Chegado por e-mail:
«Boa noite
Gostaria de denunciar uma situacao que e recorrente na carris e que julgo ser uma falta de respeito para com os clientes.
Segue copia do meu e mail e resposta por parte da carris.
Exmo. Senhor
Marco Ferreira
Recepcionamos e agradecemos o e-mail que nos dirigiu, que mereceu a melhor atenção.
Nos transportes da Carris, a fiscalização de títulos de transporte e a sua operacionalização é da sua responsabilidade, nos termos da lei em vigor.
A acção de fiscalização decorreu nos termos definidos, de acordo com a informação recolhida. Nos termos da lei e para efeito do preenchimento do Auto de Notícia, a identificação é feita através da apresentação de documento de identificação (ex: Bilhete de Identidade). Na sua ausência pode ser um outro adulto a confirmar a sua identificação, co-responsabilizando-se. Não sendo possível obter a identificação conforme atrás referido, deverá ser a PSP a fazê-lo.
Todas as situações de infracção têm efeitos colaterais, não penalizando somente os seus protagonistas.
Cada cliente deverá tomar as precauções que entenda como as mais adequadas, de forma a garantir o tempo necessário nas suas deslocações para cumprir com as suas responsabilidades.
Sempre ao vosso dispor, apresentamos os melhores cumprimentos.
Pl’ O Provedor do Cliente
Agostinho Antunes
Gab. Provedor do Cliente
www.carris.pt
-----Mensagem original-----
De: Marco Ferreira [mailto:mflisboa@yahoo.com]
Enviada: terça-feira, 15 de Fevereiro de 2011 12:28
Para: :Atendimento (Linha Aberta); .SG/RP-Relações Públicas
Cc: decolx@deco.pt; municipe@cm-lisboa.pt; gmoptc@moptc.gov.pt
Assunto: Reclamação
Boa tarde,
Sou utente da Carris e uso com frequência a carreira 745 em deslocações de trabalho para o aeroporto.
Ontem, dia 14, deparei-me com uma situação extremamente desagradável e inconveniente.
Numa fiscalização de títulos de transportes um passageiro não possuía título de transporte ou identificação. Acontece que os dois revisores ( V. Arieiro e L. Ferreira) decidiram pura e simplesmente interromper a marcha do autocarro a fim de autuar o passageiro sem bilhete. Até aqui compreendo e aceito que estão a cumprir a sua função mas creio que seja de todo incorrecto e inaceitável pararem a circulação do autocarro a fim de identificarem a pessoa em questão e aplicarem o auto dado que é um serviço publico e existem mais pessoas que usam os transportes a fim de se deslocarem para o trabalho - como é o meu caso.
Agora pergunto-me caso tivesse chegado atrasado ao trabalho seria algum dos fiscais em questão ou algum departamento da Carris a responsabilizar-se pelo meu atraso e passariam alguma justificação à minha empresa? Não me parece que sejam aplicadas estas medidas quando se verificam estas situações.
Sugiro pois que alterem o sistema em que identificam passageiros sem título de transporte valido a fim de não prejudicar os demais utentes.
Com os melhores cumprimentos
Marco Ferreira»
Mesmo se tratando de uma situação hipotética, a resposta do provedor do cliente da Carris é verdadeiramente absurda e na linha da fuga à responsabilidade que é apanágio nos serviços públicos.
ResponderEliminarA obrigação da Carris, independentemente dos regulamentos internos que possam existir, é perturbar o mínimo possível os utentes que ao cumprirem com as suas obrigações (adquirindo o título de transporte), estão a contratualizar com a transportadora um serviço. Não é fazer todos os passageiros pagarem por pelo erro de um.
Se estivessemos de gente civilizada, a PSP deveria ser contactada via rádio e entre paragens, interceptar o autocarro na primeira paragem seguinte e retirar o infractor do veículo para identificação, perturbando o mínimo possível o trajecto e a marcha do veículo.
Como estamos numa terra de imbecis, toda a gente foi prejudicada, que é para aprenderem a não confiarem no serviço da Carris.
