do ponto de vista das companhias de cruzeiros», refere a Costa Cruzeiros.

Segundo esta operadora italiana, para além das excursões para conhecer a cidade e a zona da Grande Lisboa, outro dos destinos procurados pelos passageiros de cruzeiros é Fátima.

Lusa / SOL»


Se é para verem uma Lisboa suja e a cair aos bocados ... logo ali em Alfama, então, força!

Cá estaremos para ver o projecto do novo terminal. Aliás, quero agradecer o facto de, finalmente, haver um concurso para o projecto ...

Só ainda ninguém explicou por que não remodelam as gares da Rocha de Conde d'Óbidos e de Alcântara. Os contentores são, portanto, mais importantes que os turistas?

12 comentários:

  1. Se calhar porque interessa aos turistas ficarem mais próximo do centro da cidade.
    Digo eu, mas eu só cá ando pelos feijões.

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  2. giro giro era meter os cruzeiros em frente ao terreiro do paço, a verdadeira entrada maritima de Lisboa

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  3. Pois, ainda não sei, caro Paulo Ferrero se foi eleito na lista que defendia esse monstruoso atentado à paisagem urbana de Lisboa, uma Gare frente à milenar, emblemática e preciosa ALFAMA.

    Mas o Fórum continua com as suas denúncias, felizmente, e assim perdou-o em parte ...

    Há que parar esse atentado a Lisboa.

    Nesse local deveria situar-se um cais e doca para embarcações tradicionais do Tejo, tão cantadas no Fado, pelo menos uma caravela e mais junto ao T. Trigo a fragata D. Fernando.

    O Fado não é só IMATERIAL, e a sua classificação pela UNESCO deve estar em harmonia com a proteção dos bairros e locais onde nasceu.

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  4. Alguém poderia indicar por favor onde encontrar a justificação da APL para a instalação do terminal de passageiros ser em santa apolónia e o de contentores em alcântara/belém??

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  5. Não Sr. Ferrero, o que se passa é que as gares mencionadas construídas no tempo da outra senhora e património nacional destinadas a NAVIOS DE PASSAGEIROS estão obsoletas não são remodeláveis havendo necessidade de construir novas gares para NAVIOS DE CRUZEIROS.

    Adicionalmente as gares que referiu estão inseridas no projecto Nova-Alcântara no âmbito de modernização do Porto de Lisboa e do terminal de contentores de Alcântara.

    Esta notícia devia deixar orgulhoso qualquer alfacinha que se preze pois o Porto de Lisboa constitui uma parte fundamental da Cidade que este blog apregoa defender!

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  6. "Se é para verem uma Lisboa suja e a cair aos bocados ... logo ali em Alfama, então, força!"

    Se assim é deviam era protestar contra o facto de Lisboa se encontrar nesse estado e não vir para aqui desdizer de um projecto que visa a modernização do Porto de LISBOA!

    Mas claro que os meninos e as meninas do gang anti-contentores não vê mais nada à frente! (frase com duplo sentido - para os mais lentos...)

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  7. "estão obsoletas não são remodeláveis havendo necessidade de construir novas gares para NAVIOS DE CRUZEIROS..."

    Não estou muito dentro do assunto mas diga lá caro anónimo porque não são "remodeláveis" e propícias a ampliação? É que quando as vejo de cima da Ponte, existe de facto uns espaços à volta delas!?

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  8. Se a posição maioritária no Fórum é contra a localização da nova Gare em Alfama (dita de Sta Apolónia) e contra as decisões lesa-cultura da APL, venho sugerir que em nome de milhares de lisboetas que amam a sua cidade requeiram à Nova Assembleia da República ou a desafectação desses terrenos para a cidade ou a afectação desse local para um Cais/Doca destinado a embarcações históricas (fragatas do Tejo, caravelas, etc) e a local de partida para passeios turísticos no Tejo em navios tradicionais-
    O CAIS DE ALFAMA, um novo pólo (com um investimento reduzido) para a valorização patrimonial e turística da cidade, a capital dos descobrimentos marítimos.
    Posso colaborar na redacção desse requerimento, podendo ainda obter-se o apoio de associações ligadas à náutica.

    É Urgente Agir

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  9. E baseia os seus conhecimentos com o que "vejo de cima da Ponte"?

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  10. Sim...o espaço está lá!

    Mas parece que comecei por escrever: "Não estou muito dentro do assunto..."

    Mas aguardo a resposta porque não são remodeláveis...

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  11. Ai - a - Tola11:09 da manhã

    Ao anónimo das 6:33,

    um pedido de esclarecimento: porque razão é que as gares de passageiros marítimos de Alcântara não são remodeláveis.
    O que faz de um edifício não remodelável? Lisboa está pejada de edifícios que ninguém sonharia mexer mas ei-los, "remodelados" ao ponto de só ter sobrado a casca exterior.
    No tempo da outra senhora Portugal tinha uma marinha mercante de relevo, o que hoje não acontece, e navios de passageiros a atracar em Lisboa não era coisa rara.

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  12. Eu já expliquei, mas fui censurado!

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