12/04/2011

PORTUGAL BRAND = TERCEIRO MUNDO ?


Estela Barbot: Portugal está a ser “visto como país do Terceiro Mundo”

A economista Estela Barbot, que é conselheira do Fundo Monetário Internacional (FMI), está preocupada com a imagem externa do país, que diz estar a ser associado ao “terceiro mundo”. “O ponto a que chegámos está a afectar a imagem do país, das empresas e a credibilidade do país cá fora. Portugal está a ser visto como um país de terceiro mundo. Como portuguesa, estou preocupada”, diz Estela Barbot, citada pelo site da Agência Financeira.Estela Barbot, a única portuguesa conselheira do FMI, responsabiliza José Sócrates pela situação do país, pois “gastámos o que não tínhamos e vamos pagar esse preço”. Considera também que o pedido de resgate era a única “solução”, o que terá como consequência que o país ficará estagnado ou em recessão por “muito tempo”. in PÚBLICO

Fotos: Lisboa degradada, desqualificada, desorganizada - Picheleira, Freguesia do Beato. Já tinhamos uma capital repleta de cenários de Terceiro Mundo, agora o país todo está ser certificado como de Terceiro Mundo - graças, em boa medida, à classe política incompetente que tem ocupado o poder nas últimas décadas.

16 comentários:

  1. Não sei bem porque se espantam tanto...

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  2. Há muito que Portugal é visto como terceiro mundo, ou pelo menos como um cantinho esquecido à beira-África que não interessa e que é muito mal frequentado.
    Obviamente é uma imagem injusta mas que até percebo.

    Ao contrário do que se diz neste post, não culpo própriamente a classe política. Culpo principalmente o povo português. Os políticos que temos são resultado do povo que temos. E o povo que temos é realmente equivalente ao do terceiro mundo. Os portugueses são bons escravos lá fora e um povo incapaz de produzir alguma coisa de relevante. Podem sempre falar de exemplos que são exceção, mas esses são uma minoria. Uma minoria muito pequena e sem qualquer peso numa sociedade medíocre, saloia, provinciana, analfabeta e analfabruta que só se interessa ou se destaca no futebol, típico do terceiro mundo.

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  3. A culpa não é dos politicos, é dos eleitores que neles votaram.

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  4. impressionante em tudo isto é o fmi ter por concelheira esta senhora (que se deveria ter ficado pela "caras" ou pela conversa de café própria do "fala com elas"). é o descrédito total, mas do próprio fmi.
    e enfim, também do país a partir do coquettismo das suas supostas elites.

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  5. O preocupante, preocupante....é que estas duas fotografias poderiam ter sido tiradas em 1961
    (grandes partes de Lisboa já eram assim). Se este cenário não mudou em 50 anos....

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  6. Essa "suposta elite" a que o anónimo das 11:37 se refere é ainda mais culpada do que "o povo." É uma elite ainda mais mediocre mas que se acha importante até ser reduzida à sua insignificância fora de Portugal. São os tais empresários com as suas "trophy wives" em eventos sociais, em certos restaurantes de Lisboa ou a voar na executiva na TAP mas a quem nem um fato e gravata faz milagres, as tais familias nobres mas falidas que se vêem a sair do grande auditório da Gulbenkian ou a fazer compras nas Amoreiras. Gente que se destaca na pequenês de Portugal mas sem qualquer brio, classe ou capacidade.
    Gente que na escala internacional é miserável.
    Gente que permite que as suas cidades sejam cenários de terceiro mundo porque não é aí que vivem e isso é o habitat da plebe.
    Mas esta gente nem sempre vive nos condomínios fechados sem alma ou sem personalidade como eles próprios -- por vezes também vivem em apartamentos com marquises e chegam aos mais altos cargos da República.

    É por isso que gente realmente capaz, sai deste país. Resta-nos esperança em alguns "estrangeirados" com alguma coragem como no tempo do Marquês de Pombal.

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  7. Claro que é um país do 3º mundo. Quando se gastam 900 mil euros em Lisboa a fazer um estádio de rugby e se dá 1 milhão de euros para requalificar edifícios antigos a cair aos bocados, espaços públicos e ajudar projectos comunitários em vários bairros de Lisboa, o que queriam que se pensasse? A CML gasta mal e desnorteadamente. Mas a culpa é dos doidos que votaram em tão tamanho absurdo (orçamento participativo de 2010 e PS).

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  8. O PSD é a mesma merda que o PS.

    Só mudam as moscas porque a merda é sempre a mesma.