Na óptica do "ilustre" provedor do cliente da Carris, da próxima vez que o Marco Ferreira quiser utilizar o autocarro, saia com 2 horas de antecedência para precaver estas situações ou então não utilize a Carris, porque aqueles imbecis da Carris pelos vistos não perceberam que é o dinheiro dos passageiros que ajuda a pagar os seus ordenados (o resto vem dos contribuintes, o que vai dar mais ou menos ao mesmo).
O IMTT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, foi criado pelo Decreto-Lei n.º 147/2007, de 27 de Abril. Iniciou as suas actividades a 1 de Novembro de 2007, assumindo as atribuições de três organismos extintos.O IMTT prossegue atribuições do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações em matérias do sector dos transportes terrestres, incluindo as relacionadas com habilitação de condutores e de profissionais de transportes, certificação de veículos e de infra-estruturas ferroviárias, e assegurando a representação do Estado em organismos internacionais deste sector.
ResponderEliminarO IMTT integra uma Unidade de Regulação Ferroviária, dotada de autonomia funcional e competências em matéria de regulação económica e técnica deste subsector.
Missão No quadro das suas atribuições, e visando satisfazer as necessidades de mobilidade de pessoas e bens, o IMTT tem por missão regular, fiscalizar e exercer funções de coordenação e planeamento do sector dos transportes terrestres. O IMTT é também responsável pela supervisão e regulamentação das actividades deste sector, competindo-lhe a promoção da segurança, da qualidade e dos direitos dos utilizadores dos serviços de transportes terrestres.
nem sequer chegou atrasado mas decidiu reclamar. muito bem. mas será que reclama quando o autocarro ou eléctrico fica bloqueado por um carro mal estacionado e a carris demora a chamar o reboque? são essas reclamações que precisamos!
ResponderEliminarCaro anónimo, o dever de qualquer cidadão é cumprir com as suas obrigações e "ajudar" a melhorar a qualidade de serviço sempre que verificar que algo não está a ser bem feito.
ResponderEliminarO episódio descrito não teve consequências, é verdade, mas devemos reclamar apenas depois do mal acontecer? Bem sei que essa é uma característica bem portuguesa.
Não é mais lógico tentarmos antecipar as coisas más, para que elas sejam evitadas?
A reclamação enviada para a Carris pareceu-me bastante construtiva e visava chamar a atenção para um processo interno de trabalho que está a ser mal executado.
Temos de parar com a mania que quem reclama é chato ou não tem nada para fazer. É por pensarmos assim, que o país está como está e os políticos e organismos do estado são como são.
O que não foi construtivo foi a resposta infeliz do provedor do cliente da Carris. Se eu fosse o Presidente do CA daquela empresa, aquele provedor já estaria a fazer número numa qualquer fila de um qualquer centro de emprego.
Se o Anónimo acha que deve reclamar sempre que a Carris demora a chamar um reboque, faça-o, porque não?
A Carris não demora a chamar reboque, o reboque é que tarda em aparecer quando aparece.
ResponderEliminar"Cada cliente deverá tomar as precauções que entenda como as mais adequadas, de forma a garantir o tempo necessário nas suas deslocações para cumprir com as suas responsabilidades." Concordo. É por isso que decidi comprar carro. E desconfio que os outros milhares que entram de carro em Lx todos os dias são da mesma opinião.
ResponderEliminarExactamente Anónimo das 2:50PM.
ResponderEliminarO efeito prático da resposta infeliz desse infeliz provedor do cliente (da Carris) é esse mesmo, o que convenhamos é uma machadada em todas as campanhas de sensibilização que as entidades oficiais e a própria empresa têm vindo a fazer no sentido de incentivar a não utilização do automóvel.
Na minha opinião, esse provedor do cliente não está qualificado para exercer essa função.
a resposta desse senhor é inacreditável
ResponderEliminarFoi azar essa carreira não passar à porta duma esquadra, senão os fiscais tinham saido lá com o infrator.
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