Caros Amigos (as),
Um grupo de quatro jovens estão desde há 6 anos a desenvolver um interessante projecto hoteleiro baseado no conceito "Hostel". Assim, tendo começado por um projecto em 2004 na Rua de S.Paulo, foram adquirindo experiência e iniciaram por fim dois projectos no espaço de dois anos, desde 2006, um na Rua de S. Nicolau e outro na Rua do Crucifixo.
As intervenções ao nível de interiores são exemplares e constituem verdadeiros restauros, com inteligente manutenção de todas as características fundamentais, tais como cantarias, soalhos, portas, tectos, janelas (algumas guilhotinas) etc.
Tudo isto foi possivel porque a filosofia de intervenção foi ao encontro das convicções do proprietário, um alemão, que não só concordou, como apoiou totalmente.
Aqui temos um exemplo inspirador de jovens que souberam tomar a iniciativa e libertar-se da passividade e do sindrome paralisante que parece dominar toda uma geração, que insistem em ficar em casa dos pais, enquanto digerem a cruel realidade de que o emprego deixou de ser uma garantia ... ligada ao "canudo"...
A Baixa agradece ...
Saudações Pombalinas de António Sérgio Rosa de Carvalho.
Eu também tenho umas iniciativas interessantes em mente, gostava era de saber onde arranjaram estes jovens o dinheiro para este projecto. Falar da "inércia" dos outros é fácil, mas quando se ganha pouco mais de 500 euros por mês, a casa dos pais torna-se um mal necessário...
ResponderEliminarBem hajam.
Fico feliz pelo sucesso de um projecto deste tipo. Gostaria que existissem muitos mais. Julgo também que é uma ideia interessante a preservação dos interiores e se isso funciona para o proprietário, excelente.
ResponderEliminarGostaria no entanto de ouvir a opinião dos "experts" (somos todos experts na Internet!) sobre a importância de fazer um restauro em vez de mandar abaixo e fazer de novo. Afinal de contas 99% das pessoas iria viver o novo prédio exactamente da mesma forma que já o faz actualmente.
Agora que se tem falado de tantos prémios recebidos por Lisboa, o único realmente merecido é o dos melhores hostels do mundo. Sendo a maioria deles no centro histórico, e especialmente na Baixa, foi a melhor coisa que aconteceu na zona em muito tempo. Os edifícios a precisarem de uma vida nova podem ser renovados para mais do que habitação ou hotéis de charme.
ResponderEliminarQuanto aos jovens, a não ser uns estrangeiros aventureiros (os muitos que têm aberto cafés nos últimos 2 anos), aos portugueses é um pouco dificil. A ganhar 500 euros na grande maioria dos casos, investir em alguma coisa não é mesmo possivel.
Para além de má gestão, Lisboa também sofre de muita pobreza. Não podemos esquecermo-nos disso.
Se eu tivesse familia a trabalhar em bancos tambem era capaz de conseguir um credito aprovado. Mas como sou uma pessoa normal, o acesso a creditos para investimento é chumbado. Os apoios estatais tambem são para os filhos e sobrinhos de quem os gere. Resta os empregos de 500€ ou vender droga.
ResponderEliminarPara Brunel:
ResponderEliminarConheco de bem perto este projecto e os seus " managers", posso te dizer que todo este investimento é pessoal, começaram do nada... formaram empresa... pediram empreestimos e pagam rendas e prestações bancarias........ as coisas nen sempre caem do ceu.
São proprietários de dois hostels classificados como dois dos melhores do mundo....
Um grande Viva a estes jovens que têm vindo a suprender ......... não podemos ficar nas nossas vidinhas e achar que não se consegue fazer nada....VÃO Á LUTA ...grão a grão enche a galinha o papo.....
Os projectos de investimento desde que devidamente fundamentados num bom "business plan" sao regra geral bem acolhidos pelos bancos. A banca concede emprestimos de acordo com criterios objectivos, os bancos nao sao o quintal dos funcionarios. O Xico 205 nao sabe mesmo o que esta a dizer...A juventude portuguesa eh comodista e mimada...eu mesmo que ganhasse 500 Euros preferia alugar um quarto por 200 e ser independente.
ResponderEliminarDevem ter bons fiadores por tras. Não está ao alcance de todos.
ResponderEliminarPara alugar um quarto, fico no quarto onde estou na casa da minha mãe que não pago. Por acaso já morei num quarto e levava com a senhoria a toda a hora. Não queria que eu levasse lá ninguem. Larguei o quarto. Pagar e ser mal servido não obrigado.
ResponderEliminarCom 300€ deves sobreviver lindamente... a ir comer a casa dos pais!
cada macaco no seu galho.....
