In Jornal de Notícias (30/12/2009)
CRISTIANO PEREIRA
«No dia em que se comemoraram 50 anos do Metro de Lisboa, o secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia Fonseca, defendeu o alargamento da rede dentro da cidade em detrimento da expansão para a periferia.
Num discurso integrado na sessão comemorativa do 50.º aniversário da exploração do Metro de Lisboa, o Secretário de Estado dos Transportes alertou que "que o futuro do Metro tem de ser repensado". Carlos Correia da Fonseca considerou ainda que "a situação financeira do Metro é preocupante".
Na sua intervenção no auditório da estação de Alto dos Moinhos, em Lisboa, o governante começou por referir que perante os diagramas de carga da rede "compreende-se que enquanto o nó central da cidade tem um forte volume de procura, à medida que caminhamos para a periferia cada estação vai registando um volume decrescente de passageiros".
Como tal, disse que se afigura importante "rever o plano de investimentos da empresa, privilegiando a densificação da rede no centro da cidade e as soluções de articulação entre modos de transporte, sem esquecer, é claro, a coroa suburbana, para a qual os autocarros ou os metros de superfície deverão constituir resposta adequada".
O secretário de Estado dos Transportes frisou também que deve ser encontrada "uma boa articulação do sistema de transportes com a política de criação e gestão de parques de estacionamento periféricos", citando esta medida como apenas um exemplo que "deverá traduzir-se num passo importante para diminuir o flagelo da entrada diária de mais de 400 mil carros em Lisboa".
"Será importante oferecer um sistema de transporte público que seja dissuasor da utilização do automóvel", prosseguiu, referindo que tal "só será possível se o cidadão tiver uma oferta de estacionamento e de transporte público que ele sinta como sendo competitivo em relação ao uso exclusivo do automóvel".
Carlos Correia da Fonseca lembrou que o metropolitano "assegura um transporte rápido, seguro, cómodo e inclusivo, já que os seus preços não são tão altos que excluam a população de menores recursos" e que "o Metro tem uma vocação própria". Neste sentido, "ele deverá ser, cada vez mais, a espinha dorsal do sistema de mobilidade urbana em especial para os maiores percursos" e, como tal, "a articulação com os modos de superfície é fundamental, devendo estes, antes de tudo, garantir a alimentação do primeiro". Elogiou, todavia, o Metro de Lisboa porque "ajudou a estruturar a cidade" e deu "um contributo determinante para uma mobilidade mais sustentável do ponto de vista energético e ambiental".»
Ou seja, os planos de expansão anunciados com toda a pompa nunca são para concretizar, são sempre para repensar.
ResponderEliminarPo isso é que, ao fim de 50 anos, o metro está como está.
E eléctricos de superfície, nem vê-los...
ResponderEliminarEu por acaso vejo muitos electricos à superficie. Todos seguidos parados num obstaculo!
ResponderEliminarO TRADICIONAL DISPARATE XICO205: VOCê NÃO PODE VER MUITOS ELECTRICOS, NEM PARADOS NEM A ANDAR PORQUE ELES SÃO POUCOS: 50 AOTODO - 10 "MODERNOS" E 40 "ANTIGOS".
ResponderEliminarQUANTO AO RESTO O SECRETÁRIO DE ESTADO TEM RAZÃO: FALTA DENSIDADE AO METRO DENTRO DA CIDADE, MAS NÃO SERÁ BEM PELO PLANO ANUNCIADO QUE LEA SE CONCRETIZARÁ, DADA A ACUMULAÇÃO DE ERROS E FALHAS.
Fale só mais baixo, que aqui ninguem é surdo!
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