Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
02/03/2011
Alterações à rede CARRIS
(clicar na imagem para para ver maior) In Carris.pt
Quem escolheu estas alterações é no minimo atrasado mental.
767 na Pontinha?!!! Só se fôr ás horas em que os carros saem e entram na estação! Já agora digam a que horas as varias chapas saem e recolhem. Eu sei algumas, mas 99,7% dos passageiros não sabe.
Boa acabam com o 768 e deixam as freguesias da Pontinha, Carnide e Eixo da Estrada de Benfica sem autocarro directo para o Hospital de Santa Maria que é o hospital que serve esta zona!!! Isto feito pelos mesmos que não querem carreiras sem rampas e de piso alto a passar à porta de hospitais!!! ...e mandam estas pessoas apanhar o 755 que tem um intervalo entre chapas de 22 minutos ao fim de semana e onde não poucas vezes andam atrasados e são cortados no H. S. Maria não chegando a Sete Rios!!!
Acabar o 39, uma carreira que apenas tem uma chapa e é usada pelos residentes idosos de Marvila para irem ás compras ao Mercado de Xabregas e ao Lidl!!! Agora carregam os sacos em dois autocarros!
O 92 ainda se compreende, já que a Carris nunca soube pôr horários memorizaveis nesta carreira e o seu potencial foi por água abaixo.
727 corte estupido. Os idosos do Bairro das Estacas e da Av de Roma ficam sem autocarro para a zona do Saldanha, ainda para mais apresentam como alternativa o 44 que circula pelo tunel da Av EUA, o que faz que só tenha paragens na Av Rio de Janeiro e em Entrecampos!!! Ao menos acabavam com o 738 ao fim de semana e prolongavam o 720 ao Alto de St Amaro e o 735 à Quinta dos Barros.
Na 752 dizem que a alternativa é o 753 para o centro da cidade!!! Ya, a maioria dos utentes desta carreira não se destinam à zona ocidental de Lisboa nem nada!!! Ao menos diziam a verdade, a alternativa a esta carreira é a empresa Transportes Sul do Tejo.
781 dão como alternativa as 28 e 725!!! E eu a pensar que o propósito desta carreira era ligar o eixo ribeirinho oriental aos Olivais Sul e ligar tambem os Olivais Sul ao Prior Velho e RALIS!!! Ao menos informavam que a ligação ribeirinha oriental continua a estar ligada aos Olivais Norte pela 759.
Não referem que da Zona das Torres de Lisboa para o Hospital de Santa Maria continua a existir 701...
Coitados dos alunos da Cidade Universitaria e funcionarios do Hospital de Santa Maria que vão ficar sem um transporte directo para lá duma das zonas mais populosas de Lisboa!!
Quanto ao corte da 799 lixam-se os habitantes mais novos da Quinta Grande que passam a ir a pé a partir do Bº do Zambujal. Obviamente que quando tiverem carta de condução passam a ir de carro. Está na altura de a partir dos 14 anos cravarem motas aos pais ou um mata-velhos.
Quanto ao 702, a Carris já tinha feito esse encurtamento, a população de Campolide protestou e voltaram a estender a carreira aos Restauradores, agora voltam a encurtá-la!!!
Ao menos aos dias uteis encurtavam de vez a 732 ao Saldanha (extinto terminal dos 49 e 108), já que na Av da Republica não faltam alternativas para Entrecampos, Forças Armadas e Hospital de Santa Maria. Já lhe conseguiam tirar umas 3 chapas e regularizar um pouco mais o percurso da carreira.
Quanto aos 7, e 780 acho bem acabarem pois têm alternativas.
Acho bem o corte na 706. Acho mal acabarem a 204. Ao menos punham um mini autocarro nesse percurso apesar do problema de ter cabine aberta. É que apesar dos problemas de insegurasnça dessa carreira, há pessoas de bem que precisam dela. Ou então escolham 4 Mercedes Sprinter para terem cabine fechada, que podem ser as que fazem serões nas 714 e 729 e depois de madrugada faziam a 204.
