Comissão Nacional de Protecção de Dados deu parecer negativo à instalação do sistema de videovigilância na Baixa Pombalina lisboeta.
A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) autorizou a utilização do sistema de videovigilância na zona do Bairro Alto, em Lisboa, apenas por seis meses, impondo várias restrições à proposta apresentada, segundo parecer de Outubro a que a Agência Lusa teve acesso.
Já em relação à instalação deste tipo de sistema na Baixa Pombalina lisboeta, o parecer da CNPD, de Setembro, é negativo tendo em conta a "pouca esclarecedora demonstração da sua adequação à lei" da proposta apresentada.
No parecer relativo ao Bairro Alto, a CNPD restringe o funcionamento do sistema de videovigilância ao período entre as 22:00h e as 07:00h, recusa a recolha e gravação de som e permite apenas a utilização de câmaras fixas.
A CNPD alerta ainda que o sistema deve prever o "barramento de locais privados", de forma a não focar portas, varandas ou janelas e recusa a instalação de câmaras ocultas e de "capacidade técnica de busca inteligente para identificação de pessoas".
O funcionamento de 27 câmaras no Bairro Alto é autorizado apenas por seis meses, findos os quais "deve ser feita uma nova reavaliação dos pressupostos que determinaram a concessão deste parecer" e a CNPD deve ser notificada do início do funcionamento deste sistema.
Para o parecer "parcialmente positivo" contribuiu a fundamentação da proposta apresentada, que levou a CNPD a concluir que a "criminalidade vem registando aumentos progressivos" naquela zona da cidade, caracterizada por inúmeros estabelecimentos de restauração e bebida.
A CNPD considerou também, no parecer emitido a 26 de Outubro, que as câmaras podem "auxiliar" as forças de segurança, "constituindo um meio complementar à sua acção de prevenção da criminalidade".
Quanto ao parecer negativo sobre a instalação de 32 câmaras de videovigilância na Baixa Pombalina, a CNPD justifica-o com o facto de "os dados justificativos" apresentados" não se apresentarem "idóneos para concluir pela necessidade de sacrificar direitos" dos cidadãos "para se combater uma indemonstrada situação de criminalidade anómala".
A CNPD salienta, no parecer emitido a 21 de Setembro, que a videovigilância "põe em crise direitos dos cidadãos", nomeadamente de imagem, livre circulação e reserva da vida privada, pelo que "é vital verificar se será lícito sacrificar um ou mais para garantir outros".
In JN
Finalmente!
ResponderEliminarSe as camaras de vigilancia servirem tanto como estas: http://www.youtube.com/watch?v=qQc0oybAU3A
ResponderEliminarFica tudo na mesma.