In Jornal de Notícias (26/5/2010)
«Proposta é levada hoje à reunião do executivo
O vereador do CDS-PP na Câmara de Lisboa vai propor, hoje, ao Executivo a instalação de videovigilância e a reabertura da circulação automóvel na zona do Intendente para ajudar a eliminar a "chaga social" criada pelo consumo e tráfico de drogas.
Depois de participar numa reunião com a população na freguesia dos Anjos, em que ouviu relatos de casos em que os toxicodependentes invadem casas ou se injectam em plena via pública, António Carlos Monteiro considera que o município deve ser o primeiro a agir para promover a segurança.
"Vive-se uma situação de emergência e os agentes da PSP não conseguem ter uma actuação consolidada a todos os níveis. Os proprietários não conseguem arrendar, há prédios reabilitados vazios, os marginais são senhores da rua e as pessoas fecham-se em casa", disse à Lusa.
Reabertura do trânsito
Em duas propostas que vai apresentar hoje para agendamento em reunião camarária, o autarca defende a instalação de um sistema de videovigilância e a reabertura a veículos ligeiros do Largo do Intendente Pina Manique (nas suas ligações com a Avenida Almirante Reis, a Travessa Cidadão João Gonçalves e a Rua do Benformoso) para aumentar o movimento na zona. Além disso, indica a permissão de estacionamento longitudinal e apenas para residentes, com recurso a parquímetro, no mesmo largo.
Também hoje, o vereador vai entregar um pedido de informação para questionar o presidente António Costa (PS) sobre a transferência da divisão da PSP para o Palácio da Folgosa, na freguesia dos Anjos, e os motivos do atraso desta medida.
O CDS-PP quer ainda saber quantas intervenções prevê a autarquia para emparedar e limitar o acesso a prédios com portas e janelas abertas ou arrombadas e que fiscalizações têm sido feitas para averiguar a legalidade de licenciamento e funcionamento dos estabelecimentos de diversão do Intendente. »
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Não sei se a chave do sucesso residirá na videovigilância e, muito menos, no acesso automóvel ao largo. O que eu gostava de ver era o resultado prático do tal de mega-projecto de requalificação da zona do Intendente, anunciado com pompa pelo então presidente Santana Lopes, supostamente a desenvolver por especialista Universidade Independente. Contactei oportunamente uma vez a UI para saber do que se tratava e onde parava o especialista. Ninguém sabia de nada.
Entretanto a UI também já não existe.
ResponderEliminarA CML assegura que já existem fundos para seguir com o projecto (qual projecto??) de requalificação do Intendente.
No entanto, e escrevo aqui porque já o disse directamente à CML e JFAnjos, a premissa está errada, porque lavar a cara a uns tantos prédios ou mesmo fazer umas obras, não requalifica uma zona e muito menos uma zona como o Intendente.
O problema do Intendente é a falta de segurança (toxicodependência, prostituição e jogo ilegal a céu aberto) e não serão meia dúzida de obras que vão mudar isso.
A zona só muda quando para lá forem outros/novos actores, mas com a insegurança da zona ninguém quer ir para lá.
Na dita reunião (na qual marquei presença) vários proprietários que renovaram edificado e têm fracções para arrendar, referiram que há inquilinos interessados que desistem da casa quando, à saída do metro, percebem onde é que fica.
Na dita reunião, alguns moradores apresentaram relatos de assaltos e agressões com grau elevado de violência, referindo grande parte deles que têm medo de sair de casa.
A notícia colocada pelo Paulo não refere, mas esteve presente um comandante da PSP (1º Batalhão, salvo erro), que afirmou sucessiva e taxativamente que a PSP nada pode fazer, tendo deixado nas entrelinhas que quem quiser segurança tem de pagar por ela para além do que já paga através dos impostos). A situação foi de tal modo insólita e grave que o Presidente da JFA declarou, no final da reunião, que receia que a população recorra à justiça popular para resolver o seu problema de insegurança.
Eu confesso que sai da reunião arrasado, desmotivado e com a sensação que estamos muito pior do que julgamos e com grandes dúvidas para onde caminhamos.
Luís Alexandre
Eu não tenho duvidas nenhumas para onde caminhamos. Caminhamos para a cova.
ResponderEliminarBasta ver que quem manda acha que os problemas se resolvem com pinturas.
E porquê que são estes incompetentes a mandar? Porque muitos mais milhares de incompetentes os elegeram, por isso há muito que me desinteressei de politica e cidadania.
Se isso funcionasse na pratica até me empenhava...
No dia em que puserem policia em força no Intendente para obrigar aquela gente a sair, eles vão para outro lugar fazer um novo Intendente. o problema não é onde eles estão, o problema é essa gente existir, e como não vai haver lei nenhuma a condená-los à morte, mais vale deixar estar como está e quem não gosta que evite o Intendente.
Eu sei que sou politicamente incorrecto, mas quero lá saber.
Até sou capaz de jurar que no dia em que uma besta qq quiser mostrar obra no Intendente, aquela gente se vai mudar em massa para o Jardim Constantino. Vai uma aposta?
Xico,
ResponderEliminarDe facto, a solução não é a extreminação "dessas" pessoas. Mas a solução tem de passar por medidas firmes e corajosas, atributos que faltam sempre aos políticos, ainda mais quando se tratam de "xuxalistas" e outros "gajos porreiros".
É por estarmos a ser governados por "gajos porreiros", há mais de 30 anos, que situações como as do Intendente não só nunca irão acabar, como tenderão a estender-se a outras áreas da cidade (e o Jardim Constantino já é uma delas).
Não concordo nada consigo quando diz que quem não gosta deve evitar o Intendente. As pessoas que não gostam do Intendente são exactamente aquelas que lá moram ou trabalham e infelizmente não o podem evitar (acredito que gostariam, mas não podem).
Luís Alexandre