Quem estiver contra que bombardeie o provedor do cliente com criticas. Um amigo meu já mandou à bocado este mail para o Provedor do Cliente:
Ex. Senhor Provedor da Carris,
Venho por este meio expor o meu desagrado e repúdio pela supressão da carreira 7, cujo percurso poucas alterações sofreu desde 1951.
Antes de mais, gostaria de sublinhar, novamente, a inexplicável e lamentável atitude que a Carris tem assumido nos últimos meses sempre que suprime serviços: só oficializa o seu fim a poucos dias de se tornar realidade. Não existem justificações sérias para que se saiba previamente por rumores que o 7 ou outras carreiras vão deixar de circular daqui a três dias.
De facto, já assim foi em Junho de 2010, por altura da introdução da 3.ª fase da Rede 7, e há cerca de três semanas, quando o 1 foi descontinuado. Agora, o procedimento volta a repetir-se. Estranhamente, se em Junho se antecipavam as férias de Verão, agora estamos à porta do Carnaval. Será este um pretexto para a Carris introduzir subtilmente estas desastrosas alterações, sem que muitos as conheçam? Efectivamente, provoca menos agitação… Contudo, no nosso país, esta infeliz (des)comunicação já é bem habitual e antiga: afinal de contas, também em 1992 os comboios no Tua foram “roubados” durante a noite… O que mudou deste então?
No que diz respeito ao 7, é irónico que a Carris justifique a sua supressão pela existência de uma alternativa mais rápida entre o Campo Grande e Odivelas, através da ligação do Metropolitano de Lisboa (ML). Curiosamente, este empreendimento já existe há quase sete anos. Ainda assim, nem todos os comboios do ML se destinam a Odivelas. Será que se manteve ao acaso o 7 a circular em 2004? Paralelamente, as alternativas internas que a Carris agora disponibiliza já existiam todas por então. Para além do 36, a norte de Avenida do Brasil, já circulava também o 35, a sul desta artéria. Genericamente, para além do próprio 67, existia ainda o 33, já extinto. Ambos cobriam o eixo da Avenida de Roma e do Campo Grande. Será que o 7 se tornou numa carreira dispensável sem se alterarem as circunstâncias?
Por outro lado, o Lumiar perdeu desde então inúmeras alternativas de percurso. Com efeito, em 2004, cinco das sete carreiras que atingiam a paragem do Hospital Pulido Valente, junto à qual resido, destinavam-se a sul do Campo Grande. Apesar de os percursos do 1, do 36, do 47 e do 108 serem comuns, havia quatro carreiras que alcançavam a zona do Campo Pequeno. Por outro lado, o 7 sempre se manteve como um alternativa fiável ao ML, no eixo da Almirante Reis. Agora, para alcançar o Campo Pequeno existe apenas o 36. Apesar de o actual 701 ter aberto percursos para Sete Rios e para Campo de Ourique, o 47, e em especial o 108, foram discutivelmente encurtados ao Campo Grande. Agora, o Lumiar fica sem o 7. Sem ele, só dois autocarros passam a cruzar a fronteira psicológica do Campo Grande. Pior ainda é ao fim-de-semana, em que passamos a ter apenas um, o 36. Será que a oferta de transportes na zona melhorou?
Se o Lumiar perde uma importante ligação ao eixo da Almirante Reis, a Praça do Chile não fica melhor. Com efeito, se até há um ano efectuavam terminal neste local o 7, o 10, o 16 e o 17, agora passam apenas a alcançar esta zona da cidade o 10, cuja vida já não deverá prolongar-se muito, e o actual 717. É uma redução de 50%. Um pouco mais acima, na Alameda, até há cerca de um ano, cruzavam a paragem da Avenida Guerra Junqueiro o 7, o 16, o 718 e o 720. A partir de sábado, só se vai manter o 720. Neste caso, a redução ainda é maior: chega aos 75%. Nesta nevrálgica zona da cidade, agora subavaliada pela Carris, não existe agora complementaridade entre carreiras: quem vem do 716 de Benfica não consegue alcançar o percurso do 718 sem efectuar mais de dois transbordos. Será que faz sentido a decapitação desta zona e a perda de mais uma ligação?
