In I online (25/8/2011)
«EMEL encaixou 983 mil euros com bloqueios e reboques em 2010. No ano anterior foi cerca de um milhão de euros
A Empresa Pública Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL), tutelada pela Câmara Municipal de Lisboa, tem um passivo de quase 27 milhões de euros. De acordo com o relatório e contas de 2010, o passivo aumentou 3,3 milhões face ao ano anterior.
A rubrica que mais pesa nas contas da empresa é a dívida aos fornecedores, de 13 milhões, mais três milhões que em 2009.
Já o valor recebido pela empresa em forma de financiamentos mantiveram-se ao mesmo nível, representando 3,7 milhões de euros. Por diferimentos - despesas contabilizadas este ano, mas só são pagas no ano seguinte - o passivo regista 738 mil euros, e ao Estado e outras entidades públicas, a EMEL deve 328 mil. Soma-se a estes valores quase três milhões de euros de contas pendentes.
Apesar do exercício positivo com resultados líquidos de 537 mil euros apresentado pela empresa, sem a transferência de milhões de euros por parte da Câmara Municipal de Lisboa (CML), a EMEL, assim como a maioria das empresas municipais, apresentariam resultados negativos. Os autarcas são obrigados, por lei, a cobrir os valores negativos das empresas municipais e por isso injectam milhões de euros nos seus cofres. Mesmo assim, não é suficiente para travar o crescimento dos passivos, que se têm agravado de ano para ano.
despesas O maior gasto de 2010 da empresa foi com fornecedores e serviços externos. Este custo representou 59% das despesas, sendo que quase 4 milhões (dos 22,5 milhões totais) se destinaram ao "fee" anual de concessão, taxa que a empresa tem que pagar à CML enquanto concessora dos parques de estacionamento. O valor que a empresa municipal deve à câmara à conta destes "fees" tem vindo a acumular-se, atingindo já os 4,6 milhões.
À semelhança do que acontece noutras empresas municipais, também nesta empresa os gastos com o pessoal representam uma fatia significativa da despesa. Em 2010, a EMEL gastou 7,8 milhões de euros em salários e outras despesas com pessoal, um aumento de 8,2% em relação a 2009. Este acréscimo é explicado com a entrada de 30 agentes de fiscalização na empresa, o que veio aumentar para 375 os trabalhadores empregues pela EMEL em 2010.
Mais 159% em multas Ainda segundo o relatório e contas de 2010 da EMEL, os lisboetas pagaram o ano passado um total de 23 milhões de euros - mais 16,8% que em 2009 - à conta de parques e lugares de estacionamento que a empresa gere. Deste total, 1,1 milhões de euros dizem respeito a contra-ordenações pagas pelos condutores, um salto de 159% face aos valores de 2009, ano em que a EMEL cobrou 430 mil euros neste tipo de punições - pré-reboque, digamos.
Já quanto ao encaixe da empresa com bloqueios e reboques, este sofreu uma quebra de 1,7% no ano passado, tendo contribuído com 983 mil euros para as contas da EMEL. Em 2009 os lisboetas e outros azarados gastaram perto de um milhão de euros com reboques e bloqueios.»
Já viram o que esses cromos fizeram na zona entre o Tejo e a linha do comboio, entre o Cais-do-Sodré e Santos? Pois declararam tudo aquilo zona amarela e onde antes havia condutores que se davam ao trabalho de estacionar ali (pois não fica perto de nada e implica ter de atravessar a linha) agora está tudo deserto. Quero ver em Setembro onde vão aparecer os carros estacionados: obviamente onde atravancam e incomodam, o que ali não acontecia.
ResponderEliminar«Em 2009 os lisboetas e outros azarados gastaram perto de um milhão de euros com reboques e bloqueios.»
ResponderEliminarA palavra «azarados» diz tudo - por definição de «azar» («Algo de mau que sucede quando é pouco provável que suceda»).
E o mal está aí mesmo. A probabilidade de se ser rebocado devia ser muito maior, por forma a que o termo não se aplicasse.
Falta, nisto tudo, uma informação preciosa:
ResponderEliminarQual a percentagem de multas efectivamente pagas?
Já repararam que as "multas amarelas" não permitem pagamento por MB, convidando o infractor a ir à sede da empresa... e nas horas de expediente?!
Para mim o que é um verdadeiro mistério é a EMEL dar prejuizo,quando tem tudo, mas tudo, para dar muito lucro...
ResponderEliminarA. Lourenço,
ResponderEliminarDe facto, a EMEL não precisa de ser privatizada. Aparentemente, apenas precisa de ser limpa - a começar pelos fiscais que se fazem de "ceguinhos" (posso indicar uma longa lista de locais onde isso sucede e que toda a gente conhece), e a acabar nos gestores que estão fartos de saber isso e nada fazem.
E a 1ª coisa a fazer seria ter uns tantos inspectores no terreno, que fiscalizassem os fiscais - como na Carris havia os "revisores" que fiscalizavam os "condutores".
Meia-dúzia de fiscais 'ceguetas' postos no olho-da-rua era meio-caminho andado para a empresa passar a dar lucro.
A.lourenço disse...
ResponderEliminarPara mim o que é um verdadeiro mistério é a EMEL dar prejuizo,quando tem tudo, mas tudo, para dar muito lucro...
3:16 PM
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Não vejo o que tem de misterioso. É uma empresa publica como outra qualquer, serve para meter dinheiro ao bolso dos funcionarios de forma ilicita.
Ainda noutro dia um ucraniano da emel me disse que se farta de sacar dinheiro dos parquimetros. Mete armadilhas para que as moedas não desçam, o que vai para baixo é da emel as que ficam a meio caminho são dele.
A única forma da EMEL dar prejuízo é através de MUITO má gestão.
ResponderEliminarA quantidade de carros mal estacionados em Lisboa é tão grande mas tão grande, que em apenas 6 meses qualquer estagiário de um curso de gestão coloca a empresa a dar lucro.
A quantidade de carros mal estacionados em Lisboa é tão grande mas tão grande, que em apenas 6 meses qualquer estagiário de um curso de gestão coloca a empresa a dar lucro.
ResponderEliminar8:27 PM
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LOL