In Diário de Notícias (14/10/2010)
por DANIEL LAM
«Depois de quatro anos de obras, os esgotos vão passar a ser tratados e deixam de ser escoados para o rio Tejo em zonas tão nobres da cidade como o Terreiro do Paço e Belém. Segundo a Simtejo, será para o ano, quando a ETAR de Alcântara passar a receber e tratar todas essas descargas.
Os esgotos de cem mil habitantes de Lisboa - que tem 520 mil residen- tes - dos eixos compreendidos entre Santa Apolónia e o Terreiro do Paço vão continuar a correr directamente para o Tejo, sem qualquer tratamento, até ao início de 2011, sendo descarregados junto ao Terreiro do Trigo e no Cais das Colunas. O mesmo sucede com os esgotos de cerca de dez mil habitantes que são despejados directamente no rio, em Belém. O sistema começa a funcionar no primeiro trimestre de 2011 e vai canalizar todos esses esgotos para a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcântara.
"Finalmente, vão melhorar as condições ambientais do rio", disse ao DN o presidente da Simtejo - do grupo Águas de Portugal -, José Henrique Zenha, salientando que "a entrada em funcionamento do sistema terá efeitos imediatos, porque deixa de haver descarga directa de esgotos no Terreiro do Trigo, no Terreiro do Paço e em Belém".
Garante que todas as obras entre o Terreiro do Trigo e a ETAR de Alcântara e também a empreitada de Belém "estão em fase de conclusão e terminam até ao fim do ano. O novo interceptor de esgotos entra em funcionamento no primeiro trimestre do próximo ano".
Zenha, que acompanhou a equipa de reportagem do DN na visita às obras junto à Ribeira das Naus, prometeu que "este cheirinho mau vai desaparecer. Os esgotos de Lisboa passam a ser todos tratados". Segundo explicou, "as obras da Simarsul para tratar os esgotos da Margem Sul, e as da Sanest, na costa do Estoril, também vão contribuir muito para despoluir o estuário do Tejo".
De acordo com o presidente da Simtejo, "o que ainda não é tratado em Lisboa são as águas residuais da zona central da cidade, incluindo os vales da Av. da Liberdade e Rua de S. José, Av. Almirante Reis e Rua da Palma e a zona entre o Terreiro do Trigo e o Terreiro do Paço".
"Estes esgotos chegam ao Terreiro do Paço por três grandes colectores municipais nos alinhamentos das ruas da Prata, Augusta e do Ouro, sendo descarregados directamente, sem qualquer tratamento, junto ao Cais das Colunas", revelou. Para acabar com esta situação, em 2009, a Simtejo fez obras de 6,5 milhões de euros no Terreiro do Paço para interligar os colectores da Baixa de Lisboa.»
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Mais outro ano, portanto.
Ora o que isso 6,5 milhões o projecto da Frente Tejo custa bem mais do que isso.
ResponderEliminarA assembleia municipal deveria exigir uma auditoria às contas da Frente Tejo.
Para quando a despoluição do Rio Trancão?
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