Ao longo de vários anos, tive oportunidade de circular no 7 às mais diversas horas. Apesar de se constatar uma quebra de procura a meio do dia, como sucede em grande parte ou mesmo em todas as carreiras, à hora de ponta o 7 nunca falha. Consegue sempre manter o seu intervalo entre chapas de sensivelmente 15 minutos e nunca circula propriamente deserto. Será que os responsáveis por esta decisão alguma vez circularam no 7? Ou estarão confortavelmente instalados nos seus gabinetes a planear o que não conhecem?
De resto, convém ainda salientar que o 7 circula até ao Cais do Sodré ao início da manhã. Sem a sua existência, que carreira irá assegurar este percurso, num horário em que o ML ainda não abriu? De igual forma, será que a única carreira que cruza parcialmente o eixo da Almirante Reis e do Rossio, o 708, é suficiente, mesmo durante o dia, para cobrir a procura de passageiros numa zona tão importante? A existência da linha verde do ML não impede por si só que exista uma alternativa coerente à superfície. Aliás, o percurso entre Entre Campos e os Restauradores também é servido pelo ML e tem quatro carreiras da Carris, o 36, o 44, o 732 e o 745, a complementá-lo. Curiosamente, a procura não se pode dizer fraca, razão pela qual duas dessas carreiras são asseguradas inclusivamente por articulados da última geração. E muitas vezes circulam coladas uns aos outros, à excepção do 732, cujo percurso é ligeiramente distinto. Será que o fim do 7 não poderia ser evitado com a sua extensão ao Cais do Sodré, tal como sucede de manhã?
Depois, ainda temos o argumento da certificação e da Rede 7. Escreve hoje a Carris que “cerca de 70% do número total de carreiras da rede são certificadas” e que “se encontram em curso os trabalhos necessários para a certificação de mais sete carreiras, a alcançar no final do 1.º semestre do corrente ano”. De que serve a certificação? Então o 7 não era certificado? É suprimindo várias carreiras já certificadas que a Carris ainda vem anunciar como boa a certificação? De facto, a certificação não passa de uma manobra ridícula, tal como a Rede 7. Dois dos autocarros que vão terminar, o 752 e o 780, já se encontravam afectos à Rede 7. O primeiro tem inclusivamente apenas 18 meses de vida. E fazia crer a Carris que os veículos pertencentes à Rede 7 se encontravam isentos de “perigo”?
A tudo isto, devo ainda acrescentar que se os tempos não são fáceis para a Carris, também não o são para os habitantes das zonas urbanas. O incremento do transporte público não advém de cortes cegos nas mais diversas carreiras. O incremento do transporte público não se faz à custa de mais transbordos, que agravam os tempos de percurso, tal como sucede na zona da Praça do Chile ou na da Alameda, entre outras. O incremento do transporte público não se faz à custa do desrespeito pelos passageiros, muitos deles idosos, que perdem uma importante ligação no eixo da Avenida de Roma com o fim do 7. O incremento do transporte público faz-se sim com a criação de uma autoridade supra-empresarial, idónea e isenta, que cumpra o serviço público e aposte na mobilidade e na complementaridade entre os mais diversos meios de transporte, sem eliminar as sobreposições necessárias. Será tão difícil de compreender?
Quem escolheu estas alterações é no minimo atrasado mental.
ResponderEliminar767 na Pontinha?!!! Só se fôr ás horas em que os carros saem e entram na estação! Já agora digam a que horas as varias chapas saem e recolhem. Eu sei algumas, mas 99,7% dos passageiros não sabe.
