In Sol Online (7/1/2011)
«Vereadores da oposição na Câmara de Lisboa acusam a maioria liderada pelo PS de querer impor orientações «excessivas» para a instalação de esplanadas da Baixa, como o tamanho das ementas, considerando que as indicações são, afinal, um regulamento.
O executivo aprovou na quarta-feira uma isenção do pagamento de taxas de licenciamento a esplanadas «sem referência a qualquer tipo de publicidade», característica indicada num «conjunto de critérios orientadores» definido pela autarquia e a «aguardar aprovação» do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar).
«O documento é tão pormenorizado e impositivo que só pode ser um regulamento, por isso tem de ir a debate público e ser discutido na assembleia municipal. E para alterar as esplanadas já legalizadas tem de ter a força de um regulamento», disse Ruben de Carvalho.
Embora não se oponha à requalificação das esplanadas, o comunista considera que o documento chega a atingir o «ridículo» ao indicar, por exemplo, que «cada uma só pode ter toalhas de uma única cor ou que os menus não podem exceder um A4».
Além disso, explicou, «é obrigatório» que os comerciantes se adaptem aos critérios até ao próximo dia 21.
«É de facto um regulamento e é exageradamente minucioso. Esta uniformidade é atroz, chega-se a determinar a cor dos guardanapos e dos chapéus-de-sol», comentou Vítor Gonçalves, único vereador social-democrata a votar contra (os restantes abstiveram-se), que contesta a definição de uma faixa de apenas 80 centímetros «na maior parte das ruas».
Para o autarca, era fundamental ter já o parecer do Igespar e comprovativos das conversações que a câmara afirma ter tido com os empresários da restauração, e deveria existir já uma fiscalização eficaz para evitar desconformidades com a lei.
Vítor Gonçalves entende ainda que, a nível do mobiliário (cadeiras, mesas e toldos), os critérios orientadores parecem compor «o catálogo de uma empresa».
António Carlos Monteiro, do CDS, também teme que possam surgir «problemas de concorrência» em relação aos fornecedores de mobiliário.
«Indicar como modelos determinados tipos de equipamento, com fotografias que excluem os outros, é excessivamente regulamentador e põe em causa a concorrência. Devia haver regras claras e as pessoas deviam ser livres de escolher», sustentou o vereador.
Lusa/SOL»
...
Esta notícia dá vonta de rir: as esplanadas de Lisboa são do pior que a cidade tem, e esta intervenção na Baixa, que apenas peca por tardia, deve servir de mote a toda a cidade (aliás, o conceito de Baixa neste caso devia ter em conta os limites físicos, não do PP Baixa, mas os naturais, i.e., as esplanadas dos Restauradores e das Portas de Santo Antão, no mínimo, deviam fazer parte também deste pacote agora aprovado pela CML).
Subentende-se, das declarações de quem se opõe a este regulamento, ou o que for, que quem as profere gosta de ver e estar em esplanadas manhosas, desordenadas, repletas de publicidade, envoltas em telões plásticos, com tv e rádios a debitarem décibeis imbecis, de ver papéis pelo ar e pelo chão, cadeiras, mesas e toldos fruticolor e de materiais beras; extravasando os limites físicos a que a Lei obriga (sim, porque já há lei, só que ninguém cumpre).
Podem falar doutras coisas no que toca ao espaço público, mas deste regulamento só têm que aplaudir e incentivar para que se vá mais longe. Ah, é verdade, olhem que a maioria esmagadora das esplanadas de Lisboa está ... ILEGAL!
Comunistas e o conceito de disciplina ou regras não coabitam lá muito bem...
ResponderEliminarPois eu acho muito bem e tenho a ideia de que na Coreia do Norte é assim que se usa: tudo da mesma cor.
ResponderEliminarO Zé, realmente, fazia lá imensa falta.
Gostaria de saber o que o seu padrinho Arq. Ribeiro Telles achará desta medida que se impunha.
