In Jornal de Notícias (1/4/2011)
«Cerca de 100 mil pessoas em Lisboa estão expostas a níveis de ruído "superiores ao legalmente estabelecido", segundo o director do departamento de controlo ambiental da Câmara de Lisboa, na apresentação do mapa de ruído da capital.
Numa apresentação pública do Mapa Estratégico de Ruído de Lisboa, João Canêdo disse, quinta-feira, que "cerca de cem mil pessoas estão expostas a níveis de ruído superiores ao permitido legalmente".
Segundo o Regulamento Geral de Ruído, publicado em Diário da República a 17 de Janeiro de 2007, nas zonas mistas (que misturam serviços com habitação) os níveis de ruído não podem passar os 65 dB (decibéis - valor que representa uma média ponderada do ruído durante as 24 horas do dia) e os 55 dB (representa o ruído médio no período nocturno, entre as 23 horas e as 7 horas).
João Canêdo disse que cerca de 100 mil pessoas estão expostas a níveis de ruído superiores a 65 dB, o que equivale a um ruído, contínuo, de 24 horas, semelhante ao que se passa num escritório aberto ("open space"), explicou à agência Lusa.
Comparando os valores de ruído, o engenheiro do ambiente disse que 80 dB já são equiparados ao barulho existente num bar e os 110 dB ao som de um motor de avião.
O director daquele departamento autárquico, que elaborou o Mapa Estratégico de Ruído de Lisboa, disse que estes valores acima do permitido legalmente encontram-se "junto aos principais eixos viários" da capital, como o Eixo Norte-Sul, a CRIL (Cintura Rodoviária Interna de Lisboa) e a 2.ª Circular, mas também na Baixa ou nas principais avenidas da cidade.
Além do tráfego rodoviário, João Canêdo disse que outros dois dos grandes causadores de ruído na capital são o tráfego aéreo e as zonas de diversão nocturna, como o Bairro Alto, as Docas em Alcântara ou a zona de bares do Parque das Nações.
Depois de o Mapa Estratégico de Ruído de Lisboa ter sido aprovado para integrar o Plano Director Municipal (PDM) da capital, agora em discussão, e na Assembleia Municipal, a Câmara iniciou agora a elaboração de um plano de acção para reduzir o ruído.
"Já temos cerca de 40 medidas em caixa", disse o responsável do departamento de controlo ambiental da Câmara de Lisboa.
No caso da redução do ruído proveniente do tráfego rodoviário, admite-se a redução de velocidade em algumas vias, a alteração do piso, a colocação de barreiras acústicas e a diminuição do tráfego com o aumento do uso dos transportes públicos.
Nas zonas de diversão nocturna as medidas pensadas passam pela redução do horário de abertura de bares e cafés, mas também pela proibição de beber na rua.
Já no que diz respeito aos ruídos provenientes do tráfego aéreo e ferroviário, a Câmara terá de acordar medidas com as entidades governamentais competentes.»
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Pois, realmente o que falta é acção.
Este problema existe por toda a Europa. No norte, fala-se disto há décadas, mas soluções...nem sombra. Sendo o tráfego uma das principais fontes de ruído existem outros que incomodam ainda mais como as ventilações mecânicas de habitações, restauração, etc. A maioria dessas a funcionar 24 horas por dia gerando frequências não muito propícias ao descanso. Quem quiser (bom) sono nocturno...que se pire da cidade
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