Boa acabam com o 768 e deixam as freguesias da Pontinha, Carnide e Eixo da Estrada de Benfica sem autocarro directo para o Hospital de Santa Maria que é o hospital que serve esta zona!!! Isto feito pelos mesmos que não querem carreiras sem rampas e de piso alto a passar à porta de hospitais!!! ...e mandam estas pessoas apanhar o 755 que tem um intervalo entre chapas de 22 minutos ao fim de semana e onde não poucas vezes andam atrasados e são cortados no H. S. Maria não chegando a Sete Rios!!!
Acabar o 39, uma carreira que apenas tem uma chapa e é usada pelos residentes idosos de Marvila para irem ás compras ao Mercado de Xabregas e ao Lidl!!! Agora carregam os sacos em dois autocarros!
O 92 ainda se compreende, já que a Carris nunca soube pôr horários memorizaveis nesta carreira e o seu potencial foi por água abaixo.
727 corte estupido. Os idosos do Bairro das Estacas e da Av de Roma ficam sem autocarro para a zona do Saldanha, ainda para mais apresentam como alternativa o 44 que circula pelo tunel da Av EUA, o que faz que só tenha paragens na Av Rio de Janeiro e em Entrecampos!!! Ao menos acabavam com o 738 ao fim de semana e prolongavam o 720 ao Alto de St Amaro e o 735 à Quinta dos Barros.
Na 752 dizem que a alternativa é o 753 para o centro da cidade!!! Ya, a maioria dos utentes desta carreira não se destinam à zona ocidental de Lisboa nem nada!!! Ao menos diziam a verdade, a alternativa a esta carreira é a empresa Transportes Sul do Tejo.
781 dão como alternativa as 28 e 725!!! E eu a pensar que o propósito desta carreira era ligar o eixo ribeirinho oriental aos Olivais Sul e ligar tambem os Olivais Sul ao Prior Velho e RALIS!!! Ao menos informavam que a ligação ribeirinha oriental continua a estar ligada aos Olivais Norte pela 759.
Não referem que da Zona das Torres de Lisboa para o Hospital de Santa Maria continua a existir 701...
Coitados dos alunos da Cidade Universitaria e funcionarios do Hospital de Santa Maria que vão ficar sem um transporte directo para lá duma das zonas mais populosas de Lisboa!!
Quanto ao corte da 799 lixam-se os habitantes mais novos da Quinta Grande que passam a ir a pé a partir do Bº do Zambujal. Obviamente que quando tiverem carta de condução passam a ir de carro. Está na altura de a partir dos 14 anos cravarem motas aos pais ou um mata-velhos.
Quanto ao 702, a Carris já tinha feito esse encurtamento, a população de Campolide protestou e voltaram a estender a carreira aos Restauradores, agora voltam a encurtá-la!!!
ResponderEliminarAo menos aos dias uteis encurtavam de vez a 732 ao Saldanha (extinto terminal dos 49 e 108), já que na Av da Republica não faltam alternativas para Entrecampos, Forças Armadas e Hospital de Santa Maria. Já lhe conseguiam tirar umas 3 chapas e regularizar um pouco mais o percurso da carreira.
Quanto aos 7, e 780 acho bem acabarem pois têm alternativas.
Acho bem o corte na 706. Acho mal acabarem a 204. Ao menos punham um mini autocarro nesse percurso apesar do problema de ter cabine aberta. É que apesar dos problemas de insegurasnça dessa carreira, há pessoas de bem que precisam dela. Ou então escolham 4 Mercedes Sprinter para terem cabine fechada, que podem ser as que fazem serões nas 714 e 729 e depois de madrugada faziam a 204.
Quem estiver contra que bombardeie o provedor do cliente com criticas.
ResponderEliminarUm amigo meu já mandou à bocado este mail para o Provedor do Cliente:
Ex. Senhor Provedor da Carris,
Venho por este meio expor o meu desagrado e repúdio pela supressão da carreira 7, cujo percurso poucas alterações sofreu desde 1951.
