“Há problemas ao nível do projecto de arquitectura em casos do tempo do PER, que é dos anos 90. Nalguns casos não foi dada suficiente atenção ao projecto de arquitectura. O projecto foi pensado de uma forma e usado de outra”, afirmou Roseta, arquitecta de profissão.
A vereadora, antiga bastonária da Ordem dos Arquitectos, exemplificou com o caso do conjunto residencial de Chelas ‘Pantera cor de Rosa’, afirmando: “Foi desenhado com aquelas grandes galerias porque a ideia era que funcionassem como área comum, mas cada um quis marcar o seu espaço e está cheio de cancelas. Se houvesse um incêndio era um sarilho para tirar as pessoas dali”.
Outros dos exemplos dados pela vereadora tem a ver com o número de saídas dos edifícios, apontando o caso do bairro Alfredo Bensaúde, onde “como havia duas saídas uma estava sempre rebentada” por causa dos “esquemas” ilegais de alguns moradores.
“O projecto de arquitectura deve ser elaborado à luz da realidade, do uso que o espaço vai ter e da população que o vai frequentar”, acrescentou.
Roseta falava nos Paços do Concelho, num encontro com jornalistas para apresentar o programa integrado de gestão e requalificação dos bairros municipais, geridos pela Gebalis, onde no total a autarquia estima que vivam mais de 90 000 pessoas.
Apesar de metade dos bairros municipais geridos pela Gebalis serem de construção recente (têm até 15 anos), muitos apresentam patologias construtivas recorrentes, nomeadamente infiltrações pelas coberturas e fachadas, além da degradação do revestimento.
Em muitos destes bairros a autarquia regista com alguma frequência, atos de vandalismo nos espaços comuns, elevadores, caixas de correio e campainhas.
Só em reparações e substituição de elevadores a Gebalis gastou entre 2003 e 2009 uma verba próxima dos 16 milhões de euros.
Para castigar quem estraga o património da autarquia, a vereadora da Habitação aprovou um despacho no final de Outubro que prevê a perda de direito às casas para quem vandalize ou impeça o uso dos fogos atribuídos pela autarquia
In Construir.pt
Helena Roseta disse:
ResponderEliminar“Há problemas ao nível do projecto de arquitectura em casos do tempo do PER, que é dos anos 90. Nalguns casos não foi dada suficiente atenção ao projecto de arquitectura. O projecto foi pensado de uma forma e usado de outra”, afirmou Roseta, arquitecta de profissão.
A vereadora, antiga bastonária da Ordem dos Arquitectos, exemplificou com o caso do conjunto residencial de Chelas ‘Pantera cor de Rosa’, afirmando: “Foi desenhado com aquelas grandes galerias porque a ideia era que funcionassem como área comum, mas cada um quis marcar o seu espaço e está cheio de cancelas. Se houvesse um incêndio era um sarilho para tirar as pessoas dali”.
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Ela pelos vistos não sabe que esses predios foram construidos pelo IGAPHE atraves do programa Fundo Fomento Habitação, e só com a extinção deste organismo passaram a fazer parte do património da CML.
E esses prédios nem sequer são dos anos 90, são dos 70 ou 80.
Ó senhora vereadora chame os bois pelos nomes, os edificios PER são maus.
ResponderEliminarE serviu para meia dúzia de arquitectos ditos de esquerda meterem umas dezenas de contos ao bolso numa altura em que não havia trabalho. Isto com a conivência de Silva Dias e Nuno Portas.
Existem vários edificios, de vários arquitectos esse de Gonçalo Birne é um deles, e os outros?
Não é necessário gastar esses milhões todos, bastava, colocar a Parque Expo essa mancha de óleo que deveria se estender para a zona oriental e não o faz.
Em vez disso serve para gente se servir e receber chorudos ordenados.
Alguns edificios do PER são bons.
ResponderEliminarExemplos:
Os predios do Largo Mario Neves. Os predos da Rua Raul Rego (que os ciganos partiram todos), os predios em tijolo da Rua Tito de Morais, os predios azuis e amarelos do Bº Marquês de Abrantes, os predios do Bº da Flamenga e talvez outros.
A falta de civismo é um problema transversal à sociedade e abrange ricos e pobres.
ResponderEliminarAliado à falta de civismo, existe outro grave problema, também ele transversal à sociedade, que é a desresponsabilização e o alimentar das coisas fáceis e de que a solução cai do céu.
Bem... se o projecto foi PENSADO de uma maneira e USADO de outra, dá a impressão de que a culpa é do uso que lhe deram e que foi consentido.
ResponderEliminarSe foi "pensado" de uma maneira e usado de outra é o arquitecto que errou.
ResponderEliminarMais nada.
O Arquitecto não tem que impor a sua forma de viver a terceiros e deveria respeitar os homens e as suas comunidades, a sua cidade, etc.
Infelizmente este arquitecto vai semeando mamarrachos por onde passa, basta ver Cascais.