Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
11/12/2009
Era uma vez uma árvore...
Era uma vez uma árvore, ou o que dela resta, cujo coto ainda está no Parque de estacionamento do Penedo em Monsanto, que estava bem sã apesar dos seus cerca de 30 anos, que não incomodava ninguém,que não nasceu nem cresceu mal ,que não apresentava problemas fitossanitários, que não tapava outras que cresciam a seu lado, que não pertencia a nenhuma espécie infestante, esta árvore, como tantas outras ultimamente, afinal não foi cortada."Foi mondada". Fico mais descansado!
Ah, mas assim fica muito mais bonito, dois automóveis sem uma árvore entre eles.
ResponderEliminarSó não percebo o que estamos a fazer na Cimeira de Copenhaga, porque nesta cidade todos os dias, todos os habitantes se preocupam com as suas árvores e jardins, e procuram reduzir as emissões de CO2, indo ao limite de
de querer cremar os mortos em conjunto.
Mas, entre nós, dotados de um clima maravilhoso e uma terra fértil, prefere-se cortar, cortar, todos os dias se cortam árvores nesta cidade, desaparecem quintais para que o Deus Menino Automóvel possa ter uma garagem=berço.
As árvores preocupam-nos e constituem um problema - sujam os automóveis, potenciam a morte dos automobilistas na auto-estrada, crescem como não deve ser, adoecem, ocupam espaço, exigem medidas severas e definitivas.
E depois vem o calor e a cidade é um espelho insuportável de reflexos, e depois vem a chuva e as águas criam poças, e quando se pretende dar um passeio por Monsanto só se encontra lixo.
Já agora onde estão as buganvíleas de Lisboa?
Em breve, será preciso alterar as rimas das canções do Santo António, porque Lisboa já não cheira bem, porque o que a fazia cheirar bem eram os limoeiros, as laranjeiras, as flores dos quintais.
Isto era uma árvore da borracha! Se plantarem uma árvore decente ficamos a ganhar. Será que este blogue vai identificar cada vez que se planta uma árvore ou a ideia é mesmo mostrar cada vez que se corta uma? E se for bem feito cortá-la? Isto está bonito, está
ResponderEliminarQuem precisava de ser mondado era o Zé.
ResponderEliminaró anónimo das 3.34,que mal têm as árvores da borracha, são infestantes? têm algum problema? transmitem doenças? a gripe A por exemplo?
ResponderEliminarNão, mas se aqui plantarem outra, se possivel da nossa flora, melhor! Para si um Carvalho ou uma árvore da borracha que alguém tinha em casa num vaso e não cabia mais e levou para Monsanto à sucapa é a mesma coisa. Para mim não. Se vierem colocar outra, então ainda bem que cortaram esta. Sempre se poupa um post aqui no Cidadania a mostrar a árvore da borracha e a dizer "Monsanto Abandonado, Zé descuidado".
ResponderEliminarMeu caro , esta árvore foi plantada há trinta anos pelos espaços verdes.Estava legal não era uma emigrante clandestina. Que venham os Carvalhos e gosto bem mais de carvalhos, mas isso não impede que a árvore da borracha possa viver. Repito : não é infestante, não incomodava ninguém.O resto são desculpas da treta!Já agora para onde foram os seus restos???
ResponderEliminarCaro anónimo das 3.34 PM:
ResponderEliminarNão sabia que havia «árvores decentes». Se bem percebi, na sua opinião, uma árvore da borracha é indecente e um carvalho, suponho, que português, é decente.
Isso é uma xenofobia arbórea.
Anónimo das 3:34h. Pode ser um carvalho italiano, espanhol ou Marroquino. A árvore da borracha é decente, por norma, em Portugal no interior de edifícios, em ambientes quentes. Não em parques de estacionamento e em Monsanto. Além de destoar na Paisagem, como sabemos, as raízes destroem os pavimentos em redor porque são raízes fortíssimas, lenhosas e superficiais. Vá visitar esta espécie ao Jardim Botânico na Rua da Escola Politécnica.
ResponderEliminarAnónimo das 2:41. Foram os espaços verdes que a plantaram, os espaços verdes que a tiraram. Ou foram os espaços verdes que a plantaram e o Zé que a tirou? Francamente, não há vergonha?
ResponderEliminarÁrvore da borracha no interior de edifícios? Parece-me que há aqui alguém realmente a precisar de ir ao Jardim Botânico estudar um bocadinho o espécime que lá está, quem sabe vê-lo pela primeira vez.
ResponderEliminarQue destruam os pavimentos é uma benção porque o que destoa da paisagem são os automóveis.
Interior de edifícios = espaços fechados. Em espaços abertos ficam como no Jardim Botânico onde são exemplares magníficos mas desadequados em espaço público pelo tipo de raízes que crescem superficialmente destruindo pavimentos. Se quer aproximar-se à árvore da borracha, por favor proponha Magnólias ou Corynocarpus. Automóveis em Monsanto em parques de estacionamento ordenados não traz problema nenhum. O pior mesmo é uma auto-estrada que a atravessa ao meio...
ResponderEliminarNão concordo nada com o que diz caro anónimo das 8:06. "O Homem não é a medida de todas as coisas" e menos ainda o preconceituoso. As árvores já cá estavam antes de nós e certamente ficarão depois de desaparecermos.
ResponderEliminarFicarão, de resto, mais bonitas, tal como a paisagem.
Não tenho essa necessidade de distribuir a vida por gavetas, umas coisas para ali outras para acolá.
Isso é impedir a espontaneidade da vida.
Não gosto de parques de estacionamento e que se lixem os pavimentos de treta que se fizeram em Monsanto.
A ideia era fazer de Monsanto um pulmão para a cidade e não uma "zona verde", expressão horrível que revela o grau de domesticação mental de quem a concebeu.
Se quer ir a MOnsanto vá de bicicleta ou a pé. Deixe o automóvel longe.
Que mania de se andar sempre com a prótese como se não tivessemos pernas.
Impossível? Impossível seria ver uma pessoa descer uma rua inclinadíssima sem ter pernas e por acaso, já vi, uma senhora só com metade do corpo, bem penteada e arranjada, a descer uma rua que a mim custava a subir, mas que ela descia com as mãos agarrando uma pequena protecção e com um ar de grande calma.
Talvez as pessoas estejam à espera de morrer para se começarem a mexer, a andar, a correr.
cada árvore tem a sua função, umas dão frutos , outras dão flôr, o eucalipto por exemplo ou a árvore da borracha purificam o ar, não são prejudiciais a nada, bem pelo contrário ( no caso do eucalipto o que não deve e ser cultivado com grande intensidade como por vezes se faz em termos industriais). Tudo isto é itriste e muito grave.
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