Antes de mais, gostaria de sublinhar, novamente, a inexplicável e lamentável atitude que a Carris tem assumido nos últimos meses sempre que suprime serviços: só oficializa o seu fim a poucos dias de se tornar realidade. Não existem justificações sérias para que se saiba previamente por rumores que o 7 ou outras carreiras vão deixar de circular daqui a três dias.
De facto, já assim foi em Junho de 2010, por altura da introdução da 3.ª fase da Rede 7, e há cerca de três semanas, quando o 1 foi descontinuado. Agora, o procedimento volta a repetir-se. Estranhamente, se em Junho se antecipavam as férias de Verão, agora estamos à porta do Carnaval. Será este um pretexto para a Carris introduzir subtilmente estas desastrosas alterações, sem que muitos as conheçam? Efectivamente, provoca menos agitação… Contudo, no nosso país, esta infeliz (des)comunicação já é bem habitual e antiga: afinal de contas, também em 1992 os comboios no Tua foram “roubados” durante a noite… O que mudou deste então?
No que diz respeito ao 7, é irónico que a Carris justifique a sua supressão pela existência de uma alternativa mais rápida entre o Campo Grande e Odivelas, através da ligação do Metropolitano de Lisboa (ML). Curiosamente, este empreendimento já existe há quase sete anos. Ainda assim, nem todos os comboios do ML se destinam a Odivelas. Será que se manteve ao acaso o 7 a circular em 2004? Paralelamente, as alternativas internas que a Carris agora disponibiliza já existiam todas por então. Para além do 36, a norte de Avenida do Brasil, já circulava também o 35, a sul desta artéria. Genericamente, para além do próprio 67, existia ainda o 33, já extinto. Ambos cobriam o eixo da Avenida de Roma e do Campo Grande. Será que o 7 se tornou numa carreira dispensável sem se alterarem as circunstâncias?
Por outro lado, o Lumiar perdeu desde então inúmeras alternativas de percurso. Com efeito, em 2004, cinco das sete carreiras que atingiam a paragem do Hospital Pulido Valente, junto à qual resido, destinavam-se a sul do Campo Grande. Apesar de os percursos do 1, do 36, do 47 e do 108 serem comuns, havia quatro carreiras que alcançavam a zona do Campo Pequeno. Por outro lado, o 7 sempre se manteve como um alternativa fiável ao ML, no eixo da Almirante Reis. Agora, para alcançar o Campo Pequeno existe apenas o 36. Apesar de o actual 701 ter aberto percursos para Sete Rios e para Campo de Ourique, o 47, e em especial o 108, foram discutivelmente encurtados ao Campo Grande. Agora, o Lumiar fica sem o 7. Sem ele, só dois autocarros passam a cruzar a fronteira psicológica do Campo Grande. Pior ainda é ao fim-de-semana, em que passamos a ter apenas um, o 36. Será que a oferta de transportes na zona melhorou?
(continua)
(continuação)
ResponderEliminarSe o Lumiar perde uma importante ligação ao eixo da Almirante Reis, a Praça do Chile não fica melhor. Com efeito, se até há um ano efectuavam terminal neste local o 7, o 10, o 16 e o 17, agora passam apenas a alcançar esta zona da cidade o 10, cuja vida já não deverá prolongar-se muito, e o actual 717. É uma redução de 50%. Um pouco mais acima, na Alameda, até há cerca de um ano, cruzavam a paragem da Avenida Guerra Junqueiro o 7, o 16, o 718 e o 720. A partir de sábado, só se vai manter o 720. Neste caso, a redução ainda é maior: chega aos 75%. Nesta nevrálgica zona da cidade, agora subavaliada pela Carris, não existe agora complementaridade entre carreiras: quem vem do 716 de Benfica não consegue alcançar o percurso do 718 sem efectuar mais de dois transbordos. Será que faz sentido a decapitação desta zona e a perda de mais uma ligação?
