( por Ines Boaventura in Publico )
A Câmara de Lisboa aprovou ontem, com a oposição dos vereadores Victor Gonçalves (PSD) e António Carlos Monteiro (CDS), a proposta para arrendar o piso térreo da ala nascente do Terreiro do Paço por 50 anos. António Costa classificou como “injustas” as críticas que têm sido feitas ao negócio e defendeu que foi dado “um passo muito importante para que este passe a ser o Terreiro do Povo”.
“Há anos que o município tinha a ambição de libertar estes espaços e devolvê-los à cidade. E a melhor forma é sermos nós a geri-los”, disse o presidente da autarquia aos jornalistas. Além disso, frisou António Costa, o negócio com a Frente Tejo vai ser feito por “um bom preço”: a autarquia vai pagar 11.500 euros mensais por todo o piso térreo da ala nascente, enquanto o torreão poente (com três pisos destinados a restauração) vai ser concessionado por aquela sociedade estatal a um privado por 20 mil euros por mês.
Quanto ao facto de a autarquia antecipar o pagamento de 2,5 milhões de euros de rendas, o autarca admitiu que a Frente Tejo precisa desta verba para iniciar a requalificação da Ribeira das Naus já este ano, não perdendo assim fundos comunitários. “É muito urgente arrancar com esta obra. É uma vergonha para a cidade o estado em que se encontra”, salientou António Costa.
Os argumentos do presidente não convenceram Victor Gonçalves, que vincou que a Frente Tejo não só tem extinção prevista para o final deste ano (conforme os seus estatutos) como “é uma empresa do Estado em falência, que não tem meios para levar a cabo as obras com que se comprometeu”. O vereador social-democrata também contrariou a tese de que o arrendamento do piso térreo é um bom negócio: segundo Victor Gonçalves, é a câmara que vai pagar as obras para permitir a instalação de negócios no local e é a Associação Turismo de Lisboa que vai explorar o espaço e recolher as mais-valias.
Na reunião camarária de ontem foram também aprovados os documentos estratégicos das intervenções de requalificação da Doca de Pedrouços, do Cais de Santos e do Parque Ribeirinho Oriente (entre o Poço do Bispo e o Parque das Nações). Zonas da cidade onde, explicou António Costa, se vai conciliar o uso portuário com a fruição do espaço público, conforme acordado com a Administração do Porto de Lisboa.
Entretanto, toda a zona ribeirinha do Terreiro do Paço ao Cais-do-Sodré é a vergonha do Lisboeta.
ResponderEliminar(isto para não falar das maleitas do próprio TdP lá pespegadas pela gestão do Costa do Intendente).
Há que por cobro à destruição da identidade de Lisboa.
ResponderEliminarO homem piorou desde que foi parao Intendente com o dinheiro que nos é roubado.
Isto não tem fim ?????
Das duas uma ou os socialistas têm a mania das grandezas, pois o Marquês de Pombal também queria transformar transformar o Terreiro do Paço no Forum do Povo de Lisboa, mas ficou só o nome de Praça do Comercio, ou Salgado com a mania que é o marquês conseguiu convencer o demagogo do Antonio Costa, já o convenceu a mudar-se para o Intendente com custos bem elevados.
ResponderEliminarTenham juízo já basta de bandalheira.
É uma vergonha ter este homem como presidente da câmara. Gastou mais em propaganda e cartazes a convencer os lisboetas que o terreiro do paço ia ser uma obra bestial do que a fazer a obra. Com o resultado à vista. Ficou tudo em estado de guerra por muitos anos mais, e com horas de filas de trânsito nos dois sentidos, inutilmente criadas.
ResponderEliminarMas a que propósito vão fundos comunitários subsidiar uma obra completamente tola e que a invernia se encarregará, e muito bem, de mandar para o galheiro?
ResponderEliminarQuem permitiu essa atribuição de fundos ou é totó ou foi ludibriado...