In Público (7/9/2010)
Por Carlos Cipriano
«A Refer consignou ontem a primeira empreitada de um conjunto de obras que visam compatibilizar a rede convencional com o projecto da alta velocidade. Trata-se da inserção das linhas férreas entre o Areeiro, Sacavém e a Estação do Oriente nos acessos à futura terceira travessia do Tejo e na construção das oficinas de manutenção para os comboios de alta velocidade.
O contrato, de 19 milhões de euros, foi adjudicado à Obrecol - Obras e Construções SA e tem um prazo de execução de 365 dias. As obras começarão ainda este ano, o que significa que é por Lisboa, e pela construção destes acessos às futuras linhas de alta velocidade Lisboa-Madrid e Lisboa-Porto, que terá início o projecto de alta velocidade em Portugal. O troço Poceirão-Caia, a cargo do consócio Elos, que foi adjudicada em Maio passado, só terá início em 2011.
Em Lisboa, os trabalhos a realizar não terão um grande impacto na circulação ferroviária porque trata-se sobretudo de obra colateral à linha férrea. A Rua Gonçalo Mendes da Maia, a Calçada da Picheleira e a Azinhaga da Salgada serão cortadas, sendo construídos acessos alternativos.
Serão ampliadas a passagem superior da Avenida Marechal Gomes da Costa sobre a linha do Norte e a passagem inferior da Avenida de Pádua, sob a linha do Norte.
As obras incluem ainda a demolição parcial do muro junto à via férrea entre o Oriente e Braço da Prata, onde serão feitos trabalhos de terraplenagem para ali se instalarem linhas de resguardo para os comboios de alta velocidade e se erguer o edifício com as oficinas de manutenção.
Junto ao apeadeiro de Marvila será desviado e reforçado o aqueduto do Alviela, numa extensão de cerca de 500 metros. Esta empreitada prepara ainda o terreno para se poder iniciar a quadruplicação da linha da Cintura entre o Areeiro e Braço de Prata, que é neste momento o troço mais congestionado da rede portuguesa.
No total serão gastos, para já, 24 milhões de euros, dos quais cinco milhões serão financiados por fundos comunitários que, se não fossem agora adjudicados, se perderiam.»
Resta saber quanto vai custar apenas manter em funcionamento o TGV para Madrid (nem falo do que se gasta na construção), provavelmente uns 5 milhões de euros (quantia igual à irrisória comparticipação comunitária nessa fase da obra) nem para uns mesitos darão.
ResponderEliminarAnónimo, antes de vir para aqui mostrar a sua ignorância, talvez fosse boa ideia informar-se um bocado.
ResponderEliminarO TGV Lisboa-Caia (incluindo o troço que ainda não foi adjudicado entre Lisboa e o Poceirão) vai custar ao Estado 12 milhões de euros por ano. E é preço fixo até ao fim da concessão.
Se acha que 20% de comparticipação comunitário é irrisório... eu a mim não me importava que alguém me oferecesse um subsídio que cobrisse 20% do que eu gasto mensalmente.
Duvido que os custos de manutenção vão ser de 12 milhões de euros ano, até ao fim da concessão.
ResponderEliminarPois claro, o TGV vai pagar-se a si próprio.
ResponderEliminarSó os estúpidos e os ignorantes é qque ainda não sabem nem perceberam.
E vivam as parcerias público-privadas grátis para o contribuinte.
Só os ignorantes e os estúpidos é que acham que o TGV não vai ser uma coisa extremamente rentável, que se vai pagar a si próprio.
ResponderEliminarOs inteligentes fãs das parcerias público-privadas é que sabem.
Esperem pela pancada, como está farto de nos explicar o Prof. Medina Carreira.
"Duvido que os custos de manutenção vão ser de 12 milhões de euros ano, até ao fim da concessão. "
ResponderEliminarMas alguém está a falar de custos de manutenção? Esses vão ser pagos por quem lá passar (que é o que já acontece actualmente na ferrovia - a REFER só pede dinheiro ao Estado para obras fora da manutenção regular, os custos de conservação são pagos pelas receitas próprias)
Os 12 milhões de euros são o que o Estado vai pagar pela disponibilidade da infra-estrutura.
Eu tenho é serias duvidas no retorno financeiro da obra.
ResponderEliminarDe um custo de funcionamento estimado em 12 milhões de € ano(o que eu acho muito pouco) gostava de saber qual vai ser efectivamente pago através das receitas de bilheteira.
Cheira a mais um enorme elefante branco ...
"De um custo de funcionamento estimado em 12 milhões de € ano"
ResponderEliminarCaramba isto há pessoas com dificuldade de interpretação.
Os 12 milhões de euros são a resposta à pergunta do 1.º comentador: «Resta saber quanto vai custar apenas manter em funcionamento o TGV para Madrid (nem falo do que se gasta na construção)»
É o que vai custar ao Estado ter o TGV a funcionar depois de construído. Ponto final.
A construção é lógico que não vai custar 12 milhões de euros por ano.