Ao longo de vários anos, tive oportunidade de circular no 7 às mais diversas horas. Apesar de se constatar uma quebra de procura a meio do dia, como sucede em grande parte ou mesmo em todas as carreiras, à hora de ponta o 7 nunca falha. Consegue sempre manter o seu intervalo entre chapas de sensivelmente 15 minutos e nunca circula propriamente deserto. Será que os responsáveis por esta decisão alguma vez circularam no 7? Ou estarão confortavelmente instalados nos seus gabinetes a planear o que não conhecem?
De resto, convém ainda salientar que o 7 circula até ao Cais do Sodré ao início da manhã. Sem a sua existência, que carreira irá assegurar este percurso, num horário em que o ML ainda não abriu? De igual forma, será que a única carreira que cruza parcialmente o eixo da Almirante Reis e do Rossio, o 708, é suficiente, mesmo durante o dia, para cobrir a procura de passageiros numa zona tão importante? A existência da linha verde do ML não impede por si só que exista uma alternativa coerente à superfície. Aliás, o percurso entre Entre Campos e os Restauradores também é servido pelo ML e tem quatro carreiras da Carris, o 36, o 44, o 732 e o 745, a complementá-lo. Curiosamente, a procura não se pode dizer fraca, razão pela qual duas dessas carreiras são asseguradas inclusivamente por articulados da última geração. E muitas vezes circulam coladas uns aos outros, à excepção do 732, cujo percurso é ligeiramente distinto. Será que o fim do 7 não poderia ser evitado com a sua extensão ao Cais do Sodré, tal como sucede de manhã?
Depois, ainda temos o argumento da certificação e da Rede 7. Escreve hoje a Carris que “cerca de 70% do número total de carreiras da rede são certificadas” e que “se encontram em curso os trabalhos necessários para a certificação de mais sete carreiras, a alcançar no final do 1.º semestre do corrente ano”. De que serve a certificação? Então o 7 não era certificado? É suprimindo várias carreiras já certificadas que a Carris ainda vem anunciar como boa a certificação? De facto, a certificação não passa de uma manobra ridícula, tal como a Rede 7. Dois dos autocarros que vão terminar, o 752 e o 780, já se encontravam afectos à Rede 7. O primeiro tem inclusivamente apenas 18 meses de vida. E fazia crer a Carris que os veículos pertencentes à Rede 7 se encontravam isentos de “perigo”?
(continua)
continuação...
ResponderEliminarA tudo isto, devo ainda acrescentar que se os tempos não são fáceis para a Carris, também não o são para os habitantes das zonas urbanas. O incremento do transporte público não advém de cortes cegos nas mais diversas carreiras. O incremento do transporte público não se faz à custa de mais transbordos, que agravam os tempos de percurso, tal como sucede na zona da Praça do Chile ou na da Alameda, entre outras. O incremento do transporte público não se faz à custa do desrespeito pelos passageiros, muitos deles idosos, que perdem uma importante ligação no eixo da Avenida de Roma com o fim do 7. O incremento do transporte público faz-se sim com a criação de uma autoridade supra-empresarial, idónea e isenta, que cumpra o serviço público e aposte na mobilidade e na complementaridade entre os mais diversos meios de transporte, sem eliminar as sobreposições necessárias. Será tão difícil de compreender?
já telefonei, ontem, a deixar o meu protesto pelo cancelamento, ao fim-de-semana, do 727.
ResponderEliminarBoa. =)
ResponderEliminarNão vai servir de nada porque a resposta deles é que a decisão está tomada e não vai ser alterada, mas calar é o pior remédio.
Rodrigo disse...
ResponderEliminarjá telefonei, ontem, a deixar o meu protesto pelo cancelamento, ao fim-de-semana, do 727.
4:36 PM
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E o quê que eles argumentaram por telefone?