In I Online (14/6/2011)
«Dentro de dois meses avançam as obras para requalificar a Av. Ribeira das Naus, que vai ter jardins e uma praia fluvial
Dentro de dois meses, a zona da Praça do Comércio, em Lisboa, vai estar outra vez de pantanas. Até ao fim do Verão começam os trabalhos para requalificar a área envolvente da Avenida Ribeira das Naus. Primeiro vieram as obras da estação de metro do Terreiro do Paço, depois chegaram os esgotos e agora será a vez de uma praia fluvial e jardins ocuparem a frente ribeirinha do Tejo.
São 10 milhões de euros suportados pela Sociedade Frente Tejo (capitais públicos), fundos europeus (3,5 milhões) e ainda pela câmara municipal para construir em terra e ainda conquistar 18 metros de terrenos ao rio.
Ter uma praia na Baixa de Lisboa e ainda passear por quatro hectares de espaços verdes colados ao rio não vai acontecer para já. Segundo explicou ao i fonte da autarquia, concluir a requalificação da Ribeira das Naus demorará "pelo menos um ano", podendo até estender-se por "mais algum tempo dado a complexidade da obra". Demorando mais ou menos tempo, espera-se que a zona ribeirinha seja devolvida aos lisboetas e turistas até à época balnear de 2012. Só que antes disso, será preciso eliminar um grande obstáculo - o trânsito. Para isso, a Avenida Ribeira das Naus terá de ser desviada através de uma estrada paralela ao rio e à praia fluvial, suportada por estacas metálicas enterradas a mais de 30 metros de profundidade.
Dois pontões, colocados nas extremidades da plataforma, vão suportar a rampa rodoviária, que vai entrar pelo rio adentro. Será portanto um viaduto destinados aos peões, bicicletas e automóveis com cerca de 200 metros, rodeado de água pelos dois lados. Estacas cravadas até à rocha e uma grande laje que vai roubar 18 metros de terrenos às águas do Tejo, vão dar estabilidade à praia fluvial. As áreas pedonais e de lazer vão estar alternadas entre zonas relvadas, calçada branca e ainda espaços cobertos de basalto.
Outros planos. A reabilitação da Ribeira da Naus é só um dos três projectos planeados para as zonas que, em Junho de 2010, deixaram de estar sob a alçada da Administração do Porto de Lisboa (APL) e passaram para a gestão da Câmara de Lisboa. Na área da Junqueira/Belém, por exemplo, já começou a ser construído o edifício onde ficará o Museu Nacional dos Coches; e para o Poço do Bispo/Matinha está planeado um espaço verde de uso público, ligado ao novo parque urbano do Oriente.
Das seis áreas sem uso portuário que passaram para a autarquia, há três zonas com projectos ainda em fase de estudo. Na área envolvente à Torre de Belém, a câmara quer reconverter o espaço verde para actividades de lazer. O espaço envolvente ao Espelho de Água, junto ao Museu de Arte Popular, será igualmente requalificado.
A autarquia pretende ainda repensar a função da Praça do Cais do Sodré com o objectivo de articular o rio e a parte alta da cidade. Estas são as áreas administradas pela câmara de Lisboa, mas o acordo com a APL prevê ainda uma gestão partilhada de outros três espaços.
A Doca de Pedrouços é um deles e vai receber em 2012 a Volvo Ocean Race, a mais importante regata com escala mundial. Neste local deverá manter--se o "Edifício da Lota", que será reconvertido. A requalificação inclui ainda o desmantelamento dos viadutos metálicos entre a Avenida de Brasília e a Avenida da Índia, que serão substituídos por "micro túneis".
Na área envolvente ao Cais de Santos está prevista a demolição de alguns edifícios industriais sem interesse arquitectónico. Esta zona terá ligação, através de passagens pedonais, com as áreas dos Planos da Boavista Nascente e Poente, onde a EDP vai ter a sua nova sede e está projectada uma urbanização de Carrilho da Graça, arquitecto que vai também a redesenhar a área para onde estiveram previstas as Torres de Norman Foster.
A última área de gestão conjunta - o Parque Oriente - conta com três grandes operações urbanísticas: os Jardins Braço de Prata (Renzo Piano), o Loteamento da EDP (antiga Tabaqueira) e o Plano de Pormenor da Matinha, que prevê a reconversão dos antigos gasómetros.
Com Lusa »
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Aquilo está um tal desespero que toda e qualquer obra é bem-vinda, aquilo já não se suporta. Mas vou ter imensa pena dos plátanos da Marinha, e das rampas tontas que insistem em manter no projecto. Volto ao princípio, aquilo como está é um caos, uma vergonha e um nojo.
Isto no que toca à Ribeira das Naus. Porque no que toca aos outros projectos, a ver vamos.
Fixe! Nadar numa água totalmente poluída, cheia de rochas e outros calhaus que provavelmente ninguém vê para cortarem os pés.
ResponderEliminarMais uma Praia igualzinha á lixeira chamada Ponta do Mato no Seixal.
É uma obra que não lembra ao careca e que o mau tempo, quando chegar, porá obviamente de pantanas.
ResponderEliminarPor outras palavras, dinheiro atirado ao rio...
Adenda: na zona de Santos, foi iniciada a contrução de um enorme barracão, que arruinou completamemente a vista para o rio que se tinha da Av. D. Carlos I.
ResponderEliminarSó que a obra parou há meses sem conta e agora se limita a ser espaço predilecto para grafiteiros.
Nem imagino a quantidade de massa (suponho que privada, mas desconheço se houve de outras origens...) que ali foi enterrada.
Enfim, projectos falhados é coisa que não falta.
Obra muito boa para se poderem apanhar corvinas à mão...
ResponderEliminarTirem eses loucos da cadeira do poder.
Mas quem paga estas loucuras do Presidente da Câmara ?
ResponderEliminarSe está sujo, é limpar.
Com o pouco dinheiro que têm mandem reparar o telhado do Museu da Cidade que mete água, e mandem pintar as janelas do referido Museu, bem como as do Palácio Galveias, uma vergonha para o Turismo na cidade.
Afinal, quando é que a Troika põe mão nisto ?????
O PS e o PSD são iguazinhos a estoirar dinheiro em inutilidades, mas votam sempre nesses não votam? Então não se queixem. Só têm o que a maioria escolheu.
ResponderEliminarSe aqui alguem se pode queixar sou eu. Mas os estupidos que votaram no PS e no PSD são os primeiros a criticar o bom senso da CDU. Os eleitores quiseram levar o país e várias autarquias à falência, então que vá tudo pelo cano abaixo. Democracia é a vontade da maioria, se a maioria quis isto então que seja assim.
...e quem estiver contra é um porco fascista ou então um comuna do bota abaixo.
ResponderEliminarEu lembro-me de ver uns projectos e renders ha uns tempos e até achei a proposta interessante mas 'rampa rodoviária até ao rio' e 'praia fluvial' não me agradam. Carros é o que há mais em lisboa, querem leva-los para o tejo agora? E, não sei onde é que esse projectista tem andado mas basta ver o lixo vindo do tejo ali na doca do poço do bispo e o lodo que enche a foz do trancão para não me dar vontade de entrar em contacto com àguas do tejo.
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