Depois de anos a sofrer com as obras de prolongamento do metro na Linha Vermelha, em Lisboa, os moradores e comerciantes da Avenida Duque de Àvila viram, nos últimos dias, o arranque de uma remodelação que transformará a avenida.
Uma das actuais faixas de rodagem da Avenida Duque de Ávila será transformada em passeio pedonal. Ao lado será construída uma ciclovia e, em paralelo, será organizado uma área para estacionamento longitudinal. A circulação automóvel ficará reduzida a duas faixas de rodagem mas num só sentido: São Sebastião-Alameda.
A obra é projectada pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) mas é executada e paga pelo Metropolitano de Lisboa (ML). Fonte da empresa disse ao JN que o investimento “está um pouco abaixo dos três milhões de euros” e que a obra terá a duração de seis meses.
O alargamento da via pedonal está a ser encarado com satisfação por alguns comerciantes mas é alvo de críticas por parte de outros. “Vai ser uma mais-valia para a grande maioria”, disse, ao JN, o vereador dos espaços públicos da CML, Sá Fernandes, sublinhando que avenida “vai ficar muito bem arranjada como nunca esteve” e que isso significará “muitas mais pessoas a passear nessa zona central da cidade” até, porque, lembrou, “terá várias esplanadas”.
Carla Teixeira, proprietária do Café Doce Jardim, aplaude o projecto e considera que “é uma forma de manter as coisas limpas, com menos movimento de carros e com mais movimento de pessoas”. Já Fernanda Sousa, gerente de uma loja de têxteis para o lar, mostra-se mais céptica, criticando a transformação na via pedonal. “Assim, as pessoas preferem ir para os centros comerciais”, argumenta, destacando que na Duque de Ávila “as pessoas não vão passear”.
“A área pedonal só vai revitalizar o comércio de restauração e não o outro”, apontou, por seu turno, Nelson Antunes, presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião da Pedreira, eleito pelo PSD. Ao JN, o autarca criticou o facto da via transitável ter apenas um sentido e defendeu que “devia ficar com duas vias de sentido inverso única e exclusivamente para os transportes públicos”
Nenhum sentido passar a haver um sentido de trânsito. Na cml anda tudo doido.
ResponderEliminarQuanto à CML foi a escolha dos eleitores de Lisboa, por isso aguentem até ás próximas eleições toda a porcaria que já fizeram e toda a que ainda vão fazer, e para a próxima façam uma escolha mais racional e menos partidária!
ResponderEliminarJá lá diz a lojista: quem é que vai passear para a Av. Duque de Ávila?
ResponderEliminarPor princípio, vou saudar essa medida. Tem de se começar por algum lado.
ResponderEliminarQuanto mais ruas pedonais melhor e não será certamente de carro que as pessoas vão fazer (mais) compras na Duque de Ávila.
Se o sonho destes comerciantes é agaradar a automobilistas enlatados têm uma solução - mudam-se para a beira da 2 circular e fazem uns drive-ins ou compram uns carrinhos para andar a fazer venda ambulante nos engarrafamentos e semáforos! Façam isso e não chateiem quem quer uma cidade de pessoas e não de latas.
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