In Jornal de Notícias (1/10/2010)
Telma Roque
«A criação de um projecto de integração dos sem-abrigo, a construção de uma estátua de Salgueiro Maia ou de um campo de rugby são algumas das mais de 300 propostas que podem, desde hoje, sexta-feira, e até ao final do mês, ser votadas no âmbito do orçamento participativo.
Das mais de 900 propostas que chegaram à autarquia, apenas 286 acabaram por ser aprovadas para serem submetidas à votação para o orçamento participativo (OP) de Lisboa 2010/2011.
Na lista que hoje ficará disponível ao público, outras tantas propostas serão incluídas na sequência das 49 reclamações feitas por proponentes de sugestões que haviam sido inicialmente rejeitadas, elevando para mais de 300 o número de propostas a votos.
Este é o OP mais participado de sempre, e é também o que tem mais pessoas registadas, “o que demonstra que há uma maior mobilização das pessoas”, sublinhou ontem o presidente da autarquia, António Costa, após inaugurar a segunda fase do Parque Urbano do Rio Seco, na Ajuda, um novo espaço verde construído no âmbito do OP 2008/2009.
Falta agora concluir a terceira fase, que é uma das propostas sujeitas a votação no actual OP e que visa arborizar o espaço situado em frente ao parque, criar um miradouro e um novo acesso ao bairro Giovanni Antinori. Uma obra que será complementada com medidas de acalmia de tráfego.
A primeira fase da construção do Parque Urbano do Rio Seco consistiu na construção de um polidesportivo. No espaço que ontem foi formalmente inaugurado, havia antes um depósito de candeeiros públicos da cidade e muito lixo, uma situação que motivava queixas por parte dos moradores.
Antes de se deslocar à Ajuda, António Costa, visitou o local onde, dentro de alguns meses, vai nascer o Atlantic Business Center de Lisboa, ou seja, a incubadora de empresas da cidade, um dos projectos mais votados no OP 2009/2010.
A incubadora, que aguarda ainda pela aprovação do projecto, vai funcionar em plena Baixa, na Rua da Prata. Para o autarca, este projecto será “mais uma vitamina para ajudar na revitalização desta zona”, que tem que se diversificar e não estar apenas dedicada à banca e ao comércio. A Câmara, o IAPMEI e o Montepio Geral são parceiros no projecto, através da criação de um fundo.
A ideia de criar a incubadora de empresas partiu da Investlisboa, que há muito procurava um espaço para dar asas ao projecto. O orçamento participativo acabou por ser o caminho escolhido e o elevado número de votos fez com que fosse um dos escolhidos, com uma verba atribuída de um milhão de euros.
Rui Ramos Pinto Coelho, um dos directores executivos da Investlisboa e um dos mentores do projecto, garante que a incubadora será flexível, mas revela que dará prioridade a sectores de negócios ligados, por exemplo, ao turismo, novas tecnologias e indústrias criativas. Afirma ainda que o espaço vai oferecer “serviços de última geração a preços acessíveis”.»
um grupo (investlisboa) com um "pet project" decide que a melhor maneira de arranjar dinheiro para que os seus executivos possam continuar a fazer aquilo que gostam de fazer é escolher o OP! vai daí que angaria eleitores e surpresa surpresa, é dos projectos mais votados!
ResponderEliminarpergunta: que competência tem a CML para criar uma incubadora? resposta: nenhuma.
como o faz então? bem, recorrendo à investlisboa!
fantástico!