O aumento do desemprego e as crescentes dificuldades económicas são os principais motivos a potenciar a fraude no próximo ano. «As dificuldades económicas podem levar as pessoas a não efectuarem os pagamentos obrigatórios», admite José Maia, director de Operações da Carris. A taxa de fraude média na empresa lisboeta ronda 3% e, para prevenir o seu agravamento, a Carris vai avançar com uma nova campanha de sensibilização junto dos clientes.
«Eventualmente vamos reforçar a equipa de fiscalização. Os valores de incumprimentos não são dramáticos, mas não deixam de nos preocupar», diz. A Carris fiscaliza 100 mil a 150 mil passageiros/ano, abrindo 1.660 autos de infracção mensais. Na STCP, que gere os autocarros no Porto, o clima é igualmente de apreensão, até porque a taxa de autos emitidos (multas passadas) «aumentou este ano, face a 2008 e 2009, para mais do dobro», segundo fonte oficial da operadora. A taxa de fraude ronda 3% a 5. O reforço da fiscalização é, por isso, «uma das medidas a ter em conta».
Fertagus pode fechar estações abertas
Também na Fertagus, responsável pelo comboio da ponte 25 de Abril, tem subido o incumprimento: desde 2007 até 2010, a taxa de fraude mais do que duplicou, fixando-se em 1,59%. «Estamos a estudar o fecho integral das estações abertas, criando alternativas para as necessidades existentes e permitindo que todos os utilizadores do comboio sejam controlados», explica a administradora-delegada, Cristina Dourado.
A adopção desta medida, que implica investimento na bilhética sem contacto, tem permitido à CP reduzir a incidência da fraude tanto em Lisboa como no Porto. Na linha de Sintra, onde o problema tem maior incidência, o incumprimento caiu de 6% em 2009 para 5% já em 2010. Nas restantes linhas de Lisboa, caiu para metade (de 4% para 2%), e no Porto ronda 4%-5%, «mas a tendência é de decréscimo».
«Para 2011 estão previstas acções que reforçam as medidas já adoptadas no sentido de dar continuidade ao combate à fraude, nomeadamente a intensificação das brigadas de fiscalização e a implementação de canais de acesso em mais 11 estações», avança fonte oficial da empresa pública.
A empresa que mais perde com a fraude, o Metropolitano de Lisboa -11,5 milhões de euros em 2009 - não vai reduzir as equipas de fiscalização, apesar dos cortes de 15% exigidos pelo Governo. O combate à fraude, que se tem mantido estável nos 4%, é uma das preocupações da empresa.
O SOL tentou obter respostas junto do Metro do Porto, mas não foi possível obter essa informação em tempo útil.
In SOL
A Cp não parece muito preocupada com esse problema, pois na estação da Cruz Quebrada e na estação de Santo Amaro as maquinas de venda de bilhetes estão avariadas a mais de 5 meses, e as bilheteiras estão sempre fechadas...
ResponderEliminarFonte:http://anossaterrinha.blogspot.com/2010/11/utentes-da-cp-sem-possibilidade-de.html
Nesse caso o fiscal vende os bilhetes a quem entre nessas estações.
ResponderEliminarSe fôr verdade essas percentagens, então os passageiros clandestinos tiveram uma diminuição abrupta. Ainda não há muito tempo a taxa de ilegalidade nas viagens andava pelos 10%.