08/10/2010

Câmara não consegue vender terreno

In Jornal de Notícias (8/10/2010)

«Ninguém quis pagar 16,5 milhões por cinco mil metros quadrados


A Câmara Municipal de Lisboa não conseguiu ontem, pela segunda vez, vender um terreno com quase cinco mil metros quadrados, na zona do Rego, destinado à construção de um edifício que será ocupado por serviços e estacionamento.

Segundo fonte da autarquia, a hasta pública do terreno adjacente à Avenida Álvaro Pais, localizado no cruzamento da Avenida 5 de Outubro com a linha férrea (em frente à sede da TMN), “ficou sem efeito” por não ter havido interessados.

O objectivo era vender a área de 4987 metros quadrados por um mínimo de 16,5 milhões, permitindo, tal como foi aprovado pelo município em 2008, a edificação de um prédio com sete pisos acima do solo para “uso terciário” e quatro pisos em cave destinados a “áreas técnicas e subsolo”.

O estudo prévio da zona prevê uma área de construção total de 39169 metros quadrados, 19383 metros quadrados dos quais acima do solo.

Esta foi já a segunda vez que a Câmara tentou vender o terreno, depois de uma primeira hasta pública, realizada em Setembro, não ter recebido propostas.

Para o próximo dia 19 está também agendada uma hasta pública para alienar o Palácio Pancas Palha ou Palácio Van Zeller, nas imediações da estação de Santa Apolónia, com um preço base de licitação de cerca de quatro milhões de euros.

O imóvel, de interesse público, tem uma área total de 3945 metros quadrados e será obrigatoriamente transformado numa unidade hoteleira, tal como o Palácio Braancamp, vendido em 2009.

O Palácio Pancas Palha tem três pisos acima do solo e um abaixo e é formado por dois corpos que separam um pequeno jardim murado, de carácter romântico.

A Câmara quer dar o mesmo destino aos palácios do Machadinho, na Madragoa, e Benagazil, na freguesia de Santa Maria dos Olivais.»

1 comentário:

  1. Vender imóveis nesta altura de crise é uma estupidez. Naturalmente que vai ser difícil obter as verbas que se pretende.

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