Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
28/06/2011
"Do Urbanismo Comercial aos Centros Comerciais a céu aberto - novas formas de gestão do centro das cidades"
Um artigo de João Barreta, publicado na Revista URBE deste mês, a ler AQUI.
O tema é interessante e procura soluções com base nos problemas actuais. Aquilo que se pretende está directamente ligado a práticas de desenho urbano baseado nas teorias modernistas que tendem a destruir a rua da forma como a conhecemos, ou seja lojas ao longo do passeio e edificios com frente para a rua (em oposição por exemplo ao desenho urbano da Avenida EUA em Lisboa). No fundo sem o dizer, o artigo releva para a importância do desenho urbano tradicional, e demonstra que os Centros Comerciais são de facto um cancro para a cidade, tal como o planeamento ou desenho urbano modernista. Justamente porque os Centros Comercias prejudicam a cidade e destroem as suas naturais relações de (con)vivência de uma determinada zona devem ser estes a serem tributados com taxas suplementares pois não participam (e furtam-se) à vida da "cidade". Da mesma forma o poder local, as autarquias deveriam de imediato reverem os seus planos directores, alterarem ou suspenderem a aprovação de Centros Comerciais ou de projectos urbanos que pretendem a "destruição da rua", como diria Lewis Mumford, o exemplo do projecto de Renzo Piano na frente Rio em Marvila é exemplo disso; a sua aprovação é hoje quase uma necessidade de não só para os investidores mas também para resolver os problemas de desertificação nas franjas do projecto urbano da Expo ou Parque das Nações, oferecendo mais habitação e um elevado numero de fogos, quando afinal a própria rede viária local já está totalmente desajustada e saturada.
Outro exemplo que deveria ser reflectido é a introdução do El Corte Inglês que obrigou a autarquia a elevadas alterações na envolvente em consequência dos picos de procura desta grande superficie comercial.
A analise dos vários exemplos de más práticas do desenho urbano, tipo Centros Comerciais Colombos, mega shoppings-Vasco da Gama/Corte Inglês ou office parks-Tagusparks, levam a concluir que o desenho urbano não pode ser condicionado por práticas economicistas e ou de fluxos de tráfego, pois afectam toda a cidade. Podemos então concluir que a solução para a Baixa de Lisboa (centros historicos) não são despendiosos e megalomanos projectos de espaços publico mas sim a introdução mais habitação e reabilitação de edificios habitacionais.
Os Centros Comercias, Office Parks (ou Campus de Justiça por exemplo) devem pagar uma elevada Taxa Municipal pois não só não contribuem para a valorização da Cidade, como são consumidores de elevados recursos financeiros e ambientais. Será assim de futuro!
O tema é interessante e procura soluções com base nos problemas actuais.
ResponderEliminarAquilo que se pretende está directamente ligado a práticas de desenho urbano baseado nas teorias modernistas que tendem a destruir a rua da forma como a conhecemos, ou seja lojas ao longo do passeio e edificios com frente para a rua (em oposição por exemplo ao desenho urbano da Avenida EUA em Lisboa).
No fundo sem o dizer, o artigo releva para a importância do desenho urbano tradicional, e demonstra que os Centros Comerciais são de facto um cancro para a cidade, tal como o planeamento ou desenho urbano modernista.
Justamente porque os Centros Comercias prejudicam a cidade e destroem as suas naturais relações de (con)vivência de uma determinada zona devem ser estes a serem tributados com taxas suplementares pois não participam (e furtam-se) à vida da "cidade".
Da mesma forma o poder local, as autarquias deveriam de imediato reverem os seus planos directores, alterarem ou suspenderem a aprovação de Centros Comerciais ou de projectos urbanos que pretendem a "destruição da rua", como diria Lewis Mumford, o exemplo do projecto de Renzo Piano na frente Rio em Marvila é exemplo disso; a sua aprovação é hoje quase uma necessidade de não só para os investidores mas também para resolver os problemas de desertificação nas franjas do projecto urbano da Expo ou Parque das Nações, oferecendo mais habitação e um elevado numero de fogos, quando afinal a própria rede viária local já está totalmente desajustada e saturada.
Outro exemplo que deveria ser reflectido é a introdução do El Corte Inglês que obrigou a autarquia a elevadas alterações na envolvente em consequência dos picos de procura desta grande superficie comercial.
A analise dos vários exemplos de más práticas do desenho urbano, tipo Centros Comerciais Colombos, mega shoppings-Vasco da Gama/Corte Inglês ou office parks-Tagusparks, levam a concluir que o desenho urbano não pode ser condicionado por práticas economicistas e ou de fluxos de tráfego, pois afectam toda a cidade.
Podemos então concluir que a solução para a Baixa de Lisboa (centros historicos) não são despendiosos e megalomanos projectos de espaços publico mas sim a introdução mais habitação e reabilitação de edificios habitacionais.
Os Centros Comercias, Office Parks (ou Campus de Justiça por exemplo) devem pagar uma elevada Taxa Municipal pois não só não contribuem para a valorização da Cidade, como são consumidores de elevados recursos financeiros e ambientais.
Será assim de futuro!