In Sol Online (14/9/2010)
«Uma fanfarra, meia dúzia de cheerleaders, figurantes a agitar bandeiras e um operador de câmara compõem a equipa que hoje dá os parabéns a quem estaciona nos lugares geridos pela EMEL e paga o parquímetro
A encenação faz parte da acção de marketing que a Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) hoje promove em quatro locais diferentes da cidade de Lisboa para tentar inverter a antipatia de alguns lisboetas.
«A mensagem de que fazemos um serviço público não é fácil de passar e o que se pretende é criar uma relação de empatia e afecto com as pessoas», explicou o presidente da EMEL, Júlio de Almeida, enquanto do outro lado da rua, na Avenida da Liberdade, mais um pagador recebia os parabéns da equipa de figurantes.
Escondidos nas escadas do metropolitano, os figurantes, liderados por um actor (Ricardo Castro) que vestia a personagem de apresentador de televisão, o grupo saía de rompante a cada automobilista que, depois de estacionar, tentava pagar o parquímetro.
«Parabéns!», gritavam os figurantes, assustando a maior parte dos ‘escolhidos’, que apesar do justo acabava por reagir bem.
«As reacções foram muito boas. Houve quem ficasse mesmo assustado, mas também houve quem dançasse ao som da música da banda», explicou o actor Ricardo Castro, que depois das acções da manhã (na rua Mouzinho da Silveira) ainda foi dar os parabéns a alguns utilizadores dos lugares geridos pela EMEL na Avenida da Liberdade (junto ao Teatro Tivoli e ao Cinema São Jorge).
«Deixei o carro e julgo que pus parquímetro até às 10h39», gracejou, quando eram já perto das 15h50.
Depois de reconhecer que a EMEL ainda tem de «medir melhor» os resultados da campanha lançada em 2009, que pedia que o lisboeta não deixasse «que ninguém lhe estacionasse a vida», numa referência a quem deixava o seu carro mal estacionado e a impedir a saída de outros veículos, o presidente da empresa sublinhou que os indicadores disponíveis mostram que a campanha «correu bem».
«A mensagem nem sempre é fácil passar, mas temos indicação que as queixas diminuíram. Os índices de reclamação baixaram, descontando aqueles protestos e pedidos de esclarecimento que decorrem da expansão dos lugares a cargo da EMEL o ano passado», afirmou António Júlio de Almeida.
«Felizmente são mais os que pagam do que os que não pagam», afirmou, explicando que as multas representam apenas cinco por cento do total das receitas anuais da EMEL.
Quanto às novas tarefas da EMEL, que deixará de ser apenas uma empresa de estacionamento e verá a sua actividade alargada à mobilidade, o responsável admitiu que «boa parte» dos 687 lugares de carregamento para veículos eléctricos a criar em Lisboa possam ser geridos pela EMEL.
«Boa parte deverá ficar na EMEL. Temos que olhar para a mobilidade eléctrica no futuro», afirmou Júlio de Almeida.
Lusa / SOL »
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De R-I-R.
Estupidez total. Digam onde eles estão para eu estacionar e não pagar, para os ouvir em coro dizer: "OOOOOOHHHHHHH".
ResponderEliminarEm vez de gastar dinheiro a qualificar a cidade, gastam dinheiro em propaganda. A tentar encobrir a porcaria que fazem, a corrupção, e a incompetência.
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