Fotos
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É, de facto, tudo muito bonito e a ideia, a aposta da CML em requalificar a Ribeira das Naus é de facto acertada, oportuna e válida no que tem por objectivo final: devolver espaço público junto ao rio ao peão.
No entanto, este projecto tem, a meu ver 4 problemas maiores, e só três deles são resolúveis, uma vez que o outro, o parque de estacionamento suterrâneo reivindicado pela APL e a transitar futuramente para a EMEL está em avançado estado de ... construção.
Os outros três problemas são:
1. O avanço exagerado da rampa (praia) para o rio, "comendo" água na maré vazia, o que provoca o esmagamento cénico do Terreiro do Paço, para quem vê a costa desde o sistema de vistas. Ou seja, o Terreiro do Paço que devia ser o conjunto arquitectónico a ser realçado para todo o sempre, será assim ofuscado por uma excessiva escala da intervenção em apreço.
2. Os tais prismas de que o arquitecto responsável fala não se percebe o que fazem ali, são aparentemente desproporcionados (5-6 metros de altura?) e se têm como objectivo permitir às pessoas fazerem deles espreguiçadeiras viradas para o Sol, como se aquela zona fosse o relvado ondulante do Parque das Nações, é a meu ver uma opção erradíssima para ali. (vide bonecos feitos por nós).
Oxalá, no entanto, as rampas/primas não estejam ali por força da construção do parque de estacionamento, porque aparentemente por debaixo delas existirão acessos pedonais ao estacionamento, w.c., etc., etc.
4. O redesenho do esquema de circulação automóvel, com 2+3 faixas de rodagem, vai implicar o abate, sem apelo nem agravo, destes 3 plátanos de grande porte, na esquina com o Corpo Santo. Não haverá outra forma de o fazer? Melhor dito, para quê tanta faixa de rodagem?
este ano o rio atravessou a Ribeira das Naus e não havia rampa. não sei o que vai acontecer para o ano com a rampa e a água tão perto dos edifícios... não me parece sensato.
ResponderEliminarAs imagens 3D são falsas e escondem a verdade.
ResponderEliminarA escala das imagens não é verdadeira e as arvores escondem a realidade.
E se ainda se pretendia da ideia de umas docas, porque razão há tanta arvore?
Um projecto muito conservador, um pastiche formalista e retrogado de quem fez um mau copy/paste deas plantas antigas do local.
Na 7a imagem surgem umas rampas bastante elevadas que vão obstruir de forma anormal o edificio do arsenal.
Isto é atirar areia para os olhos!
Basta passar junto ao rio junto à Estação Fluvial do Cais-do-Sodré (se quiserem, junto à Portugália, um pouco mais adiante) para constatar a enorme asneira que é supor que o rio é um lago.
ResponderEliminarE ainda há um ponto quer não é de somenos: não há parecer definitivo do IGESPAR, porque o que houve foi parecer ao estudo prévio. E ligado a este, um outro: sendo aquela zona de altíssima probabilidade de existência de vestígios arqueológicos alguém sabe se está algum arqueólogo no terreno neste momento?
ResponderEliminaronde é que estão a fazer um estacionametno?
ResponderEliminarComo está hoje é que está bonito.
ResponderEliminarMas afinal O QUE É QUE QUEREM? Perguntassem a 1000 pessoas e teriam 1000 opiniões sobre o projecto adequado para o local. E depois não se fazia nada. Agora criticam jardins e preças. Deviam era criticar a especulação imobiliária, a densificação urbana, a construção massiva, a construção de edifícios à beira rio, sejam eles hotéis ou fundações. Gosto, não gosto, gostas, não gostas...É uma questão de gosto, guardem as opiniões, isto não é nenhum atentado...Ou gostavam mais de um mega edifício ali? Uma sucursal da Fundação Champalimaud! Isso é que era!!!
ResponderEliminarEm suma: em tempos de bancarrota estatal, ainda vão inventar buracos para cavar, em sítios onde anteriormente não os havia, para poderem gastar dinheiro com uma ponte.
ResponderEliminarKeynesianismo saloio
Tudo preocupado com a estética, mas num blogue de cidadania é gritante nada ser referido com a bandalhada que é o percurso Santa Apolónia-Cais do Sodré de transportes públicos.
ResponderEliminarEstá visto que aqui anda tudo de carro pela nova auto-estrada com passeios criada entre o Cais do Sodré e o Sul e Sueste.