27/02/2010

Fornecedores já podem entrar nos bairros de Lisboa com acesso restrito mesmo sem cartão

In Público (27/2/2010)

«Comerciantes e Empresa Municipal de Estacionamento acordaram solução de compromisso para a entrada de veículos de mercadorias

Os comerciantes estabelecidos nos bairros históricos de Alfama, Castelo, Bairro Alto e Bica e a Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) encontraram uma "solução de compromisso" sobre a circulação de fornecedores que ali pretendem entregar as suas mercadorias. Essa solução dispensa a posse do novo cartão de acesso aos bairros.

Segundo o presidente da Associação de Comerciantes do Bairro Alto, Belino Costa, os fornecedores vão poder circular nos bairros "nos períodos de cargas e descargas mesmo sem ter o cartão" criado recentemente pela empresa, o Viva Viagem Bairros Históricos.

No entanto, a utilização do título vai ser "dinamizada e desenvolvida", sobretudo junto dos fornecedores assíduos.

"A lógica do cartão existirá. Ainda assim, continua sempre a existir a possibilidade de poderem entrar aqueles que não o têm por alguma razão, como serem visitas esporádicas, ao contrário do que inicialmente entendiam, que era o fecho completo a quem não o tivesse", adiantou Belino Costa à agência Lusa.

"No fundo, o que se conseguiu foi continuar a existir esse espaço de abertura, porque na vida de um bairro com milhares de pessoas há sempre essas incidências", acrescentou, sublinhando, contudo, a "funcionalidade" do sistema da EMEL.

Belino Costa referiu ainda que, depois do entendimento alcançado numa reunião realizada na quinta-feira, a EMEL vai ainda redigir um documento com os pormenores da solução agora encontrada.

As associações de comerciantes de Alfama (que representa também o Castelo) e Bairro Alto (que inclui Santa Catarina/Bica) contestavam desde Janeiro a actuação da EMEL, alegando que os fornecedores estavam a ser barrados à entrada dos bairros por não possuírem um cartão pré-pago e um alvará de transportes.

Com os fornecedores a serem barrados, os proprietários das lojas consideravam que o habitual horário de cargas e descargas (um período de manhã e outro à tarde) tinha sido eliminado e contestavam a "nova interpretação dos regulamentos de acesso" aos bairros feita pela EMEL.

A empresa municipal sustentava, contudo, que o horário não fora alterado e que ficara acordado que a falta de alvará seria compensada com a exibição de outros documentos comprovativos da actividade.»

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Tudo bem, mas vamos ver como corre a experiência e, sobretudo, que isto não signifique a regressão de um processo. A ver vamos.

3 comentários:

  1. Finalmente foi reposto o bom senso!!

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  2. bom senso seria também os distribuidores usarem carrinhas apropriadas aos locais de descargas e não virem com camionetas para dentro do BA.

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  3. Levavam carroças puxadas por burros?

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