02/11/2009

EM SETÚBAL E PORQUE NÃO EM LISBOA?


Em Setúbal: Grafiters já têm espaços legalizados

00h30m
in "JN"
foto Miguel A. Lopes/Lusa

"Incentivo à arte". É assim que os jovens que participaram no sábado passado no primeiro concurso de grafiti de Almada qualificam a decisão do município de legalizar espaços para que possam trabalhar.
Para Ricardo Pereira, "Skran", 27 anos, a pintar há seis, "ao legalizar espaços para a prática de grafiti, a Câmara incentiva os jovens a fazerem boa arte. A trabalharem sobre um projecto bem definido, bem pensado".
"Também este concurso", considerou, "faz parte do tipo de eventos que obrigam os jovens a fazer melhores desenhos", afirmou à Lusa, frente ao muro da Escola Secundária Francisco Simões, no Laranjeiro, onde os artistas desenharam os grafiti a concurso na prova final. "Ao estares a pintar, estás a partilhar esse teu mundo interior e a pô-lo cá para fora", considerou. "É uma arma contra a automatização crescente do dia-a-dia".
Diogo Talaia, 19 anos, "Cria", pinta desde os 12. A concurso, trouxe "um mural alusivo à limpeza das ruas e à recolha do lixo": "O grafiti é uma forma de me expressar e melhorar a estética da cidade", defende. Para ele, "quanto mais sítios forem legalizados para a prática de grafiti, melhor".
O vereador da Cultura da Câmara, António Matos, explicou que o concurso foi concebido a partir de alguns pressupostos. "Pensámos em realizar uma acção criativa que pudesse disponibilizar à cidade, em local de grande visibilidade, a expressão do grafiti. Queremos projectar esta arte". Para o vereador, é importante que "nesta relação com os grafiters se faça alguma coisa para que este fenómeno criativo enriqueça a cidade e não a empobreça, centrando-se nos espaços onde pode ser feito (cerca de 20 locais no concelho) e nunca danificando património público e privado". O concurso tem assim, de acordo com o autarca, "uma preocupação cultural, educativa e de cidadania".
O júri atribuiu o primeiro prémio, no valor de 600 euros, a Davi Campos. "O grafiti faz parte da cidade, nasceu com ela. Quanto mais grafiti, mais cidade ela parece", disse o jovem, à agência Lusa.

9 comentários:

  1. yeah right. grafitti legal não é grafitti. os jovens podem fazer boa arte sem usar as paredes alheias.

    NY já foi a capital do grafitti. mas o Giuliani limpou a cidade e o Bloomberg mantem-na limpa. precisamos do mesmo aqui.

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  2. Entre Setúbal e Almada distam 30km...podem corrigir o título? Parece que para além de Lisboa é só Paisagem, é tudo a mesma coisa...

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  3. SR. ANÓNIMO DAS 17:02 NÃO GENERALIZE,a maior parte dos lisboetas sabe QUE ALMADA É MUITO DISTANTE DE SETÚBAL E NÃO TÊM NADA A VER.


    Quanto ao tema, estou farto de ver RISCOS, porque é o que aquilo é, em jardins, em bancos, em paredes de edificios históricos, etc. UMA DAS SITUAÇÕES MAIS DEGRADANTES DO NOSSO PATRIMÓNIO.
    Pois, que haja zonas para que realmente se façam graffitis e que se combatam os riscos e mesmo alguns graffitis em património protegido.
    Pois pareçe-me um acto egoísta fazer graffitis em todo o lado, só para se divertirem um bocado e estragar as zonas de todos nós que são públicas e que por isso mesmo não são territorio de ninguem mas de todos

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  4. Em Lisboa, antigamente era legal pintar o muro do Regimento de Artilharia 1 em Campolide. Não sei se ainda é mas penso que sim. Não vejo mal nenhum grafitar paredes de cimento de viadutos e vias rapidas. Na Av. Lusiada ora grafitam, ora vai lá a camara pôr remendos que ficam piores, nos tuneis junto ao Colombo idem, nos muros da CRIL idem, eixo Norte-Sul idem, etc...

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  5. Xico205, propõe então que se rabisque tudo até à inconsciência?

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  6. Não é tudo, é só onde fica bem. O grafitti nasceu com a cidade, logo faz parte do meio urbano.

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  7. Esta atitude da autarquia foi muito semelhante aquela que foi adoptada na cidade de Chicago, com um particular é que são os grafiters a exigirem qualidade, e a impedir que a dita "urban art" tenha e mantenha a sua atitude espontânea, naif e intervenção.
    Vale a pena copiar os bons exemplos!

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  8. o muro do grafitti da sida perto das Amoreiras tambem fica lá bem, apesar de já ser velho.
    Assim como os da Av. Santos Dumont.

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  9. Hoje em dia, os grafitis são vistos por uma minoria de autores dos mesmos como arte, a chamada arte "urbana".
    Muitos delesm,apenas desenham letras num estilo, que significam para eles algo de muita difícil interpretação.São o tipo de grafitis mais comuns em zonas residencias
    Este tipo de grafitis são chamados "Tag's" que muitas vezes são as iniciais do nome do autor...
    Sendo eu amigo de alguns destes autores, este dizem que o fazem porque "gostam de deixar uma marca", um legado e também por causa da adrenalina de fugir às autoridades.
    Um melhor patrulhamento das autoridades e a ajuda de denúncias de civis poderiam ser uma solução.
    Devem ser feitas campanhas em escolas e colégios pois é já de tenra idade que se devem preparar o futuro da sociedade.

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