Tomou o Grupo de Amigos do Príncipe Real conhecimento de um artigo da autoria do responsável pela Direcção Municipal do Ambiente Urbano da CML (edição de hoje do Jornal Público), no qual pretensamente são colocados "os pontos nos ii" no que toca ao processo de reabilitação em curso no Jardim do Príncipe Real, projecto, lembramos, da responsabilidade, ainda que intermédia, do autor do referido artigo.
Face à evidência do que é escrito no mesmo, cumpre-nos, ainda que nos tornemos repetitivos, realçar o seguinte:
1. Finalmente, a CML, pela mão do autor do artigo em apreço, assume que o abate das 49 árvores, 9 das quais no interior do Jardim, não teve por base critérios de índole fitossanitária (relativamente aos quais, aliás, apenas tem de facto análises para 10 das árvores ainda em pé das 62 destinadas ao abate), mas antes critérios, subjectivos, de ordem estética, designadamente ao considerar que os choupos de alinhamento já abatidos foram-no porque "inadequados ao ambiente urbano".
Ou seja, o jardim muda radicalmente de aspecto porque a CML assim o entende.
E muda o jardim propriamente dito e os dois anexos a Poente, que passaram de áreas verdes a empedrados.
E as áreas arrelvadas que dimunem drasticamente para passarem a prados e vegetação rasteira.
2. Não existe nenhum parecer escrito da Autoridade Florestal Nacional autorizando, ou proibindo, o abate de árvores, e, uma vez que o projecto da CML interfere no raio de protecção (leia-se rede radicular) das árvores que se encontram classificadas, tal constitui uma ilegalidade evidente.
3. Também o parecer do IGESPAR, a quem forçosamente compete decidir por se tratar de uma intervenção em espaço, a Praça do Príncipe Real, sobejamente rico em matéria patrimonial e histórica, nos parece estranho, uma vez que começou por ser negativo (com uma determinada presidência) para imediatemente a seguir ser favorável (com outra e nova presidência).
4. Os considerandos do artigo em apreço relativamente ao suposto cumprimento escrupuloso por parte da CML dos critérios subjacentes à temática Jardins Históricos parecem-nos evidentemente despropositados face à posição da respectiva associação, formulada, aliás, em artigo já publicado no mesmo diário.
Qualquer observador mais atento reparará na total falta de protecção das árvores envolventes, na maquinaria pesada que operou e ainda opera no jardim - e o impacto negativo que isso tem em solos saturados de água - no abate de 49 árvores de uma só vez e o forte impacto ambiental que isso tem no espaço circundante...na abertura dos roços junto das raízes, de que temos fotos, tudo isso contraria absoluta e totalmente as recomendações da Carta de Florença, que defende que qualquer intervenção num Jardim Histórico seja feita sempre de forma gradual, a fim de minimizar os impactos!
Finalmente, o Grupo de Amigos do Príncipe Real reitera que continuará a falar verdade, pelo que continuará a divulgar informação factual sobre este assunto a quem de direito e na medida das suas possibilidades, tendo para o efeito já agendadas audiências a várias instâncias.
'Amigos do Príncipe Real'
PS Este grupo nunca levantou a questão do desenho dos caminhos não estar a ser respeitado. A questão que colocamos e continuamos a colocar é a da adequação do pavimento em saibro estabilizado para um Jardim que tem a carga humana deste Jardim, nomeadamente na sua orla Norte.
E ainda continua a saga...
ResponderEliminarMas será que depois das consultas feitas e a fazer, não ficaram já estes meninos com as dúvidas esclarecidas??
Bem, pareçe que não!!!
Ou então já começou a campanha para "outro que faz falta" è que o processo do outro foi o mesmo deste agora.
Deve ser da profissão....
Continuo a dizer que não ajudei este executivo a ascender ao poleiro, mas sou lisboeta e custa ver que quando se faz qualquer coisa existem logo uns quantos, que a reboque de poucos, querem deitar abaixo, só porque sim....
Já chega de novela e esses pretensos sabichões, se querem fazer alguma coisa arregaçem as mangas e vão plantar...batatas!!!
Deixem trabalhar quem sabe...
Vicente LisboA atento
Habituem-se!
ResponderEliminarAo que parece a carta de Florenca foi mesmo violada.Assim sendo houve clara violação da lei.Que se reponha a legalidade.Rapidamente .
ResponderEliminarEstes Srs. preferem uns artigos técnicos a outros artigos técnicos. São gostos e gostos não se discutem. Há uma Professora arquitecta paisagista que diz que a intervenção está muito bem feita. Outra diz que está mal feita, pelo menos no que respeita ao que vê "quando espreita pela vedação" (terá visto os projectos? Estes Srs preferem esta 2ª opinião. Pronto. Deixá-los. Já toda a gente na cidade percebeu quem lançou esta movimentação, para quê, contra quem, com que objectivos.
ResponderEliminarÉ acabar a obra e partir para outra!
Verão que alguns destes senhores estarão numa próxima e qualquer movimentação, alguns já estão, e sobre o futuro que virá até já aqui postaram "avisos" nesse sentido.
