03/04/2010

Carros mal estacionados são pesadelo para os eléctricos

Um terço das interrupções em toda a rede acontece na carreira 28, a preferida dos turistas.

É uma situação frequente nas ruas de Lisboa: carros mal estacionados que bloqueiam a passagem dos eléctricos da Carris. Na célebre carreira 28, bastante frequentada por turistas e não só, o problema é particularmente evidente. A empresa quer combater a praga.

Todos os passageiros que, em Lisboa, viajam regularmente no eléctrico 28 - que vai do Martim Moniz aos Prazeres - já viveram, por certo, a experiência: um carro mal estacionado impede a passagem do veículo e, consequentemente, geram-se atrasos que não raras vezes chegam a hora e meia de trânsito parado. Muitas vezes, os carros que seguem atrás do eléctrico acabam, também, por ficar retidos até que a situação se resolva.

Desde 2004 que a Carris mantém uma parceria com a Câmara Municipal de Lisboa para tentar combater o problema: um serviço de "vigilantes".

Basicamente, a missão dos vigilantes é cuidar das condições de exploração do transporte público, nomeadamente ao nível do respeito pelos corredores BUS e áreas de paragem, bem como procurar salvaguardar as situações que dificultem manobras mais difíceis. Este serviço funciona entre as 8 e as 20 horas e actualmente existem duas viaturas tripuladas por um funcionário da Carris e um agente da Polícia Municipal.

Mais de nove mil multas

No âmbito deste serviço, e segundo Nuno Correia, adjunto do secretário~geral da Carris, "a Polícia Municipal já fez mais de 9300 autuações e mais de 350 pedidos de reboque". "Naturalmente que os vigilantes são muito úteis", disse ao JN, "mas a sua actuação é manifestamente insuficiente face ao volume de infracções que diariamente penalizam a operação dos transportes públicos".

Segundo o responsável, são cinco as zonas mais críticas para a ocorrência deste problema: Graça, Chiado, São Bento, Estrela e Martim Moniz. "Normalmente o período nocturno é mais complicado e as situações repartem-se por todos os dias da semana", explica.

E o que deve ou pode fazer um guarda-freio ou um motorista no momento em que se depara com um carro mal estacionado? "Quando confrontados com uma impossibilidade de prosseguir a marcha, comunicam de imediato a situação à Central", explicou. A partir daí, a "central de comando de tráfego comunica a ocorrência à PSP ou Polícia Municipal, solicitando a remoção da viatura estacionada irregularmente" e, em simultâneo, e "envia meios móveis da Carris para tomar conta da ocorrência".

Nuno Correia assegurou ao JN que "mais de 40% dos veículos em infracção são rebocados pelas autoridades". Todavia, nos casos em que o condutor em infracção retira o veículo antes da chegada das autoridades "a Carris, por intermédio dos seus agentes que presenciam a ocorrência, procede à elaboração de uma denúncia, posteriormente remetida à PSP que procede à respectiva autuação".

In JN

Duas viaturas para uma cidade povoada por tão civilizados condutores? Não será demais?

Em alguns países as infracções de estacionamento já são registadas com recurso a máquinas fotográficas sendo as respectivas multas processadas automaticamente no final do dia (a fonte é o sempre perspicaz anossaterrinha.blogspot.com), porque não aplicar um sistema semelhante em Lisboa? É verdade que teríamos de ouvir a lengalenga da "caça à multa" mas passaria a ser possível em poucos segundos ter a infracção punida e com a imagem creio que seria complicado contestar a multa.

11 comentários:

  1. Os autocarros tambem são prejudicados não são só os electricos.

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  2. Sim, até porque no fundo toda a gente é prejudicada, mas aqui fala-se do eléctrico.

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  3. se metessem policias a bordo dos electricos que multassem toda a gente e as obrigassem a pagar na altura que estaciona mal (mesmo que por "2 segundos") a situação melhorava certamente.

    na pior das hipoteses enchiam os cofres da CML

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  4. Multar toda a gente não resolve o problema. A interrupção de serviço continua a existir.

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  5. Os eléctricos são um problema para toda a circulação da cidade. Andam a 10Km/h, provocando filas intermináveis, infestam as estradas com carris que tornam a estrada intransitável, e todo o tipo de fios inestéticos pendurados nos edifícios.

    Já era altura de acabar com este meio de transporte obsoleto e bacoco.

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  6. o raciocinio de alguns individuos é bastante obsoleto

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  7. A carris acabou com 69 das 72 carreiras de eléctricos em lx. Porque não acabar com essas também? Ou é por causa do nome?

    Se é essa a filosofia deles, paciencia. Lisboa é que perde.

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  8. o problema não são obviamente os electricos é a incivilidade agravada por um mau perfil dos mpaseios e ruas. a CML deveria corrigir dezenas de pontos criticos e bem cionhecidos, assim não seria possivel estacionar indevidamente.
    outro problema é a indeficição de quem actua/autua: PSP ou PM?
    nuno caiado

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  9. 69 das 72 carreiras?!!! Então só ficaram 3? E eu que conto 5!

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  10. O 28 é que tem mais problemas?
    Quem escreveu o artigo já experimentou a percorrer o troço do 25 da Baixa à Estrela ou do 738 desde a estação de Alcântara até ao Alto de Santo Amaro para ver o que são interrupções causadas pelo automóvel?

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  11. Quem comentou isso do E28 não percebe nada de carreiras. 31 no Rego é outra que está sempre a ficar bloqueada. Ou 720 na Calçada da Picheleira. Ou 706 e 35 em Arroios, etc...

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