In Público (24/3/2010)
«A Câmara de Lisboa discute hoje uma proposta de protocolo com a Ordem dos Arquitectos com vista à elaboração de concursos para intervenções em diversas zonas da cidade, entre as quais a doca de Pedrouços.
A requalificação de Pedrouços é essencial para a passagem da Volvo Ocean Race 2011-2012 em Lisboa, que acolherá a primeira escala da 11.ª edição da regata de circum-navegação. Para a doca está prevista a requalificação do espaço público, a criação de uma área de actividades económicas e outra ligada às ciências médicas, por reconversão da antiga Docapesca, bem como a criação de novas ligações directas (viárias e pedonais) entre a cidade e o rio e o concelho de Oeiras.
O plano abrange igualmente a criação de um percurso pedonal de atravessamento de toda esta zona, desembocando no rio, em frente do Forte do Bom Sucesso. Para um terreno da zona de Pedrouços pertencente à autarquia lisboeta estão previstos um edifício misto de habitação e serviços, uma biblioteca pública, estacionamento público em cave e uma praça pública com actividades comerciais e culturais. Esta zona terá igualmente uma ligação pedonal à frente ribeirinha. Segundo anunciou no ano passado o vereador do Urbanismo de Lisboa, Manuel Salgado, o projecto irá ser entregue a novos arquitectos.
Além de um centro náutico para vela e motonáutica, que servirá também para acolher a Volvo Ocean Race, a frente de rio que liga Lisboa a Oeiras contará com a reabilitação da praia de Algés, local onde será criado um espaço lúdico-recreativo com zona de praia e uma piscina flutuante. Dos planos da Câmara de Lisboa para a beira-Tejo faz ainda parte o prolongamento da Avenida de D. Carlos I por túnel até à zona ribeirinha e duas passagens pedonais até ao Tejo na zona do aterro da Boavista e na Calçada Ribeiro dos Santos. Lusa»
"A requalificação de Pedrouços é essencial para a passagem da Volvo Ocean Race 2011-2012 em Lisboa"
ResponderEliminarEle é só corridas e eventos...
Nada se faz em nome do Lisboeta e unicamente destinado ao Lisboeta.
Isto é que é uma cidade dinâmica:
ResponderEliminarEstamos pois, perante uma bolsa de empregos/trabalhos para os amigos arquitectos?
O "prolongamento" da Av. D. Carlos I?
ResponderEliminarMas como, e para quê levar os carros até ao outro lado da linha do comboio (onde já há carros que cheguem) e qual "prolongamento", se a distância até ao rio é quase nenhuma?
A palavra "cave" e "túnel" é incompatível com zonas ribeirinhas. Deve ser um lapso jornalistico concerteza...
ResponderEliminarProlongar a D.Carlos 1º? mas cais sodré é ali ao lado! A preguiça chegou ao próprio automóvel?
ResponderEliminar"estão previstos um edifício misto de habitação e serviços" -habitação...eu também quero uma casa em cima do rio Tejo!!!!!...o objectivo final apareçe 1 pouco timido!!!!
ResponderEliminarO prolongamento do eixo rodoviário da Av. D. Carlos sob a linha do comboio seria a mais rematada estupidez, e por várias razões. Não pode ser verdade, de certeza.
ResponderEliminarQuanto ao concurso, e como arquitecto, lamento só que se conbtinue a cair no erro crasso de confiar às capacidades de adivinhação dos arquitectos, ou de uns quantos iluminados, a definição do programa.
E de facto, sendo verdade que os grandes eventos têm o seu lugar como catalizadores de mudanças urbanas, é redutor e perverso deixá-los guiar essas mudanças.