Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
11/03/2010
Esta gente cortava a Torre de Pisa.
Este aprés midi ao passar no terreiro de S. Pedro de Alcântara deparei com este espectáculo:
Explicação de um funcionário: estava muito inclinada. Esta gente se vivesse em Pisa mandava cortar a Torre que até nem tem raízes!
ou está inclinada , ou torta, ou retorcida,ou um qualquer funcinario não gosta, todos bons motivos para deitar abaixo, em Lisboa só árvores direitinhas e perfeitinhas. Se por acaso estava em risco de cair não se podia ampara-la, claro que não, ficava tão feio nos jardins que se querem perfeitos.talvez á semelhança do Sr. que manda nos espaços verdes também ele perfeito.
se a árvore caisse amanhã em cima de alguém, imagino quantos posts faziam os senhores aqui no blog acusando a CML de desleixo, irresponsabilidade e tudo isso...
As perturbadoras árvores da Lisboa de Botelho, são enfezadas, deformadas, intrometidas e escuras. Estas árvores franzinas, tristes e mal cuidadas não foram criadas pelo imaginário do pintor, são um tipo de árvores bastante comum ainda hoje por toda a cidade, procuro muitas vezes entender por que desígnio misterioso é que em Lisboa existem tantas árvores assim. Da mesma forma que Botelho escolheu pintar o casario em vez dos monumentos; os chafarizes em vez das estátuas; os vultos curvados em vez das vidas; o silêncio em vez do barulho... Escolheu estas árvores para a sua Lisboa. Representou-as com particular cuidado e precisão, nas suas telas elas assumem sempre muito mais protagonismo do que as figuras (vultos) humanas. Na Lisboa de Botelho, estas que são as árvores do meu descontentamento, ganham contornos quase humanos que comtemplam silenciosas a cidade atentas às mudanças que estão para acontecer e a complexidade das suas ramificações, que o pintor representa minuciosamente, surgem como elementos de esperança, unificadores de um espaço (a cidade) que se pretenderá dinâmico, vivo e moderno, estas árvores entretanto deviam ter crescido, pelo menos gosto de imaginar que era isso que o Carlos Botelho esperava delas, mas continuam pequeninas e contorcidas.
Esse miradouro, outrora jardim, virou terreiro. É pena. Tal como a buganvília que se foi, por que o Ippar da altura disse que com ela não se podia recuperar nem o muro nem o corrimão. Mas mais pena tenho por o(s) escultor(es) contactado(s) pela CML há mais de 2 anos (disse-o o vereador do pelouro) ainda não tivesse tido engenho nem arte para esculpir as cabeças em falta de metade dos bustos do patamar inferior do miradouro.
É uma estupidez cortar a árvore! A beleza deste jardim vem precisamente da inclinação regular e paralela das suas árvores, batidas pela nortada forte...
ou está inclinada , ou torta, ou retorcida,ou um qualquer funcinario não gosta, todos bons motivos para deitar abaixo, em Lisboa só árvores direitinhas e perfeitinhas.
ResponderEliminarSe por acaso estava em risco de cair não se podia ampara-la, claro que não, ficava tão feio nos jardins que se querem perfeitos.talvez á semelhança do Sr. que manda nos espaços verdes também ele perfeito.
se a árvore caisse amanhã em cima de alguém, imagino quantos posts faziam os senhores aqui no blog acusando a CML de desleixo, irresponsabilidade e tudo isso...
ResponderEliminarAs perturbadoras árvores da Lisboa de Botelho, são enfezadas, deformadas, intrometidas e escuras. Estas árvores franzinas, tristes e mal cuidadas não foram criadas pelo imaginário do pintor, são um tipo de árvores bastante comum ainda hoje por toda a cidade, procuro muitas vezes entender por que desígnio misterioso é que em Lisboa existem tantas árvores assim.
ResponderEliminarDa mesma forma que Botelho escolheu pintar o casario em vez dos monumentos; os chafarizes em vez das estátuas; os vultos curvados em vez das vidas; o silêncio em vez do barulho... Escolheu estas árvores para a sua Lisboa. Representou-as com particular cuidado e precisão, nas suas telas elas assumem sempre muito mais protagonismo do que as figuras (vultos) humanas. Na Lisboa de Botelho, estas que são as árvores do meu descontentamento, ganham contornos quase humanos que comtemplam silenciosas a cidade atentas às mudanças que estão para acontecer e a complexidade das suas ramificações, que o pintor representa minuciosamente, surgem como elementos de esperança, unificadores de um espaço (a cidade) que se pretenderá dinâmico, vivo e moderno, estas árvores entretanto deviam ter crescido, pelo menos gosto de imaginar que era isso que o Carlos Botelho esperava delas, mas continuam pequeninas e contorcidas.
aqui: http://cheirar.blogspot.com/2007/12/as-rvores-de-botelho.html
Esta foi uma das árvores de Botelho, era inclinada, sim, Botelho pintou-a assim como se lhe adivinhasse o destino.
Esse miradouro, outrora jardim, virou terreiro. É pena. Tal como a buganvília que se foi, por que o Ippar da altura disse que com ela não se podia recuperar nem o muro nem o corrimão. Mas mais pena tenho por o(s) escultor(es) contactado(s) pela CML há mais de 2 anos (disse-o o vereador do pelouro) ainda não tivesse tido engenho nem arte para esculpir as cabeças em falta de metade dos bustos do patamar inferior do miradouro.
ResponderEliminarÉ uma estupidez cortar a árvore! A beleza deste jardim vem precisamente da inclinação regular e paralela das suas árvores, batidas pela nortada forte...
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