Um terço das interrupções em toda a rede acontece na carreira 28, a preferida dos turistas.
É uma situação frequente nas ruas de Lisboa: carros mal estacionados que bloqueiam a passagem dos eléctricos da Carris. Na célebre carreira 28, bastante frequentada por turistas e não só, o problema é particularmente evidente. A empresa quer combater a praga.
Todos os passageiros que, em Lisboa, viajam regularmente no eléctrico 28 - que vai do Martim Moniz aos Prazeres - já viveram, por certo, a experiência: um carro mal estacionado impede a passagem do veículo e, consequentemente, geram-se atrasos que não raras vezes chegam a hora e meia de trânsito parado. Muitas vezes, os carros que seguem atrás do eléctrico acabam, também, por ficar retidos até que a situação se resolva.
Desde 2004 que a Carris mantém uma parceria com a Câmara Municipal de Lisboa para tentar combater o problema: um serviço de "vigilantes".
Basicamente, a missão dos vigilantes é cuidar das condições de exploração do transporte público, nomeadamente ao nível do respeito pelos corredores BUS e áreas de paragem, bem como procurar salvaguardar as situações que dificultem manobras mais difíceis. Este serviço funciona entre as 8 e as 20 horas e actualmente existem duas viaturas tripuladas por um funcionário da Carris e um agente da Polícia Municipal.
Mais de nove mil multas
No âmbito deste serviço, e segundo Nuno Correia, adjunto do secretário~geral da Carris, "a Polícia Municipal já fez mais de 9300 autuações e mais de 350 pedidos de reboque". "Naturalmente que os vigilantes são muito úteis", disse ao JN, "mas a sua actuação é manifestamente insuficiente face ao volume de infracções que diariamente penalizam a operação dos transportes públicos".
Segundo o responsável, são cinco as zonas mais críticas para a ocorrência deste problema: Graça, Chiado, São Bento, Estrela e Martim Moniz. "Normalmente o período nocturno é mais complicado e as situações repartem-se por todos os dias da semana", explica.
E o que deve ou pode fazer um guarda-freio ou um motorista no momento em que se depara com um carro mal estacionado? "Quando confrontados com uma impossibilidade de prosseguir a marcha, comunicam de imediato a situação à Central", explicou. A partir daí, a "central de comando de tráfego comunica a ocorrência à PSP ou Polícia Municipal, solicitando a remoção da viatura estacionada irregularmente" e, em simultâneo, e "envia meios móveis da Carris para tomar conta da ocorrência".
Nuno Correia assegurou ao JN que "mais de 40% dos veículos em infracção são rebocados pelas autoridades". Todavia, nos casos em que o condutor em infracção retira o veículo antes da chegada das autoridades "a Carris, por intermédio dos seus agentes que presenciam a ocorrência, procede à elaboração de uma denúncia, posteriormente remetida à PSP que procede à respectiva autuação".
In JN
Duas viaturas para uma cidade povoada por tão civilizados condutores? Não será demais?
Em alguns países as infracções de estacionamento já são registadas com recurso a máquinas fotográficas sendo as respectivas multas processadas automaticamente no final do dia (a fonte é o sempre perspicaz anossaterrinha.blogspot.com), porque não aplicar um sistema semelhante em Lisboa? É verdade que teríamos de ouvir a lengalenga da "caça à multa" mas passaria a ser possível em poucos segundos ter a infracção punida e com a imagem creio que seria complicado contestar a multa.
Os autocarros tambem são prejudicados não são só os electricos.
ResponderEliminarSim, até porque no fundo toda a gente é prejudicada, mas aqui fala-se do eléctrico.
ResponderEliminarse metessem policias a bordo dos electricos que multassem toda a gente e as obrigassem a pagar na altura que estaciona mal (mesmo que por "2 segundos") a situação melhorava certamente.
ResponderEliminarna pior das hipoteses enchiam os cofres da CML
Multar toda a gente não resolve o problema. A interrupção de serviço continua a existir.
ResponderEliminarOs eléctricos são um problema para toda a circulação da cidade. Andam a 10Km/h, provocando filas intermináveis, infestam as estradas com carris que tornam a estrada intransitável, e todo o tipo de fios inestéticos pendurados nos edifícios.
ResponderEliminarJá era altura de acabar com este meio de transporte obsoleto e bacoco.
o raciocinio de alguns individuos é bastante obsoleto
ResponderEliminarA carris acabou com 69 das 72 carreiras de eléctricos em lx. Porque não acabar com essas também? Ou é por causa do nome?
ResponderEliminarSe é essa a filosofia deles, paciencia. Lisboa é que perde.
o problema não são obviamente os electricos é a incivilidade agravada por um mau perfil dos mpaseios e ruas. a CML deveria corrigir dezenas de pontos criticos e bem cionhecidos, assim não seria possivel estacionar indevidamente.
ResponderEliminaroutro problema é a indeficição de quem actua/autua: PSP ou PM?
nuno caiado
69 das 72 carreiras?!!! Então só ficaram 3? E eu que conto 5!
ResponderEliminarO 28 é que tem mais problemas?
ResponderEliminarQuem escreveu o artigo já experimentou a percorrer o troço do 25 da Baixa à Estrela ou do 738 desde a estação de Alcântara até ao Alto de Santo Amaro para ver o que são interrupções causadas pelo automóvel?
Quem comentou isso do E28 não percebe nada de carreiras. 31 no Rego é outra que está sempre a ficar bloqueada. Ou 720 na Calçada da Picheleira. Ou 706 e 35 em Arroios, etc...
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