07/01/2011

A importância do acesso automóvel para o comércio tradicional explicado às crianças

Repare-se na foto acima, com a Rua Morais Soares e uma das suas paralelas. A primeira tem comércio porta sim, porta sim. A segunda muito longe disso. E isto acontece para qualquer rua ou avenida central de Lisboa, seja a Av. de Roma, a Av. da Liberdade, a Rua Garrett, etc. quando comparadas com as vias secundárias próximas. Mas...

Para quem se desloca de carro, a facilidade de acesso a uma e outra é exatamente igual.

Para quem se desloca de carro, estacionar perto de uma ou da outra é exatamente o mesmo. A rua secundária até tem ocasionalmente a vantagem de se poder estacionar à porta das lojas.

As rendas na rua principal são bem mais altas do que na rua secundária.

Como se explica então esta enorme diferença na quantidade de comércio e de consumidores entre uma e outra?

O fundamental para o sucesso do comércio tradicional não é ter carros a passar ou a estacionar à porta, mas ter pessoas a passarem a pé e a pararem ocasionalmente, a verem as montras, a (re)conhecerem uma loja para uma compra no futuro. E os peões estão nas ruas principais porque é mais fácil de caminhar por elas, porque mais facilmente se chega a algum lado através delas, porque há paragens de autocarro, etc. O fundamental para o comércio local não é atrair carros, mas atrair peões.

Exemplos sobre isto não faltam, este texto tem vários exemplos inclusive dados que mostram como os próprios comerciantes estão enganados sobre o número de consumidores que vêm de carro.

7 comentários:

  1. E estão à espera que as pessoas vão acumulando os sacos ao passar por cada loja, e que consigam levar tudo para casa? É completamente impossível fazer as compras do mês desta forma. Este tipo de comércio já não é viável.

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  2. Anónimo9:51 a.m.

    Veja se compreende: nos centros comerciais também não há carros nos corredores.

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  3. Anónimo2:13 p.m.

    Enfim, por alguma razão umas são chamadas «principais» e outras «secundárias», mas isso deve ser obscuro para certas mentes.

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  4. AH AH Ah

    Estava a abrir a caixa de comentários e a pensar: "Deixa lá ver a asneirada que o Filipe vai dizer desta vez".

    Nunca vi pessoa mais desprovida de senso...

    Como é que alguém consegue refutar o óbvio? Qua onde as ruas são pedonais ou onde o peão é tratado como deve ser, o comércio tem mais clientes e as casas mais valorizadas?

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  5. Anónimo8:08 p.m.

    As vezes a natureza é coerente - felizmente algumas pessoas são tão néscias como o seu sorriso.

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  6. Anónimo11:56 a.m.

    a diferença está nas capacidades das ruas: umas são principais e possuem capcidades maios elevadas de suportar transito de carros e de pessoas. outras são secundárias; de resto, sãoeminentemente habitacionais.
    (conheço a zona muito bem, a comparação proposta não faz sentido)

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  7. Anónimo7:59 p.m.

    "É completamente impossível fazer as compras do mês desta forma."

    Explique isso então aos senhores da SONAE que nos seus centros comerciais não permitem a circulação automóvel nas ruas.
    Isto só mesmo visto, que a parvoíce é tanta que contada ninguém acreditava.

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