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28/04/2010
Pretensa qualidade de vida no Parque das Nações
Chegado por e-mail:
Ex.mo Srs:
Li com o maior interesse um artigo, publicado há algum tempo no semanário 'Sol', sobre a v/ organização, a quem teço desde já os maiores elogios pela luta que travam contra os "monstros" que enxameiam a nossa capital.
E é exactamente a propósito de um deles, do qual ninguém fala (apesar de estar bem à vista de milhares de pessoas diariamente), que vos quero falar. Claro que sou parte interessada, mas não é isso que tira dimensão ao problema, que considero um verdadeiro atentado à tão apregoada qualidade de vida dos moradores do Parque das Nações.
Trata-se da, mais ou menos recente, criação de um parque de estacionamento, junto ao Teatro Camões, para autocarros de passageiros destinados ao Oceanário. Uma zona, como se sabe, simultaneamente pedonal, de lazer e habitacional (e talvez a zona mais nobre do PN), foi convertida num local de de poluição e barafunda (v. fotos 1 a 5, em anexo), após 5 anos sucessivos de estaleiros (de demolição e de construção) que os moradores têm vindo a suportar estoicamente. A recompensa foi um novo 'Arco do Cego', mesmo à frente das nossas casas, apesar da brochura que a Parque Expo enviou aos moradores, a prometer apenas um parque para viaturas ligeiras à frente das habitações (v. fotos 6, 7 e 8).
Chegam diariamente cerca de 20 ou mais autocarros que são causadores obviamente de 3 tipos de poluição: atmosférica, sonora e visual, para além de complicarem naturalmente o trânsito da zona. Para agravar ainda mais o problema, os motoristas, para refrigerarem o ambiente dos autocarros (ao sol estes ficam um forno), deixam o motor a trabalhar durante todo o tempo de permanência no local, enquanto esperam pelos respectivos passageiros.
Assim, o barulho dos motores e os gases dos escapes (poluem mais com o autocarro parado que em andamento) tornam-se insuportáveis para quem vive em frente, não permitindo abrir as janelas nem usufruir das nossas varandas. Estamos autenticamente "proibidos" pela Parque Expo de o fazer, entidade nos prometeu uma coisa e impôs-nos outra.
É isto qualidade de vida? Foi para isso que comprámos, a peso de ouro, uma casa numa zona (aparentemente) privilegiada do PN? A que preço as conseguiremos vender agora se quisermos fugir daqui para fora?
Estando-se em vésperas de mais um aniversário da EXPO '98, parece-me oportuno denunciar mais este "monstro" que nasceu em Lisboa. Já fiz várias diligências junto da Parque Expo sobre esta matéria, mas infelizmente não tem resultado.
Agradeço desde já toda a atenção dispensada e não coloco qualquer reserva na divulgação desta mensagem.
Com os melhores cumprimentos,
J. O. Carvalhal
os preços das casas tanto sobem como descem... portanto isso não devia ser parte da reclamação pois não ganha muita simpatia...
ResponderEliminarcomentários à parte, convinha que reclamações deste género sugerissem soluções realizaveis, coisa que também não vejo.
lá está: a câmara gosta muito de mudar as regras a meio do jogo. quem está por dentro das tramas consegue fazer muito dinheiro com compras e vendas de casas. os cidadãos comuns, que se danem
ResponderEliminarMais um exemplo perfeito de quem ainda é visto - e tratado - como o "cidadão principal" das cidades portuguesas.
ResponderEliminarApresentei atempadamente à Parque Expo uma solução 'realizável' para o problema em causa. À semelhança da que já foi adoptada para os autocarros turísticos da Carris, seria a largada e tomada de passageiros de autocarros ao longo da Alameda dos Oceanos, onde até já há paragens próprias para o efeito, consoante os destinos dos passageiros. O estacionamento posterior dessas viaturas pesadas seria, portanto, para áreas mais espaçosas e mais apropriadas para o efeito. Com a banalização do uso de telemóveis, seria muito fácil chamar os respectivos motoristas, estivessem onde estivessem estacionados.
ResponderEliminarPois junto ao chafariz de fora em Alfama a história é a mesma. É inacreditável a facilidade com que se autoriza autocarros do tamanho de TIRs a amontoarem-se na cidade e depois temos a policia municipal entretida a bloquear viaturas particulares.
ResponderEliminarSolução para isto? Simples: turistas viajam em transportes públicos como o metro que, espantosamente, serve grande parte da cidade. Outra: Em Portalegre existem autocarros electricos com dimensões decentes ... para quando Lisboa?
Os transportes publicos. Não era isso que queriam?
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