07/10/2010

Transportes (cada vez mais) Públicos


foto: Metro de São Francisco, acessível a todos. (c) PHG, 2002

A rede de transportes públicos de Lisboa é muito ou pouco acessível para as pessoas com mobilidade condicionada? Quais os pontos fortes, e quais os aspectos a melhorar? O que pode ser feito pela Câmara Municipal e pelos diversos operadores de transporte público?

Em Outubro, o Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa vai abordar estas questões. E as opiniões, sugestões e comentários dos cidadãos serão úteis e muito bem vindas – tanto as opiniões de quem usa, como as opiniões de quem gostaria de poder usar mas não consegue.

O Projecto Europeu Mediate desenvolveu uma ferramenta de diagnóstico das condições de acessibilidade na rede de transportes públicos, e Lisboa foi uma das duas cidades europeias seleccionadas para a fase piloto de aplicação dessa ferramenta.

O diagnóstico será feito através de um exercício de auto-avaliação, que envolverá a participação das diversas partes interessadas: operadores de transporte público, organizações representativas de cidadãos com mobilidade condicionada, município e autoridade metropolitana de transportes. Em conjunto, os participantes irão analisar as condições de acessibilidade na rede, de forma a identificar pontos fortes e pontos a melhorar, para se definirem planos de acção. Os resultados deste trabalho serão integrados no Plano de Acessibilidade.

Sendo muito importante conhecer a experiência e as necessidades das pessoas com mobilidade condicionada, será dinamizada a participação de organizações do Conselho Municipal para a Inclusão das Pessoas com Deficiência.

AS OPINIÕES PESSOAIS SÃO MUITO IMPORTANTES. Experiências, opiniões, sugestões e outros contributos podem ser enviados para o e-mail nucleo.acessibilidade@cm-lisboa.pt

10 comentários:

  1. Uma prioridade na sociedade forte....cuidar dos interesses dos mais fracos.

    Mas...boa acessibilidade nos transportes requer também, boa acessibilidade para chegar aos mesmos!?

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  2. Tem toda a razão. É preciso promover, em simultâneo, a acessibilidade na rede de transportes públicos, e no espaço público (passeios, passadeiras, estacionamento, etc.).

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  3. A maioria dos autocarros da Carris são acessiveis a todos, na pior das hipoteses à força de braços já que já só há 40 autocarros de piso alto.

    Mas varios têm rampas e lugares para prender as cadeiras de rodas.
    Com as renovações de frota as maioria dos autocarros da Vimeca, Scotturb, Rodoviaria de Lisboa e Transportes Sul do Tejo tambem são facilmente acessiveis a passageiros de mobilidade reduzida.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Existem cerca de 20 estações de metro sem acesso a pessoas de mobilidade condicionada (cadeiras de rodas, carrinhos de bebé, etc..).
    A generalidade dos transportes urbanos não está preparada para as pessoas de mobilidade condicionada. Existem autocarros especiais, mas serão poucos.
    Na apresentação da carta estratégica de Lisboa 2010-2024, o orador convidado, o brilhante arquitecto/político Jaime Lerner apresentou a solução que instalou em Curitiba e que facilitava a mobilidade. Tratavam-se de umas plataformas elevadas espalhadas pela cidade (acessiveis através de rampa ou escada) e que visavam justamente facilitar o acesso aos pessoas aos transportes.
    Mas não importa só melhorar a mobilidade nos/para os transportes públicos, porque a deslocação nos passeios é praticamente impossível em Lisboa, porque quando não são os carros, são os mupis ou os caixotes de lixo esquecidos na rua o dia todo e mais recentemente, os pilaretes que a CML insiste em intalar sobre os passeios ao invés de os instalar nas bermas junto aos passeios.
    Sem uma actuação inteligente e concertada, tudo o que se fizer são pequenos remendos.

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  6. Se metem os pilaretes na estrada, os carros raspam-lhes a estacionar, até porque não têm altura suficiente para aparecer nos espelhos. O sitio correcto é após o lancil do passeio.

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  7. Onde há pilaretes normalmente não se pode estacionar. Ou não é assim ?

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  8. Ha sitios onde os pilaretes colocados na estrada servem para não se estacionar nos passeios, mas são mais baixos que as janelas dos carros e ficam no angulo morto dos espelhos. É que nem com os espelhos a apontar para baixo eles aparecem. Normalmente há disto nos sitios onde os passeios são muito estreitos e caso fossem postos nos passeios, eles ficavam inutilizados.
    Nem sequer é possivel centrar as portas com os pilaretes por não se verem e depois lá vai uma castanhada na porta com a devida móssa e falha de tinta!

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  9. PARA QUE SERVEM OS ELEVADORES (PARA ACESSO DE DEFICIENTES AO METRO) SE É IMPOSSIVEL ALGUEM NUMA CADEIRA DE RODAS ENTRAR EM QUALQUER COMPOSIÇAO DO METRO?!!

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  10. Os elevadores nas estações de metropolitano podiam funcionar (na linha vermelha, por exemplo existe pelo menos um por estação avariado), podia acabar-se com as estupidas restrições ao transporte de bicicletas (seja no comboio ou autocarro)--

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