25/09/2010

«carros no passeio, peões na estrada»: Travessa das Mónicas

Será que a CML vai propor também que os automobilistas paguem 1 euro para estacionarem em cima dos passeios dos bairros históricos? Ou será que vão ser os peões, turistas e portugueses, que terão de pagar uma taxa por circularem nas faixas de rodagem? O espaço público da Travessa das Mónicas está completamente privatizado pelo estacionamento de viaturas particulares. Que faz a CML? Repete a obsoleta teoria do «déficit de lugares de estacionamento». Que dizem as outras cidades da Europa perante este cenário caótico? Que «há excesso de viaturas de transporte particular», «que a mobilidade de demasiados munícipes depende ainda de viaturas de transporte individual», que a «zona não está servida de uma boa rede de transportes colectivos». De facto, toda a zona urbana Sé/Colina do Castelo/Mouraria/Alfama até ao Largo da Graça é atravessada apenas por 3 serviços de transporte público: o Eléctrico 28 (termina cerca das 23h), o Eléctrico 15 (termina às 20:45h) e o autocarro 37 (termina às 21h). Não é pois de admirar que tantos moradores nesta zona histórica central recorram a uma viatura privada para garantirem uma mobilidade aceitável na sua cidade. A consequência disso é bem evidente nestas imagens: quem não tem carro é forçado a circular nas faixas de rodagem. A Travessa das Mónicas é um caso paradigmático. Isto já não é um arruamento mas um parque de estacionamento ilegal.

8 comentários:

  1. Anónimo12:06 a.m.

    sorry but wrong argument...

    as pessoas estacionam como se vê porque não há fiscalazação nem penalização. se os carros fossem bloqueados e as coimas aplicadas as pessoas iam descobrir que há parques de estacionamento que podem usar (portas do sol, anyone?).

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  2. Nada a fazer. O nosso presidente da Câmara está mais interessado em ser 1º-Minisro do que em ter uma Lisboa habitável, limpa, sossegada, ordeira.

    Como ele não é burro nenhum, resta-me supor que a estratégia que segue é a melhor; talvez tenha razão: afinal, os votos de que necessita não estão só em Lisboa.

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  3. Anónimo5:15 p.m.

    Mais um exemplo perfeito da aceitação social da inferioridade do peão nas cidades portuguesas. Os escandinavos, por exemplo, nunca aceitariam uma rua assim.

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  4. Anónimo6:51 p.m.

    um exemplo entre centenas só no centro da cidade. as autoridades sabem destas ruas tomadas a 100% pelo estacionamento selvagem mas fecham os olhos. aparentemente é por piedade dos munícipes que não têm onde estacionar os seus pópós. mas e os peões? são ignorados, e não recebem sentimentos de piedade. afinal, sempre podem contornar os pópós.

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  5. Anónimo4:45 p.m.

    ...e porquê que os escandinavos são para aqui chamados?

    Em Portugal fala-se de Ibéricos não se fala de escandinavos.

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  6. não percebo afinal se querem a cidade deserta. porque se não for possível de todo estacionar, as pessoas vão para outro lado

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  7. Xico20511:04 p.m.

    Filipe Melo Sousa disse...
    não percebo afinal se querem a cidade deserta. porque se não for possível de todo estacionar, as pessoas vão para outro lado

    8:55 PM



    E tas a ver estes gajos a perceberem isso?

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  8. Anónimo11:58 a.m.

    Não é por causa dos carros que as pessoas andam no meio da estrada, é para não pisar a merda dos cães, que os donos não apanham!
    É muito fácil falar para quem não mora na rua...

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