In Sol Online (17/6/2011)
«Campo de Ourique é o bairro lisboeta com a maior acessibilidade pedonal e de transportes públicos a serviços, num conjunto de seis bairros da cidade, segundo um estudo do Instituto Superior Técnico (IST) apresentado hoje.
Segundo a coordenadora do projecto InSity - Indicadores de Mobilidade Urbana, Ana Vasconcelos, é possível concluir que «Campo de Ourique tem a melhor acessibilidade pedonal e de transportes públicos e o bairro de São Miguel a melhor acessibilidade de carro», num conjunto de seis bairros, que também envolveu Restelo e Parque das Nações Sul, Norte e Centro.
Ana Vasconcelos sublinhou que o objectivo era «definir indicadores de acessibilidade numa escala urbana inferior a dois quilómetros», ponderando os custos para o utilizador (tempo e distância) e os impactos ambientais.
«A acessibilidade é o esforço que se tem de fazer para chegar a determinado destino, a facilidade com que conseguimos chegar à localização que pretendemos. É diferente de mobilidade: podemos ter muita mobilidade e pouca acessibilidade, se temos uma auto-estrada à porta e não nos servir a localização que pretendemos e podemos ter muita acessibilidade sem mobilidade e chegar a um serviço de compras, por exemplo, através da Internet», explicou Ana Vasconcelos.
Neste caso, explicou à Agência Lusa a também investigadora do IST, a acessibilidade significa «a facilidade com que se chega aos serviços preestabelecidos: farmácia, padaria, mercearia e escola primária». Neste estudo foi contabilizado «o tempo e a distância».
Assim, para chegar a uma farmácia em Campo de Ourique um cidadão vai demorar a pé uma média de 4,2 minutos e percorrer uma distância de 320 metros, enquanto que de carro demora 11,2 minutos e faz 760 metros e de transportes públicos 11,1 minutos e 540 metros.
A equipa do IST contou com uma dupla de voluntários para transportar uma mochila com vários instrumentos de medições - que apelidaram de MoveLab (Laboratório em movimento) – «que contava os tempos de deslocação, fazia a georreferenciação e as partículas de dióxido de carbono causadas» em cada uma das deslocações: a pé, de carro individual ou de transportes públicos.
O estudo teve ainda em conta que «o tempo perdido nas passadeiras com semáforo» nos percursos a pé, «o tempo à procura de estacionamento» nas deslocações de carro individual e o «tempo de espera do transporte público».
No fundo, salientou Ana Vasconcelos à Agência Lusa, a acessibilidade nestes bairros acaba por ser «uma mistura», que «permite a maior capacidade de chegar ao serviço, juntando distância, tempo percorrido, mas também os serviços que existem».
A investigadora lembrou que em Campo de Ourique há «um comércio de rua muito forte, as pessoas andam muito a pé e há uma grande pressão no estacionamento» o que também pode contribuir para as conclusões do estudo.
Outra das conclusões do InSity foi que «o impacto ambiental de usar o carro com baixas velocidades e 'a frio' representa um aumento significativo na produção de dióxido de carbono no local».
O estudo, financiado pela Fundação de Ciência e Tecnologia, foi iniciado há cerca de quatro anos.
Lusa/SOL»
Acessos bons tem durante uns cinco dias cinco a Avenida da Liberdade...
ResponderEliminarÉ uma pena as ruas estarem com um esfalto péssimo, os passeios cheios de buracos, lixo por todo o lado e um jardim Praça S. João Bosco num estado verdadeiramente vergonhoso. É uma pena que um bairro tão típico e bom esteja neste estado. E já agora, a segurança também já foi melhor, em particular com a confrontação com a Possidónio da Silva. Era de esperar que a Câmara fizesse mais do que faz.
ResponderEliminarDivulgado aqui:
ResponderEliminarhttp://mobilidadesuave.org/lisboa-indicadores-de-mobilidade-urbana/