Em termos urbanos a área da freguesia de S. Paulo é das mais interessantes de Lisboa. Pela proximidade do rio, do Cais do Sodré, da estação de comboios, pelos dramáticos viadutos pombalinos da Rua do Alecrim e por todo o desenho arquitectonico e urbano pombalino ainda bastante intacto. Mas apesar destes ingredientes, em teoria mais do que suficientes para a existência de um extraordinário bairro histórico europeu, tudo está mais morto que vivo. Porque está quase tudo degradado, em ruínas decadentes e sujas. É um cenário de doença terminal, aflitivo e deprimente. É a capital Lisboa no seu pior. Porque razão a República Portuguesa se mostra insensível, e tão incapaz, de curar, dar vida, numa palavra, HABITAR este notável bairro da capital?
Toda esta zona ribeirinha de Lisboa foi profundamente atingida pelo terramoto de 1755, tendo sido totalmente refeito o seu traçado urbano sob desenhos da Casa do Risco, criando-se uma praça rectangular com chafariz/obelisco central - a Praça de São Paulo. Na cabeceira poente da praça ergueu-se a paroquial, obra dirigida por Remígio Francisco de Abreu, assistente de Eugénio dos Santos. Atrás da praça, junto ao rio, criou-se em 1771 o novo mercado de S. Paulo, também chamado da Ribeira Nova.
A família do Marquês de Pombal possuía algumas propriedades nesta zona, tendo reconstruído os seus prédios, como aquele que fecha a praça a nascente, iniciativa do irmão de Pombal, Paulo de Carvalho e Mendonça. Deste facto resultou a designação toponímica da Rua Nova do Carvalho. Nesta zona há a destacar o grande quarteirão conhecido como Prédio dos Remolares erguido pelo Morgado de Oliveira, futuro Conde Rio Maior, genro do Marquês de Pombal.
Fotos: Travessa do Carvalho, Rua do Alecrim, Largo dos Stephens, Largo do Corpo Santo
"..para a existência de um extraordinário bairro histórico europeu"
ResponderEliminarPois, pois....matar a galinha de ovos de ouro é prioridade. Portugal não merece a sua história.
Depois de ter acusado o PSD e o CDS de despesismo na CML, Costa ainda consegue fazer pior. Segue o caminho dos empréstimos bancários para endividar mais a CML e os lisboetas. Mas não faz mal. Vai gastar para o ano 900 mil euros a construir um estádio de Rugby, que tanta falta faz aos habitantes da cidade, enquanto vê o estado degradado em que as ruas e passeios de encontram. Tristes lisboetas que não sabem fazer as escolhas acertadas.
ResponderEliminar"Pois, pois....matar a galinha de ovos de ouro é prioridade. Portugal não merece a sua história."
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A geração 25 de Abril (à qual eu não pertenço porque quando nasci já tinham passado 10 anos disso)quis um corte radical com o passado, que acusam de fascista, seja o Salazar ou os reis. A primeira republica até ia ao encontro do ideal politico dessa gente, mas como a falta de cultura histórica reina mais alto...
E depois lá está, que sai vitorioso dum golpe de Estado passa a contar a história à sua maneira, e o programa de história que o ministério da educação aprovou é totalmente politizado à esquerda.
Nem mais anónimo das 8:58. Mas o Estadio de Rugby faz falta.´Há muito poucos em Lisboa e a modalidade está em crescimento. Não nos podemos esquecer que cada clube tem o seu próprio estádio de futebol e na maioria, o terreno foi cedido pela câmara, no raguebi porque há de ser diferente?
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