In Diário de Notícias (26/11/2009)
por ISALTINA PADRÃO
«Vai para duas semanas que os moradores da zona do Príncipe Real, em Lisboa, vêem com preocupação o desaparecimento diário de árvores do Jardim França Borges, normalmente chamado de Jardim do Príncipe Real. Aquilo que para uns é uma requalificação deste espaço, para outros é "um atentado ao património da cidade".
"O que se está a fazer é um projecto de reabilitação e restauro que preservará o traço histórico e toda a identidade romântica do jardim", garantiu ao DN fonte oficial do Pelouro de Espaços Verdes da Câmara Municipal de Lisboa (CML), adiantando que a intervenção, que rondará 380 mil euros, deverá ficar concluída dentro de quatro meses.
De acordo com a mesma fonte, está prevista a substituição (não o abate, frisa) de meia centena de árvores em todo o jardim (já foram a baixo cerca de 30), mas nenhuma delas é histórica ou classificada como já alertou a CDU. Numa nota à comunicação social, a coligação chamou a atenção para o facto de a "CML se preparar para abater árvores históricas no Príncipe Real", sendo, diz o documento, alguns dos exemplares classificados.
A CML assegura que as árvores que estão a ser cortadas, "estão doentes e era inevitável a sua substituição". A fonte da autarquia diz que o arvoredo é constituído, essencialmente, por choupos com 20/30 anos que se fazem parte do alinhamento do jardim e seis robínias que se encontram junto ao lago e que serão substituídas por outras árvores da mesma espécie. A CML garantiu ainda que, após a intervenção, o Jardim do Príncipe Real "ficará com tantas ou mais árvores do que as que já tem".
Mas para Paulo Ferrero, do Fórum Cidadania Lx, o que se está a passar é "inqualificável" e um "atentado ao património da cidade". Este cidadão não acredita que haja tantas árvores doentes e gostaria que essa análise fosse feita por pessoal "qualificado para tal e não pelos técnicos da câmara". "A câmara tem um protocolo com o Laboratório de Patologia Vegetal Veríssimo de Almeida, porquê que não faz uso dele para analisar o estado das árvores?", sugere.
Também o presidente da Junta de Freguesia das Mercês, Alberto Bento, diz não ser especialista na avaliação de árvores, mas garante: "Não vamos aceitar que abatam árvores e não plantem outras no seu lugar, como nos foi prometido." »
se a CML diz que as árvores estão doentes e que as vai substituir por um número equivalente não sei porque tanto alarido... nas fotos publicadas aqui ontem dava para ver que muitos dos cortes mostravam zonas escuras no centro dos troncos, sinal de que a seiva não estava a fluir normalmente e de a árvore estava doente.
ResponderEliminarPorque caro anónimo já se viu que há mais quem odeie árvores do que quem as realmente queira proteger.
ResponderEliminarPorque cada vez mais reabilitar significa destruir.
Todo o "alarido" é excelente quando se trata de contribuir para melhorar a nossa qualidade de vida.
Que se faça então uma explicação clara, pública, de qual é a doença que as afecta.
Porque a indigência mental é o que afecta muita gente que cospe nas árvores, as enche de beatas, as corta para mais uma garagem, etc, etc,
Andam a brincar com a gente. Dizem que não vão fazer abate e sim substituição quando já fizeram o ABATE de árvores sãs.
ResponderEliminarSe foassem brincar com as mãezinhas deles?
Bom Dia,
ResponderEliminarA CML também, em notícia publicada há dias atrás no "Público" informava que seriam abatidos 20 choupos e 6 árvores à volta do lago, quando na realidade tinha no contrato previsto o abate de 50 árvores.
Quem assim manipula a opinião pública não merece crédito. Quem me garante que as árvores vão ser substituídas? E mesmo que o sejam: quantos anos vão demorar até atingir o porte das que agora foram mortas?
Admito que algumas, poucas, dessas árvores não estivessem em condições de serem recuperadas, mas a grande maioria estava em perfeita saúde, como qualquer perito independente pode atestar.
Jorge Pinto
1º assinante da petição "online"
http://www.petitiononline.com/prpreal/petition.html
que em menos de 48h já recolheu mais de 500 assinaturas.
Continuo a manter que no centro de qualquer acção, agora que as árvores estão cortadas, é a apreciação da legalidade do abate e a queixa crime, personalizada - sabe-se quem assinou o abate.
ResponderEliminarEu quero ir com calma neste assunto. No passado recente já embarquei entusiasticamente em movimentos de opinião contra vários projectos e acções, por acaso (ou não) do Pelouro de Sá Fernandes, e depois percebi que boa parte das críticas e dos alarmes não se concretizava e que talvez muita da motivação fosse o próprio Sá Fernandes. Para isso já chega. Vou esperar.
ResponderEliminarDe qualquer forma, se as árvores não estavam doentes e foram abatidas indevidamente terá que haver culpados. E de uma coisa não nos safamos: Plantem todas as árvores uma por uma e ponham árvores de grande porte, que já vêm grandes de viveiro, não são uns tronquinhos que demorem 30 anos a serem árvores!
O problema é que JSF, que dantes era contra quase tudo e quase tudo criticava, muitas vezes com razão, sem dúvida, hoje está transformado num "politico" de circunstancia e conivência sendo muitas vezes o defensor e promotor de grandes asneiras com as quais no passado nunca estaria de acordo.
ResponderEliminarAMGL