ResponderEliminarPois, pelos vistos passas fome e não te importas. São opções.
ResponderEliminarAtenção, a corrupção não existe apenas a nível do estado. Neste país é muito normal ter-se de subornar o pessoal dos bancos para conseguir um financiamento. Se tiverem um plano de negócios bom, o mais certo é o negócio ser roubado por alguém no banco e o financiamento recusado.
ResponderEliminarPrecisamente.
ResponderEliminarE há ainda outra coisa para um banco aprovar um credito: Ir com cabelo curto, sem brincos, sem barba, com gravata e com as tatuagens tapadas.
Pouco importa ao banco se as pessoas pagam ou não o emprestimo, interessa é aquilo que a sociedade dos cagões considera bem vestido. Quem não cumpre estes padrões é considerado pobre, e o banco serve para emprestar a ricos!!!
só uma pergunta, isso tem construção anti-sismica do sec21? pois é, tanto trabalho para ir tudo ao ar em segundos. por isso é que é melhor ir o interior abaixo e fazer algo de jeito
ResponderEliminarA observação do António Rosa relativa aos jovens empreendedores ser parece-me mais no sentido de estimular os nossos jovens a apresentar projectos válidos do que vulgar bota-abaixo.
ResponderEliminarÉ um sinal de esperança que deve ser abraçado, independentemente da capacidade económica ou das dificuldades individuais. Desengane-se quem pense que basta atirar com uma mala de dinheiro para cima da mesa, se não houver capacidade de realizar. Ou se tem, ou não!
Não podemos ser todos empresários, mas empreendedores podemos!
Deixemo-nos de preconceitos ou de pensar na ideia do "negócio para assegurar o futuro".
Não há futuro se não arriscarmos. Não há futuro se não ousarmos!
E se arriscarmos comprometemos o futuro. Corre mal e vem a penhora a levar tudo até ficarmos nus.
ResponderEliminarPor acaso concordo com muito que por aqui se escreveu:
ResponderEliminarA conservação dos interiores é um excelente exemplo a seguir!
Não é facil ser jovem em Portugal (nunca foi). Quanto à minha confiança em Bancos continua ao nivel da de B. Brecht !
E claro...quem não arrisca não petisca ! Mas quem tiver azar...pode cair num poço sem fundo.
Se todos nos acomodarmos e refugiarmos na postura pessimista ou nas possibilidades negativas das situações, sejam elas de que origem forem, aí sim, seremos, efectivamente, cada vez mais POBRES!...Pobres de espiríto e matéria!
ResponderEliminarViveremos vazios de sonhos, projectos e concretizações que, devidamente, alimentadas pelos bons meios de realização, decerto, irão resultar em mais-valias, não só individuais como também colectivas.
Claro que tudo isto implica esforço, dedicação, método e luta para alcançar os objectivos!
Não é fácil, mas valerá a pena, ainda que algum resultado menos positivo possa advir desse desafio e empreendedorismo!
«Não podemos ser todos empresários, mas empreendedores podemos! (...) Não há futuro se não arriscarmos. Não há futuro se não ousarmos!» (abrancoalmeida)
Saudações para todos e Parabéns para aqueles que «souberam tomar a iniciativa e libertar-se da passividade» (António Sérgio Rosa de Carvalho)!!!
Os meus PARABÉNS a estes jovens por tudo: pelos sonhos que tiveram e conseguiram realizar; pela inteligente remodelação dos interiores (estão lindos); pelo risco e dificuldades que certamente passaram e ultrapassaram. Realmente quem não arrisca, não petisca.
ResponderEliminar*P*A*R*A*B*E*N*S !
Vamos todos felicitar estes jovens que todos desconhecemos a sua situação financeira e das suas familias e as facilidades ou não que tiveram na negociação com instituições financeiras. Vamos levar estes ao colo e criticar todos os outros que por não terem cunhas e facilidades não conseguem emprestimos e empregos decentes. Alias lá diz o ditado: "dos fracos não reza a história", o que interesam a maioria dos jovens que vêm vedados os seus sonhos e anseios.
ResponderEliminarJá agora porque não incitar outros a assaltar bancos? Se correr bem ficam ricos! Há que arriscar. Quem não arrisca não petisca.
O que aqui se saúda é o mérito e a realização.
ResponderEliminarPareces adepto do "não me agarrem que é pior", mas se te largarem, aposto que não fazes nada. Não é, Xico?!
Quando já me roubaram tanto na vida é normal. A ocasião faz o ladrão não é?
ResponderEliminarViva o 25 de Abril, fascismo nunca mais, é o que dizem os velhos que viveram à sombra da bananeira não é?
