19/08/2010

"Promover o uso dos transportes públicos"

In DN 13-8-2010

4 perguntas a... Pedro Gomes, investigador do Departamento do Ambiente da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Quais as zonas com mais altos níveis de poluição do ar? A situação mais grave é na área de Lisboa, logo seguida do Porto, porque são as zonas mais populosas e que têm mais tráfego automóvel. Depois surgem Braga e Coimbra, mas nada que se compare com Lisboa e Porto.

Que medidas se deve tomar para reduzir esses níveis? Deve-se tomar todas as medidas para promover o uso do transporte colectivo em detrimento do individual. Por exemplo, nos principais acessos a Lisboa e Porto, uma das vias de rodagem deve ficar reservada para transportes colectivos, veículos eléctricos e viaturas com dois ou mais ocupantes, levando as pessoas a usar o transporte público ou a partilhar o carro próprio com outros. Desta forma, reduz-se o número de veículos em circulação. Também se deve criar mais faixas bus para dar prioridade aos transportes públicos e melhorar a sua atractividade.

E nas áreas mais sensíveis? Nas zonas mais críticas, deve-se interditar o acesso a veículos que ultrapassem os limites de emissões poluentes, que normalmente são os mais antigos.

Que medidas de longo prazo? É preciso aproximar as pessoas dos seus locais de trabalho e dar-lhes transportes públicos para não terem de usar o transporte individual. As novas urbanizações devem ser construídas perto de uma rede de transporte pesado, como o comboio.

Foto: eléctrico de nova geração no centro de Munique

9 comentários:

  1. E que tal promover a construção de estacionamento no centro da cidade?

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  2. Essa medida dos corredores para carros particulares com mais de uma pessoa, partindo do princípio que são praticantes de uma tonteria chamada carpooling, é totalmente lunática.

    Carpooling só resulta quando há um empregador de milhares de trabalhadores junto a uma cidade relativamente pequena.

    Numa cidade onde as pessoas vêm de ene subúrbios para a zona central trabalhar em milhares de locais diferentes obviamente não dá.

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  3. Essa medida dos corredores para carros particulares com mais de uma pessoa, partindo do princípio que são praticantes de uma tonteria chamada carpooling, é totalmente lunática.

    Carpooling só resulta quando há um empregador de milhares de trabalhadores junto a uma cidade relativamente pequena.

    Numa cidade onde as pessoas vêm de ene subúrbios para a zona central trabalhar em milhares de locais diferentes obviamente não dá.

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  4. E que tal melhorar os transportes colectivos (cumu fagem no istrangêro, no istrangêro é qui é bô, lá no istrangêro di fora)

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  5. Raúl Nobre,

    Com o estado de coisas, também não há muita margem para melhorar os transportes colectivos.
    Tanto a Vimeca como a Carris realmente poderiam colocar mais carros nas carreiras que cruzam a A5, mas iria tudo ficar na mesma: a passo desde Caselas até às Amoreiras!

    Um dia que alguém se lembre de reservar algumas vias da A5 para transportes colectivos, os mesmos recursos empregues nas linhas da A5 serão muito mais produtivos já que conseguirão fazer mais viagens ao longo do dia, aumentando as frequências de cada linha.

    Outro exemplo é a ponte Santa Apolónia - Cais do Sodré que a Carris tem reforçado ao longo dos últimos anos, em parte devido à leitura dos dados das validações dos títulos de transporte.
    Existem hoje mais autocarros que antigamente, com tempos de espera muito reduzidos, mas a CML fez o favor de estragar a vida a milhares de pessoas que diariamente utilizam os autocarros desse corredor.
    A situação anterior não era muito má, bastava arranjar o acesso ao Cais do Sodré e corredor BUS da 24 de Julho desde Santa Apolónia.
    Meteram-se a inventar e temos o que temos na Baixa...

    Não basta a "boa-vontade" dos operadores. Também é precisa a estreita colaboração das autarquias e das empresas que gerem a rede rodoviária do país.

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  6. Obrigado Filipe, por seres o unico a fazer comentários com pés e cabeça.


    Os carros mais antigos se não cumprirem as normas poluentes simplesmente não são aprovados no IPO. Se assim for não circulam nem em zonas antigas nem em zonas modernas.

    Basta ver que o Metro para Odivelas apenas tirou gente aos autocarros, o numero de carros particulares não diminuiu no acesso a Lisboa.Isto foi o que foi dito na altura, logo só transportes publicos eficientes não são suficientes para retirar automóveis.

    Eu olho para a rede da Carris, e o unico sitio onde vejo que se poderia fazer uma faixa bus é na A5. Nos outros sitios ou não é possivel ou não se justifica por não haver duas faixas de rodagem em cada sentido ou porque não há trafego suficiente que atrase assim tanto os autocarros. Os locais onde deveria haver faixa Bus, ela já lá está à uns anos.

    Quanto ao metro de superficie que tanto vomitam neste blog, basta conhecer o território para ver que não há espaço suficiente nas ruas nem ângulos de curvatura. Ainda não me esqueci dum cromo que disse que deveriam substituir toda a rede da RL e LT em Odivelas e Amadora por metro de superficie!!! LOOL

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  7. LOOOL substituir a rede da RL por eléctricos?? Quem foi o abrunho? Gostava de ver um electrico a fazer loures, povoa e alverca xD De rir mesmo!! Quando se mora na linha é muito bom opinar sobre loures ou sobre a margem sul.

    Melhorar o transporte colectivo só passará neste momento pela articulação entre eles e o planeamento estrategico metropolitano. Cada empresa por si só pouco mais pode fazer para melhorar o seu serviço.

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  8. Senhor Filipe: afinal, o Senhor quando quer sabe dizer coisas acertadas. Até fiquei de boca aberta!... (mas já a fechei...)

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  9. O Filipe S E M P R E disse coisas acertadas, ao contrario de ti!

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