Em declarações à agência Lusa, Manuel Salgado afirmou que a via está "cada vez mais transformada numa grande auto-estrada" com três vias em cada sentido, separador central e "poucas entradas e saídas".
"Com a conclusão da CRIL [Circular Regional Interior de Lisboa], é possível transformar a Segunda Circular numa via de carácter mais urbano, mais próximo do conceito de boulevard. Há uma série de oportunidades a estudar", referiu Manuel Salgado. Os troços entre Calvanas e a Encarnação e entre o Colégio Militar e o Fonte Nova foram apontados como algumas das zonas onde se deverá ponderar "novas soluções", inclusivamente para a passagem de peões.
Teoricamente, exemplificou o vereador, seria possível uma ligação com galeria comercial entre o Centro Comercial Colombo e o Estádio da Luz, "ligando ao parque de estacionamento".
Também ontem, e no âmbito de uma conferência da Associação para o Desenvolvimento do Direito do Urbanismo e da Construção, em Lisboa, Salgado lamentou a falta de investimento camarário nos últimos 30 anos, por "todos os executivos", nos equipamentos de proximidade, como escolas e instalações de saúde.
"Qualquer município à volta de Lisboa tem melhores escolas ou centros de saúde", afirmou o autarca, ainda citado pela Lusa, mas preferiu não apontar culpados: "Foram todos os executivos. Foi uma questão de opções, de prioridades, também passámos por crises importantes e ficámos atrasados".
A aposta nas infra-estruturas de proximidade é uma das medidas previstas pelo executivo camarário para "inverter a tendência" de saída de empresas e de moradores do concelho. Segundo Manuel Salgado, o fundo municipal de urbanização, previsto na lei dos solos e que o município já previu no plano de actividades para este ano, será um "instrumento para uma outra racionalidade para estes investimentos". Para este fundo, disse, convergirão diversas receitas oriundas nomeadamente de rendas, alienações, mais-valias e subsIídios.
in Público
Peço desculpa, transformar numa "via de carácter mais urbano, mais próximo do conceito de boulevard" enxotando os peões para o subsolo? Se é para redesenhar com base neste paradigma mais vale estarem quietos!
Não me lembro de, nos projectos do Estado Novo a segunda Circular ser elevada. Lembro-me de ser descripta como sendo uma via para transito a maiores velocidades que não teria construção envolvente. Tambem tinha um separador central ajardinado como a marginal ou a av da republica, ou a fontes pereira de melo, ou as avenidas ao campo pequeno e entre-campos. Estaremos a falar do mesmo eixo viário?
ResponderEliminarEsta parece ser uma oportunidade a não perder para transformar a actual 2ª circular num local minimamente humano.
ResponderEliminarAssim, surge-me a questão: de que forma se poderá tornar este processo o mais participado possível, para além dos instrumentos habituais de (pouca) participação?
Afinal, se a CML tem de facto vontade de que Lisboa seja um território participativo, como demonstra (?) o orçamento participativo, esta será mais uma oportunidade para essa agenda avançar.
E a Avenida Lusíada... também é um belo monstro, já alguem tentou percorrer os passeios a pé?
ResponderEliminarf.
Eu já muitas vezes. E?
ResponderEliminarPois então é com certeza jovem e com grande agilidade. Pois se tiver alguma redução de mobilidade, como consegue fazer o percurso do Hospital ao Alto dos Moinhos e daí ao Colombo? Tem de saltar os rails duplos e atravessar saídas de carros a alta velocidade, mais parece um IC do que uma pretensa "Avenida".
ResponderEliminarcumps.
f.
No Alto dos Moínhos tem passagem desnivelada. No Colegio Militar idem.
ResponderEliminarNão estou a ver é onde querem meter as dezenas de milhares de carros que passam todos os dias em direcção aos seus trabalhos e que passam na 2ª Circular.
ResponderEliminarSe estão a pensar que a CRIl é a solução é porque ainda não andaram nela. Que mesmo não estando os carros do IC19 a passar nela já estão entupida.
E se estrangularem ainda mais a 2ª circular então é que para completamente.