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  9. Concordo em parte com o Xico205, mas os maiores culpados ainda são aqueles que nem sequer se dignam sair de casa no dia das eleições.
    No dia 05 de Junho, saiam de casa e votem! Votem nos partidos, votem em branco, votem nulo, mas façam qualquer coisa.
    A partir do dia 6 de Junho sejam mais interventivos, exigentes e actuantes.
    O país precisa de uma nova mentalidade e de mudar radicalmente hábitos, conceitos e sistemas insituídos sabe-se lá por quem e para quê.
    No dia em que cada um de nós mudar os péssimos hábitos acumulados nos últimos 30 anos, procurando uma postura mais participativa, interventiva e exigente, vão ver que aclasse política vai também mudar, porque "eles" somos "nós" e "nós" somos "eles".
    Não é própriamente o core deste blog, mas o destino de Portugal naturalmente também interessa à cidade de Lisboa.

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  10. Para votarem em branco ou votarem nulo mais vale irem logo para a praia de manhãzinha.

    Ganhe quem ganhar já se sabe que quem vai governar é o FMI, por isso estas eleições não servem mesmo para nada. Acredito na maior abstenção de sempre, então se o bom tempo ajudar à festa...

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  11. não me parece que seja necessário votar nulo ou branco para perceber o descontentamento geral.
    a abstenção dos últimos anos, ao contrário do que subliminarmente se quer sistematicamente justificar, não se deve sobretudo a preguiça. deve-se à desistência de um sistema verdadeiramente fechado em si mesmo e à incrível incompetência e irresponsabilidade (mais até do que corrupção) de quem faz dele um modo de vida.
    por isso, Luís Alexandre, não reconheço qualquer superioridade moral no facto de ir votar. pelo contrário - quando não me reconheço em nenhuma proposta (se é que há ainda verdadeiras propostas) vale exactamente o mesmo que ir votar.

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  12. Anonimo das 10:32 tem razão.


    Se Portugal está na merda a culpa é de quem votou. Quem não votou não elegeu os responsaveis pela porcaria que foi feita ao longo dos anos.

    Ate agora votei sempre, mas nunca votei nos responsaveis pela porcaria em que está transformado Portugal por isso sacudo a agua do "pacote".

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  13. Meus caros, eu chamo ao acto de não votar - porque tudo é uma porcaria - uma demonstração de cobardia e irresponsabilidade.
    O Xico diz que nunca votou nos responsáveis pela porcaria e por isso sacode a água do "pacote". Deixe-me lembrar lhe caro Xico que, ou imigra para um país rico ou vai pagar na mesma como os outros.
    Adiantou-lhe de muito se eventualmente não tiver ido votar!!!
    O voto de protesto não é ir para a praia no dia das eleições, é votar, mesmo que seja em branco ou nulo.
    Eu continuo a achar que uma coisa é 60% dos eleitores não votarem outra coisa bem diferente seria se 60% dos eleitores votassem em branco ou nulo. Mas é de "cordeirinhos" assim que os partidos gostam, porque não têm de fazer reflexões, nem tirar lições da resposta dos eleitores.
    Concluem que são todos uma cambada de preguiçosos e por isso podem continuar a fazer a porcaria toda que lhes apetece ... fui !!!

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  14. Sim, eu vou pagar (que remedio); não me sinto culpado mas pago.

    Aliás só atingi a maioridade em 2002 e grande parte da factura que está por pagar é da decada de 90. E nessa altura os meus pais até tinham dinheiro e eu andei em colegios privados.

    Mas tendo em conta que desde os 16 anos trabalho para sustentar a casa e outros membros da familia, que não tenho nenhum dever de o fazer mas faço, por isso pagar contas que não são minhas é o que mais estou habituado a fazer. As do Estado são só mais uma.

    Ah, e ressalvo o que já disse, desde que há eleições votei sempre (apesar de não ser adepto da democracia e de toda a porcaria que ela trouxe).

    Mas tendo em conta que votos uteis (em candidatos oficiais) são somente 20 ou 30 por cento a cada eleição não sei porquê que se mantem a democracia, quando a esmagadora maioria dos cidadãos não se revê nela,e bastantes já ultrapassaram os 30 anos sem nunca se terem sequer recenseado.

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  15. Caro Xico, sei o que sente, porque sinto o mesmo, mas no dia em que achar que faça o que fizer, não adianta de nada, no dia em que constatar que mesmo mudando a minha vida e os meus hábitos (como fiz desde há um ano quando me começei a preparar para esta intervenção externa, apenas porque tinha um mau feeling), continuo a ser penalizado, pode ter a certeza que o próprio país deixa de ser uma alternativa credível para mim e para a minha família.
    Estive 16 anos fora de Portugal, pelo que (apesar da idade) não me custa voltar a emigrar.
    A minha pátria é onde me sinto bem e onde eu e os meus somos bem tratados.

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