Eu felicito o mérito e a realização do Pinto da Costa, do Valentim Loureiro, da fatima Felgueiras, do Melancia (ainda se lembra dele?) do Zezé Beleza, do Santana Lopes, do Sá Fernandes, do Isaltino, do Pateta Alegre, do Mário Soares, do Macaco dos Super Dragões, do Luís Filipe Vieira, do Manuel Damásio e do Carlos Cruz.
ResponderEliminarÉ assim mesmo, continuem que tudo o que fizeram só vos beneficiou. Portugal valoriza é pessoas como vocês. Continuem a roubar e a mandar espancar e a matar porque o vosso estatuto livra-vos da prisão.
Divirtam-se com o Valentim Loureiro no Prós e contras:
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=h772djl9BDs
Procurem as escutas do Pinto da Costa que o tribunal absolveu e disse que não provam nada. A mim provam muito. O video da chapada que os capangas do LFV deram ao empresario do Moretto tb ainda está online.
mais uma vez repito o comentário do abrancoalmeida, que aplaudo:
ResponderEliminar"O que aqui se saúda é o mérito e a realização."
Como é que a partir de uma história de sucesso de alguém que arriscou e teve sucesso se chega a frases como "Continuem a roubar e a mandar espancar e a matar porque o vosso estatuto livra-vos da prisão."?
Parece algo despropositado, não é?
Também eu não sou filho de boas famílias e, não sendo pobre, não tenho uma conta bancária milionária. Também eu me fartei dos empregos mal pagos e condições precárias e há 4 anos abri uma pequena empresa, apresentei um modelo de negócios, pedi dinheiro emprestado ao banco, recebi-o e as coisas tem corrido bem (com esforço e alguma poupança nos primeiros meses). Gosto do que faço, crio emprego e consigo viver daquilo que faço (sem cunhas, roubos e outros esquemas).
Apenas se pretende mostar aqui que em muitos casos vale a pena arriscar - sempre é melhor do que estar constantemente a acusar aqueles que se esforçam para encontrar um novo modo de vida.
Quando a coisa corre bem a história é bonita, o problema é quando não corre bem. Quando se mostra uma história mostra-se os dois lados para não estar a induzir em erro.
ResponderEliminarAqui dá-se um exemplo de sucesso mas nem todos o são. E quando não são ninguem publica isso. Isto é grave, pode atirar muita gente para o fosso que pensa que é tudo muito simples e facil.
E conforme já foi dito, nem toda a gente consegue que lhe seja atribuido um emprestimo, e sei de vários casos mesmo com um projecto para uma empresa. E por acaso esse projecto foi roubado. Era uma ideia muito boa e está claro foi chumbado e roubado. Era uma empresa que ia guardar em viveiro todas as especies vegetais que há em Portugal para quando houver incêndios replantá-las e evitar o perigo de extinção.
Uma vez, li uma estatística muito interessante. Nos EUA, 9 em cada 10 empresários não tem sucesso, mas todos que tentam acabam por ter sucesso, ou seja, depois de falhar voltam a lutar para ter sucesso. Cá em Portugal é que existe muito a ideia que falhar é inglorioso. Se calhar por isso há pouco sucesso.
ResponderEliminarXico, se calhar o plano de negócios do caso que conheces não era sustentado e que aproveitou a ideia soube dar-lhe a volta. Claro que não quero entrar no aspecto moral da questão.
Era sustentado era. Havia até um acordo com uma câmara municipal que cedia a custo zero um terreno para a instalação da empresa porque necessitava urgentemente que se instalassem empresas no concelho.
ResponderEliminarO projecto foi roubado por gente do IAPMEI. Foi a eles que foi pedido a aprovação dum credito a jovens empresarios. Disseram que o orçamento que havia disponivel para emprestar a fundo perdido já tinha sido todo gasto e sugeriram voltar no ano seguinte. Nesse mesmo ano apareceu uma nova empresa a aproveitar esse projecto. Quando o projecto parece bom há quem o chumbe e avance com ele.
de facto é uma situação grave. pessoas mal formadas há em todo o lado e parece-me um boa ideia
ResponderEliminarAgora dizerem que está ao alcance de todos!! Não está. Quem consegue tem a sorte de dar certo a conjugação de vários factores. É necessária muita burocracia e que tudo se consiga articular.
ResponderEliminarsó falam da treta dos créditos e ter dinheirinho ou não ter, blá blá, então e quem mora na baixa? então e construção para habitação? a baixa já tem demasiado alojamento para turistas, bastantes escritórios e sobretudo demasiados edifícios devolutos, o que a baixa precisa é que se deixem de especulações e mercados e metam mais gente cá a viver.
ResponderEliminarCom a dificuldade de construir novas barracas na periferia é previsivel que a população imigrante se fixe ainda mais na Baixa.
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