In Diário de Notícias (21/12/2009)
«O Largo do Intendente tem de ser recuperado, reabilitado e repovoado, para que o tráfico de droga, os toxicodependentes e os roubos desapareçam dali. O remédio para a doença é receitado pelo presidente da Junta de Freguesia dos Anjos, João Grave, frisando que, "se não houver intervenção, acaba por suceder o mesmo que aconteceu na Baixa. Fica tudo vazio sem moradores e os prédios desabitados degradam-se muito mais depressa". Revelou ao DN que "há uma candidatura para fundos destinados à reabilitação do espaço público do Largo do Intendente, num projecto que ficará concluído até 2012". "Há uma tendência para que se faça a reabilitação e a repovoação do Intendente e que isso afastará a toxicodependência dali. Espero que isso se concretize num prazo de cinco anos", admitiu o autarca. "A médio prazo, esta zona será de grande desenvolvimento imobiliário, pois até tem uma rede de transportes muito boa, tem comércio, serviços, restauração e tem muito boa localização. É muito central", salienta João Grave. Recorda que "em 2003 e 2004 fez-se uma intervenção no Largo do Intendente e foram retiradas camionetas que serviam para ocultar tráfico e consumo de droga.»
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Não é só a chaga do Intendente que tem de ser tratada, é todo o eixo da Almirante Reis e respectivas transversais, a começar pela zona do Conde de Pombeiro, de um lado, e do Bairro das Colónias, do outro, esse bairro que já devia ser classificado como de interesse municipal/público.
Perguntinha da praxe: que é feito da "mega-empreitada" anunciada aos quatro ventos por PSL, supostamente concebida por eminentes professores da Independente? Eis um processo que passou despercebido à sindicância.
O que é que a reabilitação tem a ver com os roubos e toxicodependentes?
ResponderEliminarA Rua do Benformoso está toda recuperada assim como o Bairro da Mouraria e continuam a ser sitios de exclusão.
O Presidente da Junta dos Anjos quer que os toxicodependentes, o trafico de droga e os roubos desapareçam dali, mas não demonstra estar intressado em acabar com esses problemas.
Em Lisboa a solução à decadas é empurrar duns sitios para os outros!
Acaba-se com as prostitutas em Monsanto para elas irem para o Restelo para a porta das embaixadas.
Acaba-se com o consumo de droga e reduz-se o trafico no Casal Ventoso e na Curraleira para essa gente se mudar toda para o Intendente! Pelos vistos o objectivo agora é mandá-los de novo para outro sitio.
Gostava de saber se esta gente que tanto gosta do jogo do empurra, em casa tambem varre o lixo para debaixo do tapete.
Como moro na zona do Intendente, facilmente gostaria de ver aquela zona reabilitada a qualquer custo (i.e. os problemas varridos para debaixo do tapete dos outros).
ResponderEliminarNo entanto, o problema é mais complexo e numa lógica de cidade, a deslocação da degradação humana de um sitio para o outro não é solução.
Concordo com o João Grave quando diz que a zona tem imenso potencial. É das zonas de Lisboa onde mais se reabilitam edifícios, onde ainda existe um comércio activo e é muito bem servida de transportes públicos.
O grande problema é a insegurança, que poderia ser combatida com um policiamento efectivo e de proximidade.
É preciso canalizar para aquela zona mais hoteis, chamar novos habitantes e disciplinar o estacionamento e a utilização do espaço público.
A transformação em área de reabilitação urbana poderia desbloquear algumas situações pendentes, pelo que seria sempre uma boa medida.
Luís Alexandre