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22/04/2011
Quiosques com caipirinhas e bolo de chocolate para animar a Av. da Liberdade
Quiosques com caipirinhas e bolo de chocolate para animar a Av. da Liberdade por Ana Henriques in Publico
No Verão de 2008, a Câmara Municipal de Lisboa prometeu substituir os velhos quiosques que mandou retirar do local no prazo de um ano, mas afinal foi preciso esperar quase três
Cinco novos quiosques com refeições leves, bolo de chocolate e caipirinhas vão abrir na Avenida da Liberdade no início de Maio.
RICARDO SILVA O responsável pela empresa que ganhou o concurso para a concessão e construção lançado pela Câmara de Lisboa explica que as esplanadas vão funcionar de manhã à noite todos os dias da semana. “Garanto que a avenida nunca mais vai ser a mesma”, promete Bernardo Delgado, que tem apenas 27 anos e está à frente de uma firma do ramo alimentar que vai estrear-se com este negócio, a Banana Café. A abertura dos quiosques coincide com o surgimento de uma feira mensal de rua na mesma artéria. Aos segundos sábados de cada mês, a avenida será invadida por alfarrabistas, antiquários e outros comerciantes.
No Verão de 2008, o vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes, mandou retirar da avenida dois dos três quiosques ali existentes, com a promessa de os substituir no prazo de um ano. Há muito que nenhum deles pagava a renda à autarquia. Um estava sempre fechado, o outro tinha entrado em decadência. Só que, até agora, a substituição nunca teve lugar. Das velhas estruturas metálicas da avenida manteve-se apenas o restaurante Trimar, defronte do elevador da Glória. Será mais tarde substituído por um quiosque de crepes.
Sá Fernandes tem justificado os atrasos na abertura dos novos estabelecimentos com a necessidade que houve de repetir os concursos para a concessão, por forma a introduzir melhorias no caderno de encargos e “eliminar a subjectividade toda”.
Pizzas e crepes
O quiosque dos crepes irá juntarse, em Novembro, aos outros cinco que abrem agora em Maio: o do Melhor Bolo de Chocolate do Mundo (é uma marca registada que não deixa os seus créditos por mãos alheias), também com pastelaria e gelados; o de tapas de produtos portugueses, vinhos regionais e cachorros quentes gourmet; o das comidas italianas ( pizzas e bruschettas do restaurante Maritaca, do chef Fausto Airoldi); e dois outros com batidos de fruta e vegetais frescos, wraps, saladas e cones de frutos secos.
Todos funcionarão das 9h às 23h, horário que se prolongará até às 2h às quintas, sextas e sábados. “Os almoços e pequenos-almoços constituirão o principal negócio”, explica Bernardo Delgado, que quer também que a avenida se torne “um novo destino nocturno da cidade, mais leve e familiar” do que o vizinho Bairro Alto.
“O preço médio de refeição vai rondar os seis euros”, assegura. “E haverá animação constante dia e noite, para as pessoas saírem dos centros comerciais e virem para aqui passear”.
Rendas de 1250 euros
Os Quiosques Liberdade, como foram baptizados, têm um formato muito próximo do tradicional, por exigência da Câmara de Lisboa. Já foram colocados nos sítios onde irão ficar: entre a Alexandre Herculano e os Restauradores. Abertas ao público, as suas casas de banho usarão água reciclada das máquinas de lavar. Já as esplanadas propriamente ditas, de 60 metros quadrados, terão guarda-sóis de lona branca, sem referências publicitárias. “Será tudo o mais minimalista possível”, diz Bernardo Delgado, que irá pagar ao município por cada quiosque uma renda mensal de 1250 euros. No entanto, em Julho passado a Câmara de Lisboa tinha anunciado uma mensalidade mínima de três mil euros. O dono do Banana Café diz que a sua empresa foi a que ofereceu a renda mais alta, “mas o preço-base era de 500 euros mensais”.
A concessão é por dez anos, renováveis por mais seis. E, embora a abertura esteja prevista para o início de Maio, a inauguração oficial dos espaços só terá lugar a meio do mês.
O PÚBLICO tentou obter mais pormenores sobre a concessão junto da autarquia, mas sem sucesso.
Já era sem tempo, a Avenida estava mesmo a precisar de mais esplanadas e os quiosques vão promover mais vida na Avenida, espero eu! Mas….
ResponderEliminarParece que ninguém se apercebeu de dois aspectos importantes que podem por em causa os objectivos e expectativas que todos nós temos:
1-Os passeios servem para passear, portanto qualquer obstáculo, mesmo sendo um quiosque, impede a normal passagem para quem está a passear. Além do mais não se compreende como é que tiveram tanta preocupação em introduzir WC’s para pessoas com mobilidade condicionada, dentro dos quiosques, mas tão pouca preocupação com o acesso até eles. Não sei se reparam mas a dimensão dos quiosques ocupam totalmente o passeio!
2-A perspectiva da Avenida (a sua característica principal) foi simplesmente eliminada.
Se queriam imitar o antigo, ao menos que tivessem a inteligência de imitar também a escala e localização dos quiosques antigos. Os quiosques antigos não eram de certeza pequenos porque os portugueses antigamente eram pequeninos! mas tinham a dimensão proporcional ao passeio e ao contexto em que se inseriam.
Se queriam introduzir bares, pizzarias, pastelarias, etc com dimensões gigantes então estas, naturalmente, como em qualquer rua de qualquer cidade, deveriam estar no res-do-chão dos edifícios que delimitam a avenida. As esplanadas, pelo contrario, poderiam muito bem localizarem-se nos passeios centrais, no problem!
Temos a mania das grandezas, no Largo Camoes e Principe Real locais com espaço existem quiosques com sucesso para quê estes monstros. O Sá que fazia falta anda destraído isto é uma pouca vergonha, um desastre.
ResponderEliminarRealmente, vê-se bem na fotografia publicada o montro que são; por onde é que passam as pessoas, pela rua?...
ResponderEliminarNão digam disparates, há mais que espaço para se passar, isto é da prespectiva da foto.
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