Estas esplanadas estão inseridas em património e como tal, têm que seguir determinadas regras. Quem não gostar, que as feche e faça os seus negócios nos suburbios.
ResponderEliminarEsta cidade tem poucas esplanadas e as que tem são muito más, indignas, beras e desprestigiantes.
ResponderEliminarSó como exemplo vejam Berlim. Deve ser das cidades com mais esplanadas, sendo igualmente uma das mais verdes. Mas não têm o nosso clima e no entanto insistem em fazer da cidade um das urbes mais sociais e dinâmicas.
Aqui é só problemas: o mobiliário é péssimo e cheio de publicidade, nas ruas residenciais não é possível - em Berlim existem cartazes a apelar ao civismo de quem usa as esplanadas e caso não seja cumprido as pessoas são convidadas a sair - aqui onde há esplanadas há muito lixo nas ruas e a maior parte são abarracamentos exteriores.
Na Grécia, onde se vive na rua, por vezes vê-se uma mesa e duas cadeiras porque não há espaço para mais e todas as esplanadas são bonitas. Mas que cidade é esta? Os portugueses precisam de sair mais!
...já para não falar do incessante assédio dos "vendedores" ambulantes de óculos escuros contrafeitos, das Romenas com o insuportável cartaz com um sem fim de doenças que usam como distracção para roubarem as pessoas, os dealers de haxixe, os pedintes, a falta de asseio, o chão sempre imundo, loiças e copos sem qualidade e lascados, carteiristas...
ResponderEliminarClaro que sim, deve-se melhorar as esplanadas mas que seja feito em toda a Lisboa e não só a norte da Rua do Comercia até a Praça D. Pedro IV. Ainda ontem quando passeava pela Praça da Figueira deparei-me com uma vedação de arbustos que circundava contentores do lixo camarários pertencentes aos estabelecimentos do Pateo da Galé... As regras devem ser para todos...
ResponderEliminarA ideia é boa, como quase sempre, mas podia ser melhorada nas regras.
ResponderEliminarConcordo com a medida. Vamos ver se é cumprida.
ResponderEliminarEntão e os menus não podem ser em A3 ou mesmo A5?
ResponderEliminarALELUIA! Estas regras, que são na essência iguais ao que já se faz no resto da Europa desenvolvida, só peca pela demora. Veremos é se vai haver fiscalização e vontade política para implementar estas regras de disciplina...
ResponderEliminarAplausos para esta medida!
ResponderEliminarPróximo passo URGENTE: correr com os podres vendedores ambulantes de haxixe e afins por toda baixa.
ORA VIVA MUITO BEM, QUE REGRAS SEJAM FEITAS,DE ACORDO, MAS PARA TODOS...MELHOR SERIA EM VEZ DE REGRAS, UM PROJECTO ESTIPULADO COM CLASSE PARA TODOS, E NAO A BARRACARIA QUE EXISTE NA RUA AUGUSTA,,A MAIORIA..ATE EXISTE UMA PUXADA DE LUZ QUE VEM DE UM TOPO DE UM PREDIO E QUE ATRAVESSA A FAMOSA RUA AUGUSTA...UMA VERGONHA..NUMA DAS MAIS BONITAS RUAS DE LISBOA..LUZ SO PARA ALGUNS..POR FAVOR TENHAM DO.COMECEM POR LIMPAR A RUA DE ASSALTANTES E VENDEDORES DE DROGA, OS ESTRANGEIROS QUE TRAZEM DIVISAS PARA O PAIS SAO ASSALTADOS..SOUBE DE 4 CASOS SO NUMA TARDE NUMA ESPLANDA..TURISTAS QUE FICARAM SEM NADA..POR FAVOR MAIS POLICIAMENTO..NAO SOMOS UMA BAIXA DE CAPITAL DO 3 MUNDO
ResponderEliminar