CML 1 - APR 0
ResponderEliminare ainda bem! infelizmente os APR, apesar de bem intencionados, pecam pelo dogmatismo, fundamentalismo e histerismo...
já agora, nem todos os "amigos" do Princípe Real (eu vivo perto, frequento o jardim e portanto considero-me um) partilham das opiniões dos APR...
Chiça....Já chega. Parem lá com a treta, o jardim vai ficar fixe, criticam tudo!Qual legalidade? A Cãmara viola a lei não é no departamento de jardins, é nos licenciamentos que faz, na corrupção que tem, nos projectos aos amigos arquitectos, blá blá.
ResponderEliminarMudem de registo, o assunto já cheira mal, deixem em paz.
Que o Projecto é adequado, até admito, que essa Arquitecta Aurora Carapinha é autoridade na matéria, é verdade. Tem uma tese fabulosa sobre quintas e jardins portugueses. Mas temos que admitir que uma coisa é o projecto ser bom, etc, e outra é a forma como a câmara executa a obra, e aí, meus senhores, não há defesa: máquinas à solta, valas a torto e a direito, e nunca me esquecerei do 1º dia de obra, árvores cortadas com serra, ninguém da câmara a orientar, o povo a perguntar e ninguém sabia responder.
ResponderEliminarA câmara não sabe que não basta um bom projecto? É necessário um bom trabalho de obra, e para isso tem que haver controlo da empresa e fiscalização. Não ataco o projecto, pelo que vi vou esperar pelo resultado, até gosto do saibro, fica como em Versalhes, mas a obra é uma vergonha!!!E a responsável é a câmara.
"O projecto e a obra seguem todos os tramites que uma intervencao em jardins históricos deve ter.."
ResponderEliminarSem proteger as árvores durante os trabalhos ?
De que planeta é que este Sr. acabou de chegar ?
o artigo é violento no tom, o que se aceita - o homem sente-se violado na sua prepotência e ignorÂncia.
ResponderEliminarmas é falso nos conteúdos, e isso já não se aceita por parte de um dirigente público.
muito ibnfelizmente, os amigos do PR têm toda a razão.
oh Vicente
ResponderEliminartenha maneiras e veja lá se lê o que tem sido publicado sobre este assunto para não cair no ridículo.
deitar a baixo só porque sim? Exacto, parece ser essa a atitude dos autores do projecto de "requalificação".
já agora: onde fica o tal campo de batatas? De certeza que não ficarão a saber a alcatrão ou tube de escape, beata ou escarreta?
cump.
meu caro anónimo das 1:21
ResponderEliminarDesculpe mê amigo mas de certeza não serei eu que caio no ridiculo...
No ridiculo cai, quem à viva força quer destruir o trabalho que está a ser feito!!!
Feito por pessoas que dão o litro para que a obra nasça, pessoas que gostam e sabem o que fazem.
A fazer fé nesses detractores que atacam a esmo, só porque fulano ou beltrano não são da cor deles, Lisboa não tinha crescido e hoje ainda se confinava à zona do Castelo e ao "lá vai água"...
Também o Marquês de Pombal inovou após o terramoto, sendo acusado de tudo e mais alguma coisa e hoje vemos que tinha razão naquilo que mandou fazer.
Vive-se nestes ultimos anos um clima de denuncia de tudo e todos, pareçe que voltámos ao antigamente.
Toda a gente fala dos carros a mais, então porque os compram???
Na área dos jardins também agora é moda o bota abaixo.
Essa gente dizia que nada se fazia, agora que se fêz/está a fazer já está tudo mal.
Se calhar também não concordo com essa moda de quiosques em tudo o que é jardim...
Mas como não quero ser mais um "que faz falta" faço a minha critica na altura das urnas.
Por isso mê amigo anónimo das 1:21, não sou que caio no ridiculo, mas sim quem se pôe em bicos de pés ou para ganhar protagonismo ou quiça para um lugarzinho ao sol na prç do Municipio.
Já estou cansado e voltarei ou não a estas andanças.
cumprimentos
Vicente LisboA atento, mas cansado...
Caro anónimo/a das 10.08: O Director dos espaços verdes é que é ignorante? Porquê? Então e a Arquitecta Castelo Branco é o quê? Ao que parece só escreveu mentiras e até inventou que os caminhos são alterados. Vê-se que não são, até no cartaz que lá está na obra, já desbotado se vê que se mantêm no sítio. Ela não é Arquitecta? Então devia perceber destas coisas. Cuidado amigos, que me parece que começam a andar em más companhias, e quem te avisa teu amigo é. E e também sou amigo do Príncipe Real.
ResponderEliminarSão todos bons rapazes, só é pena o Jardim ter menos árvores, e enfim, para gente que sabe o que faz também é bizarro meterem cabos no meio das raízes das árvores classificadas ou usarem máquinas pesadas pisando o chão em demasia e não terem protegido as árvores de encontrões e feridas provocadas pela deslocação de equipamentos.
ResponderEliminarDizer que quem reclama é mentiroso não chega é preciso mostrar que se têm ideias e fundamentar mais alargadamente o que se fez.
Vamos a isso. Mostrem o vasto conhecimento que vos orientou, as investigações aprofundadas que fizeram, revelem o vosso melhor, mas sobretudo tornem o Jardim mais bonito que no fundo é o que a cidade precisa. E o que toda a gente esperava que se fizesse.
Maria F.